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SECRETARIA DE REGISTRO PARLAMENTAR E REVISÃO - SGP.4
EQUIPE DE TAQUIGRAFIA E REVISÃO - SGP.41 NOTAS TAQUIGRÁFICAS |
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SESSÃO EXTRAORDINÁRIA | DATA: 08/05/2024 | |
217ª SESSÃO EXTRAORDINÁRIA
08/05/2024
- Presidência do Sr. Milton Leite.
- Secretaria do Sr. Alessandro Guedes.
- Às 15h38, com o Sr. Milton Leite na presidência, feita a chamada, verifica-se haver número legal. Estiveram presentes durante a sessão os Srs. Adilson Amadeu, Alessandro Guedes, Arselino Tatto, Atílio Francisco, Aurélio Nomura, Carlos Bezerra Jr., Celso Giannazi, Coronel Salles, Cris Monteiro, Dr. Adriano Santos, Dr. Milton Ferreira, Dr. Nunes Peixeiro, Dra. Sandra Tadeu, Edir Sales, Elaine do Quilombo Periférico, Eli Corrêa, Eliseu Gabriel, Ely Teruel, Fabio Riva, George Hato, Gilberto Nascimento, Gilson Barreto, Hélio Rodrigues, Isac Felix, Jair Tatto, Janaína Lima, João Ananias, João Jorge, Jorge Wilson Filho, Jussara Basso, Luana Alves, Luna Zarattini, Manoel Del Rio, Paulo Frange, Professor Toninho Vespoli, Ricardo Teixeira, Rodrigo Goulart, Rubinho Nunes, Rute Costa, Sandra Santana, Sansão Pereira, Senival Moura, Silvia da Bancada Feminista, Sonaira Fernandes, Thammy Miranda e Xexéu Tripoli.
- De acordo com o Precedente Regimental nº 02/2020, a sessão é realizada de forma híbrida, presencial e virtual.
O SR. PRESIDENTE (Milton Leite - UNIÃO) - Há número legal. Está aberta a sessão. Sob a proteção de Deus iniciamos os nossos trabalhos. Esta é a 217ª Sessão Extraordinária, da 18ª Legislatura, convocada para hoje, dia 8 de maio de 2024. Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, por falta de acordo e entendimento, até que este Presidente volte, na outra semana, estão desconvocadas todas as sessões extraordinárias de hoje, bem como as sessões extraordinárias convocadas aos cinco minutos de amanhã. Permanecem para a próxima semana apenas as sessões ordinárias. Sendo assim, encerrarei os trabalhos. Quando voltarmos, trataremos dos acordos e de outros entendimentos possíveis. Entendo a dificuldade criada entre os Vereadores.
O SR. SENIVAL MOURA (PT) - (Pela ordem) - Sr. Presidente.
A SRA. RUTE COSTA (PL) - (Pela ordem) - Sr. Presidente.
- Manifestações simultâneas.
O SR. JOÃO JORGE (MDB) - (Pela ordem) - Sr. Presidente, apenas as sessões extraordinárias estão desconvocadas, de hoje e aos cinco minutos de amanhã, está certo?
O SR. PRESIDENTE (Milton Leite - UNIÃO) - Só haverá na semana que vem as sessões ordinárias, mais nada.
O SR. SENIVAL MOURA (PT) - (Pela ordem) - Sr. Presidente.
A SRA. RUTE COSTA (PL) - (Pela ordem) - Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Milton Leite - UNIÃO) - Qual é questão de ordem?
O SR. SENIVAL MOURA (PT) - (Pela ordem) - Posso falar primeiro? V.Exa. permite?
A SRA. RUTE COSTA (PL) - (Pela ordem) - Por favor.
O SR. SENIVAL MOURA (PT) - (Pela ordem) - Por favor, preferência para as mulheres.
A SRA. RUTE COSTA (PL) - (Pela ordem) - Pode falar V.Exa. primeiro.
O SR. SENIVAL MOURA (PT) - (Pela ordem) - V.Exa. quer encerrar a sessão, já entendemos, mas acho que seria prudente garantir, ao menos, os comunicados de liderança, Presidente. Estamos aqui, precisamos falar. É importante que possamos falar.
- Manifestações simultâneas.
A SRA. RUTE COSTA (PL) - (Pela ordem) - Sr. Presidente.
- Manifestações simultâneas.
O SR. SENIVAL MOURA (PT) - (Pela ordem) - Não há entendimento para dar prosseguimento...
O SR. PRESIDENTE (Milton Leite - UNIÃO) - Nobre Vereador, entendo que é importante, mas não houve acordo e o item 1 da pauta foi apregoado ontem, no Colégio de Líderes, aliás como todos os itens da pauta, e eu vinha mantendo o item 1. Quando eu mencionei sobre as denominações e honrarias - quero deixar muito claro - elas foram mencionadas na reunião de ontem, no Colégio de Líderes. Eu não estou descumprindo o acordo. Aqueles que estavam presentes deveriam ter se insurgido ontem, e não hoje.
A SRA. RUTE COSTA (PL) - (Pela ordem) - Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Milton Leite - UNIÃO) - Então, o descumprimento de acordo não se deu por minha parte. Portanto, isso me deixa livre para descumprir acordo, p ois ontem, no Colégio de Líderes, dissemos: honrarias e denominações estão liberadas. Não houve nenhuma objeção e o item 1, que venho mantendo na pauta, era este. Deveriam aqueles que desejassem se opor ao projeto, e o Governo se opôs e ofereceu a emenda substitutiva, eu concordei. Agora, não tem sentido na data de hoje, na hora da sessão, dizer que não concorda, que entrevista de “a” ou “b” é pretexto para descumprir. Não tenho problema em descumprir. Não tenho problema em descumprir o acordo. Estou encerrando hoje. Eu vou presidir. Quem é que está inscrito para falar hoje? Vou presidir por aqui, não há problema.
A SRA. RUTE COSTA (PL) - (Pela ordem) - Sr. Presidente...
O SR. SENIVAL MOURA (PT) - (Pela ordem) - Vereador Senival está inscrito, Sr. Presidente.
A SRA. RUTE COSTA (PL) - (Pela ordem) - Sr. Presidente, eu tinha pedido a palavra. Faço um apelo a V.Exa., tenho projetos. Esse projeto de honraria já faz um mês que está na pauta, é só uma Medalha Anchieta. E, assim como eu, alguns Colegas também têm. Como foi acordado no Colégio de Líderes, ontem, Sr. Presidente...
O SR. PRESIDENTE ( Milton Leite - UNIÃO ) - Nobre Vereadora Rute Costa, tenho respeito e amor por todos os Colegas. Entendo que no Colégio de Líderes de ontem, quando questionamos o acordo de título de honraria, aquele que não desejasse votar, deveria ter se insurgido ontem, não hoje. Senão não teríamos publicado a pauta ou conseguido um acordo alternativo.
A SRA. RUTE COSTA (PL) - (Pela ordem) - A pelo a V.Exa., já que o número de prejudicados será muito...
O SR. PRESIDENTE ( Milton Leite - UNIÃO ) - O prejudicado nº 1 é o Milton Leite, porque pedi o acordo ontem para votar. Tem a palavra, pela ordem, o nobre Vereador Fabio Riva.
O SR. FABIO RIVA (MDB) - (Pela ordem) - Sr. Presidente, só queria corroborar a fala de V.Exa., ontem, no Colégio de Líderes, acerca dos projetos de lei de denominação e honrarias. V.Exa. acabou de externar o esforço que fizemos em interlocução com V.Exa. a respeito da emenda sugerida. Inclusive, V.Exa. fez essa sugestão, levei ao Executivo, com a concordância. Então, corroboro que nós discutimos, sim, a questão das denominações e honrarias no Colégio de Líderes. Não só no projeto do item 1 da pauta, mas todos os outros projetos que estão na pauta, inclusive a Liderança do Governo fez contato com alguns Vereadores e trouxemos não só a emenda no projeto de V.Exa., como também emenda em outros projetos.
O SR. PRESIDENTE ( Milton Leite - UNIÃO ) - Nobre Vereador, Líder do Governo, V.Exa. disse ontem que títulos de honraria estavam liberados. Pedi, como sempre faço no meu procedimento, quando não há acordo do Governo, que procure o Governo. Este me procurou propondo uma alternativa. Procurei a autora do projeto, do qual sou coautor, e desejo aprovar o projeto. A pedido meu trouxeram a pauta, não foi da autora. Eu que pedi que trouxessem a pauta. Negociamos com o Governo, como recomendo a todos os Srs. Parlamentares do Colégio de Líderes. Houve acordo com o Governo para sanção nos termos da emenda. Assim, causa-me espécie que alguém resolva se insurgir de última hora. Vou entender, mas vamos ter que reconstruir esse acordo, aliás, todos os acordos da Casa. Todos os acordos da Casa. O nobre Vereador Carlos Bezerra Jr. se insurge contra. Está ótimo, vou entender o acordo, descumprimento de acordo. O seu Líder estava presente, V.Exa. estava presente. Por que V.Exa. não se manifestou? O Líder do PSOL estava presente. Por que fazemos o Colégio de Líderes? Tem a palavra, pela ordem, o nobre Vereador Carlos Bezerra Jr.
O SR. CARLOS BEZERRA JR. (PSD) - (Pela ordem) - Sr. Presidente, V.Exa. me conhece. Eu o conheço há pelo menos duas décadas, fazemos política há duas décadas juntos. Gostaria de esclarecer algumas coisas que são muito importantes de serem esclarecidas. Ontem, no Colégio de Líderes, não houve nenhum consenso sobre os projetos que seriam votados no dia de hoje e a forma com o qual seriam votados. O que houve, pelo que estou entendendo da fala de V.Exa. é que houve uma evolução na conversa entre alguns agentes desta Casa, de V.Exa., do Líder do Governo, talvez de alguns Parlamentares na tentativa de se encontrar um texto...
- Manifestações simultâneas.
O SR. CARLOS BEZERRA JR. (PSD) - (Pela ordem) - Para que pudesse ser consensuado. Eu não sabia disso.
O SR. PRESIDENTE (Milton Leite - UNIÃO) - Eu sei o que está acontecendo. Encerraremos a sessão hoje.
O SR. CARLOS BEZERRA JR. (PSD) - (Pela ordem) - Ok, mas não dá para dizer que havia um acordo que foi quebrado.
O SR. PRESIDENTE (Milton Leite - UNIÃO) - Vereador, Vereador, eu mencionei e ninguém se opôs.
O SR. CARLOS BEZERRA JR. (PSD) - (Pela ordem) - Eu não quebrei nenhum acordo.
O SR. PRESIDENTE (Milton Leite - UNIÃO) - Nobre Vereador, V.Exa. não se opôs. Estava ao meu lado e não se opôs à honraria; a título e honraria. Perfeito. V.Exa. não se opôs. Deveria ter se manifestado: “Não concordo com título e honraria, a menos que eu faça análise”.
O SR. CARLOS BEZERRA JR. (PSD) - (Pela ordem) - Perfeito, mas nunca houve, sobre esse projeto. Presidente, esse projeto não tinha consenso. Havia vários Vereadores contrários. Ele não era consenso em nenhum momento, por isso que eu não me manifestei. Por exemplo, a Vereadora Cris Monteiro sempre se manifestou contrariamente a esse projeto. Em não havendo consenso, para mim, os que viriam à pauta hoje seriam os projetos com consenso.
O SR. PRESIDENTE (Milton Leite - UNIÃO) - Vereador Carlos Bezerra Jr., são dois pontos diferentes. V.Exa. registrar voto contrário é legítimo; ou registrar contrário a um ou outro, sempre ocorreu na Casa. Passamos às votações nominais e registram contrário. Isso não é problema. O problema é se inscrever contra os projetos em que não haja acordo. Eu entendi o descumprimento. Quando eu me insurjo contra um projeto que não concordo, o que nós temos feito em todos os projetos, nobre Vereador Carlos Bezerra Jr.? O Vereador simplesmente registra o voto contrário. É comum a Bancada da Oposição registrar. Nós, da Base, respeitamos. Assim como o projeto da Base tem problema, nós respeitamos a Oposição. Isso não é um problema. O voto de V.Exa. não seria um problema. O problema é a forma que eu vou me inscrever para debater tudo. Essa fala de V.Exa. o coloca em campo oposto ao meu nesta Casa. Eu vou entender e vou respeitar. Então, eu vou encerrar o debate neste assunto, porque já está cansativo e os Vereadores querem fazer comunicado de liderança. Eu não tenho problema com isso. O descumprimento está feito. Está registrado pela presidência...
O SR. CARLOS BEZERRA JR. (PSD) - (Pela ordem) - Apenas quero deixar claro, Sr. Presidente, que o descumprimento não é meu. Vários outros Vereadores manifestaram a mesma posição. E os outros, pelo menos quatro ou cinco Vereadores, têm a mesma posição, manifestando inclusive que iriam se inscrever. Presidente, eu apenas explicitei no microfone...
O SR. PRESIDENTE (Milton Leite - UNIÃO) - Eu sei o que aconteceu, nobre Vereador.
O SR. CARLOS BEZERRA JR. (PSD) - (Pela ordem) - Todos os outros Vereadores se manifestaram da mesma forma, Sr. Presidente. Apenas quero deixar claro isso publicamente.
O SR. PRESIDENTE (Milton Leite - UNIÃO) - Eu sei absolutamente o que aconteceu, Vereador. Eu sei o que V.Exa. e alguns Vereadores estão fazendo. Eu não tenho problema com isso. Eu estou livre para tocar os trabalhos desta Casa, Vereador.
O SR. GILSON BARRETO (MDB) - (Pela ordem) - Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Milton Leite - UNIÃO) - O senhor fique tranquilo. Eu já disse, é comum alguns Vereadores registrarem contrário. Isso não é um problema. O problema é inscrever-se como contrário a todos os projetos. Eu não vou ficar neste debate, está esgotado. Eu pergunto quem quer fazer o comunicado de liderança? Porque eu estou encerrando a sessão.
O SR. GILSON BARRETO (MDB) - (Pela ordem) - Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Milton Leite - UNIÃO) - Pois não, nobre Vereador. Eu não quero votar mais o projeto hoje.
O SR. GILSON BARRETO (MDB) - (Pela ordem) - Não, eu não vou falar. Tenho um requerimento a V.Exa., que diz respeito a um projeto que já esteve em pautas anteriores e não está nesta agora. É um projeto que coloca no calendário de eventos da cidade de São Paulo, a Caminhada do Rotary Contra a Paralisia Infantil, para acontecer no mês de abril de cada ano. Requeiro a V.Exa. que este projeto seja inserido na próxima pauta.
O SR. PRESIDENTE (Milton Leite - UNIÃO) - Nobre Vereador, a próxima pauta não será na próxima semana e, sim, na outra semana, em que estarei no Colégio de Líderes para debater este e outros problemas. Fique tranquilo, nobre Vereador. No Colégio de Líderes, vamos discutir efetivamente os projetos que vamos elaborar...
O SR. SANSÃO PEREIRA (REPUBLICANOS) - (Pela ordem) - Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Milton Leite - UNIÃO) - Tem a palavra, pela ordem, o nobre Vereador Sansão Pereira.
O SR. SANSÃO PEREIRA (REPUBLICANOS) - (Pela ordem) - Sr. Presidente, por favor, eu já estou esperando, há dois ou três meses, a votação daquele PR. E ontem, eu havia falado com o senhor, que disse que entraria, se passasse na Comissão de Constituição, Justiça e Legislação Participativa, e passou. Inclusive, eu já havia conversado, há duas semanas, com o Breno para entrar também, e confirmei ontem com o senhor. Falei aqui com o Vereador Senival Moura, Líder do PT, o qual me disse que não havia nenhum óbice, porque não se lembrava que já havia sido falado. E, para mim, é importante. Eu já estou há quase três meses esperando. Presidente, eu peço, por favor...
O SR. PRESIDENTE (Milton Leite - UNIÃO) - Nobre Vereador, eu não tenho óbice com relação a este projeto. Eu tenho todo o respeito. Se não há acordo para votar o item um, eu vou encerrar a sessão, Vereador, de ofício, e desconvocar. Na próxima sessão ordinária trataremos dos projetos das estruturas desta Casa, como devemos funcionar até o final desta legislatura. Nobre Vereador Senival Moura, V.Exa. deseja fazer uso da palavra?
O SR. SENIVAL MOURA (PT) - (Pela ordem) - Sim, Presidente. Estou inscrito.
O SR. PRESIDENTE (Milton Leite - UNIÃO) - Pois não, nobre Vereador.
O SR. SANSÃO PEREIRA (REPUBLICANOS) - (Pela ordem) - Sr. Presidente...
O SR. PRESIDENTE ( Milton Leite - UNIÃO ) - Não votaremos hoje, nobre Vereador.
O SR. SANSÃO PEREIRA (REPUBLICANOS) - (Pela ordem) - Não votaremos hoje?
O SR. PRESIDENTE ( Milton Leite - UNIÃO ) - Hoje não. Temos de ter um entendimento, nobre Vereador.
O SR. SANSÃO PEREIRA (REPUBLICANOS) - (Pela ordem) - Mas o senhor havia dito ontem, no Colégio de Líderes. V.Exa. falou ontem comigo.
O SR. PRESIDENTE ( Milton Leite - UNIÃO ) - Nobre Vereador, está sendo desrespeitado o acordo com que V.Exa. concordou. Alguns Vereadores não querem concordar.
O SR. SANSÃO PEREIRA (REPUBLICANOS) - (Pela ordem) - Sr. Presidente, eu não estou desrespeitando ninguém, nem nada. Ao contrário, estou sendo desrespeitado. Está sendo descumprido, não de minha parte.
O SR. PRESIDENTE ( Milton Leite - UNIÃO ) - O item 1 da pauta não passou, não há cumprimento.
O SR. SANSÃO PEREIRA (REPUBLICANOS) - (Pela ordem) - E qual a culpa que eu tenho, Presidente?
O SR. PRESIDENTE ( Milton Leite - UNIÃO ) - Nenhuma. Mas, nobre Vereador, não vou passar os outros projetos sem que passem os projetos de todos os Vereadores, como temos feito. Os projetos, de quem quer que seja o Vereador, devem ser aprovados.
O SR. SANSÃO PEREIRA (REPUBLICANOS) - (Pela ordem) - Nem me foi perguntado se sou favorável ou contra. Presidente, não pode inverter a pauta?
O SR. PRESIDENTE ( Milton Leite - UNIÃO ) - Peço vênia a V.Exa., mas vamos discutir isso no próximo Colégio de Líderes.
O SR. SANSÃO PEREIRA (REPUBLICANOS) - (Pela ordem) - Não faça isso, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Milton Leite - UNIÃO) - Tem a palavra, pela ordem, o nobre Vereador Senival Moura.
O SR. SENIVAL MOURA (PT) - (Pela ordem) - Sr. Presidente, primeiro quero cumprimentar todos que nos acompanham pela Rede Câmara SP, os que estão na galeria do plenário, Srs. Vereadores, que hoje já fizeram um grande debate sobre votar ou não. Votaremos na próxima semana, nobre Vereador Eli Corrêa, volta tudo ao normal e está tudo certo. Na semana passada, os jornais noticiaram um fato grave na política de saúde de São Paulo. Em meio a uma epidemia da dengue que assola todos os distritos do município, o Governo resolve reduzir as metas de produtividade e suspender o acompanhamento das metas de qualidade das Organizações Sociais de saúde, responsáveis pela prestação de serviços em Unidades Básicas de Saúde e em hospitais paulistanos. A Secretaria Municipal de Saúde afirma que os quadros de RH das unidades de saúde estão completos. E que nenhum cidadão vai ficar sem atendimento, e que em breve atingiremos um platô dos casos de dengue em função da sua sazonalidade. Mas o que o jornal Bom Dia São Paulo vem mostrando há várias semanas não é isso. O que os jornais mostram é que as pessoas estão se amontoando nos hospitais e nas UBSs, buscando atendimento para testar e tratar a dengue e outras doenças. E não estão conseguindo receber os cuidados necessários para evitar o agravamento da saúde e até mesmo a morte. Há três meses, apenas cinco distritos estavam em situação de epidemia de dengue. Agora, a dengue se alastrou por todos os bairros do município, contabilizando 106 mortes na capital, e outras 221 em investigação, segundo o painel da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo.
- Manifestação fora do microfone.
O SR. SENIVAL MOURA (PT) - (Pela ordem) - A vacina é da dengue. Quem tem de cuidar é o Governo do Estado, é a Prefeitura. Eu não sei qual é a irritação das nobres Vereadoras Rute Costa e Sandra Tadeu. Sr. Presidente, S.Exas. não querem que eu faça a conclusão da minha leitura, mas eu respeito V.Exas., vamos dialogar. Só quero que seja restabelecido o meu tempo, Sr. Presidente, até para eu concluir a minha leitura e a minha linha de raciocínio para não prejudicar ninguém, porque estou falando para o bem da cidade. Segundo o Boletim da COVISA, tivemos um aumento de 2.935% dos casos de dengue, entre 2023 e 2024, no município. E a onda de calor deve prolongar o período de contágio da dengue agravando a saúde das pessoas idosas e com doenças crônicas. Em matéria do Bom Dia São Paulo , uma usuária hipertensa, da UBS Colônia, em Parelheiros, na zona Sul de São Paulo, com dificuldade de marcar consulta, fez reclamação, que ouvimos de usuários de todas as regiões da cidade. Ela relatou ouvir do médico que, caso não tivesse sido atendida quando a pressão subiu, certamente teria um AVC. Olha que situação grave. Certamente, segundo o próprio médico, ela teria sofrido um AVC. E qual resposta da Gestão para o aumento da pressão sobre os serviços públicos de saúde? Reduzir as metas de produtividade das OS e suspender o acompanhamento das metas de qualidade. A Dra. Sandra, que é médica e conhece muito bem da matéria, está ouvindo atentamente. Isso significa que menos consultas poderão ser feitas e as empresas continuarão recebendo o mesmo valor. V.Exa. que é médica está de acordo com isso? Certamente, não. Quando a população mais precisa acompanhar a execução dos serviços de saúde e exigir atendimento de suas demandas, as empresas não precisarão se preocupar com reclamações da ouvidoria e com a realização das reuniões do Conselho, que ficarão sem acompanhamento até junho. Essa resposta da Gestão é totalmente descabida porque, quando a população mais precisa dos serviços de saúde do SUS, o Prefeito escolhe flexibilizar os contratos com as OSs. Será que elas não estão conseguindo cumprir suas metas? A Secretaria Municipal de Saúde não está fazendo esse controle? Mais de 60% do orçamento da saúde continua sendo jorrado para essas empresas, sem exigir que elas prestem um serviço de qualidade à população e cuidem das pessoas para evitar mortes e agravamento em saúde. O Governo Nunes e a Secretaria Municipal de Saúde precisam explicar à população por que reduziram os serviços quando eles precisariam ser ampliados. Mais do que isso, precisam reverter essa medida como forma de evitar as mortes. É preciso fiscalizar as empresas prestadoras de serviços de saúde, cumprindo o seu papel de proteger a vida dos paulistanos. Eu acho que tem que corrigir aquilo que, de certa forma, foi posto de forma equivocada. O Governo tem chance de corrigir, como está escrito aqui. Então, vamos corrigir, é momento para isso. Vamos proteger e salvar a vida das pessoas. Obrigado.
O SR. PRESIDENTE ( Milton Leite - UNIÃO ) - Imagina, nobre Vereador Senival. Não havendo mais inscrições...
A SRA. DRA. SANDRA TADEU (PL) - (Pela ordem) - Sr. Presidente, gostaria de fazer um comunicado de liderança.
O SR. PRESIDENTE ( Milton Leite - UNIÃO ) - No momento oportuno, na próxima sessão, eu lhe darei a palavra, nobre Vereadora.
A SRA. DRA. SANDRA TADEU (PL) - (Pela ordem) - Mas não acabou ainda a sessão. Não pode se fazer isso com uma Casa com 55 Vereadores. O senhor me desculpa. Isso é um absurdo. Vamos procurar os nossos direitos. Todos os Vereadores estão aqui para votar os seus projetos, nós aqui votamos tudo.
O SR. PRESIDENTE ( Milton Leite - UNIÃO ) - Eu não lhe dei a palavra, nobre Vereadora.
A SRA. DRA. SANDRA TADEU (PL) - (Pela ordem) - Mas eu vou falar. Com som ou sem som, eu vou falar, Vereador Milton Leite, Sr. Presidente. Eu vou falar.
O SR. PRESIDENTE ( Milton Leite - UNIÃO ) - Eu não lhe dei a palavra, nobre Vereadora.
A SRA. DRA. SANDRA TADEU (PL) - (Pela ordem) - O que o senhor está fazendo é uma injustiça para com todos os Vereadores que foram massacrados pelas redes sociais dos nossos opositores. Puseram a nossa cara lá para bater. E nós que votamos tudo aqui, ficamos com o quê? Com nada.
O SR. PRESIDENTE ( Milton Leite - UNIÃO ) - Nobre Vereadora, eu não lhe dei a palavra.
A SRA. DRA. SANDRA TADEU (PL) - (Pela ordem) - Isso é muito injusto, Sr. Presidente. Eu nem iria falar isso, eu iria falar da matéria que o Vereador Senival acabou de dizer, da saúde. E eu iria explicar por que foi retirado agora.
O SR. PRESIDENTE ( Milton Leite - UNIÃO ) - Nobre Vereadora, o fato de a Oposição ter colocado, eu já registrei isso em Colégio de Líderes. O meu rosto está no cartaz, assim como o de V.Exa. e de todos os outros que votam na Base do Governo. Se somos do Governo, estamos sujeitos a essa natureza de ataques pela Oposição. Eu não tenho nenhum problema em receber um ataque da Oposição, desde que seja verdadeiro; o que é mentira, pouco importa. Registraram que eu votei o projeto de forma equivocada. Eu estou entendendo, não vejo problema com isso. Alguém me pediu para registrar a presença de pessoas. Eu não sei se foi o nobre Vereador João Jorge.
O SR. JOÃO JORGE (MDB) - (Pela ordem) - Sim, Sr. Presidente. Somente para registrar a presença neste plenário de um grupo de 17 alunos do Senac - Jabaquara, que vieram acompanhados pelo professor Augustinho. Sejam muito bem-vindos à Câmara Municipal de São Paulo. Era isso, Sr. Presidente. Obrigado.
O SR. PRESIDENTE ( Milton Leite - UNIÃO ) - Uma salva de palmas dos Srs. Vereadores aos que nos visitam hoje. (Palmas) Nobres Vereadores, eu quero deixar muito claro: eu não tenho nenhum problema em aprovar projeto de quem quer que seja, mas marcaram um projeto, no qual eu sou coautor, como item 1 da pauta. Ficou clara a intenção de alguns Srs. Vereadores. Marcaram posição, três ou quatro Sras. e Srs. Vereadores. Eu entendi como natural, não tem nenhum problema. Perto do processo eleitoral, isso é comum. Eu não tenho problema nenhum. Isso não guarda relação com a votação da Base ou não. Mas ninguém apanha da Oposição mais do que eu, e não tenho problema com relação a isso ou com qualquer que seja. Não há problema algum. Agora, o meu projeto foi prejudicado. Então, não tem problema. O primeiro a ser prejudicado hoje é o item 1 da pauta. Isso aconteceu dez vezes. E por mais de dez vezes, eu chamei a Base para que pudéssemos construir um acordo. Vamos tentar no meu retorno. Não há nenhum problema. Vamos encerrar.
A SRA. RUTE COSTA (PL) - (Pela ordem) - Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE ( Milton Leite - UNIÃO ) - Pois não, nobre Vereadora.
A SRA. RUTE COSTA (PL) - (Pela ordem) - Antes que se encerre esta sessão, Sr. Presidente, e antes que se formasse esse mal-estar, eu gostaria de deixar claro que não é nada contra V.Exa., o mal-estar aqui é contra a nobre Vereadora Luna Zarattini, a respeito do que foi colocado na imprensa. Inclusive, V.Exa. falou que a sua foto também estava. É apenas para deixar esclarecido, Sr. Presidente, para não ficar esse mal-estar. Não tem nada a ver com V.Exa., que sabe da estima e do respeito que nós temos por V.Exa., principalmente eu. Jamais faria algo contra V.Exa. É apenas para deixar claro, para não ficar esse mal-estar, pelo amor de Deus.
O SR. PRESIDENTE ( Milton Leite - UNIÃO ) - Nobre Vereadora, eu vou dizer uma coisa a V.Exa.: eu sei que de parte de V.Exa. isso eu conheço muito bem. Não é esse o movimento que V.Exa. não enxergou, nobre Vereadora. Eu enxergo com clareza alguns movimentos nesta Casa. V.Exa. não participou do movimento que foi feito hoje. Se querem fazer oposição, debater contra as posições da nobre Vereadora Luna, é legítimo. Assim, colocar o cartaz, por parte de S.Exas., se entendem que seja legítimo; é legítimo que os Srs. Vereadores também possam debater e se opor. O primeiro a reclamar aos Vereadores do PSOL e do PT, em conjunto, numa reunião, fui eu, nobre Vereadora. Eu reclamei dessa posição dos cartazes a S.Exas., que não deveriam tê-los feito. O Vereador Xexéu Tripoli estava presente à reunião, a Vereadora Luna, a Bancada do PSOL, o PT. Eu reclamei desse posicionamento a S.Exas., que não deveriam tê-lo feito. É fazer política em cima de outros Vereadores. Eu entendi que isso não é uma boa política de convívio nesta Casa. Eu reclamei, não estou discutindo esse texto, não é isso que está em discussão hoje. O objeto é uma denominação de um trecho interno do Parque Ibirapuera. Não é o parque, é uma pequena praça somente, e nada mais. Construído com acordo do Governo, na forma que eu sempre recomendei a todos os parlamentares. Eu não tomei atitude diferente dos Srs. Vereadores propositadamente. Por quê? Porque eu não posso recomendar ao Vereador que construa acordo com o Governo e eu não construo. O Vereador Líder, Fabio Riva, reclamou: “Mas precisa construir um acordo, que o Governo tem dificuldade por conta da lei, mas no parque interno pode”. Se pode um trecho, estou satisfeito. Eu não tenho problema com relação a isso. O que não pode é alguém fazer o que o Vereador Carlos Bezerra Jr. fez hoje: “Vou derrubar, me inscrever”. Está registrado. Não há problema. Eu não tenho problema com relação a isso. Entendeu, nobre Vereadora Rute Costa? Eu tenho um respeito enorme e manterei por todos os Parlamentares o meu respeito. Não há problema com relação a isso, nenhum. Sempre trabalhamos construindo os acordos.
O SR. CARLOS BEZERRA JR. (PSD) - (Pela ordem) - Sr. Presidente, eu lamento que V.Exa. vá personalizar isso dessa maneira com a experiência que tem.
O SR. PRESIDENTE ( Milton Leite - UNIÃO ) - Está personalizado, nobre Vereador.
- Manifestações simultâneas.
O SR. CARLOS BEZERRA JR. (PSD) - (Pela ordem) - Com a experiência que tem, com a sensatez e com o espírito democrático que tem, Presidente.
- Manifestações simultâneas.
O SR. CARLOS BEZERRA JR. (PSD) - (Pela ordem) - Desculpe-me, se V.Exa. vai personalizar dessa maneira, Presidente, eu só tenho a lamentar. V.Exa. com a sensatez, o discernimento, a compreensão que tem desta Casa, não olha para esta Casa com um olhar de microscópio. V.Exa. olha para esta Casa de drone, tem uma compreensão muito ampla desta Casa. Agora, o que não dá, Presidente, é termos, nesta Casa, Vereadores que não respeitam os seus Pares. O que não dá é esse tipo de tratamento feito da maneira que está sendo feita, Presidente. Eu entendo sua posição, Presidente, só um minuto. Eu entendo sua posição agora.
- Manifestações simultâneas.
O SR. CARLOS BEZERRA JR. (PSD) - (Pela ordem) - Eu sei, mas eu estou dialogando com V.Exa., porque é um democrata por excelência. O que, na verdade, está me causando estranheza é V.Exa. personalizar dessa maneira, tomar essa questão como uma questão pessoal, e eu estou dizendo claramente a V.Exa.: o que está causando o entrave é entre os Vereadores, e não é com o Vereador Carlos Bezerra. O entrave está causado pela postura da Vereadora Luna Zarattini, autora do projeto, com Vereadores que estão aqui, inclusive, estão aqui as Vereadoras Dra. Sandra Tadeu, Cris Monteiro, Rute Costa e os Vereadores Rubinho Nunes e George Hato. Têm Vereadores que eu poderia citar aos montes, o Vereador Sansão Pereira, todos os Vereadores estão constrangidos em votar um projeto de autoria da Vereadora Luna Zarattini neste dia, porque a Vereadora tem tido uma postura extremamente sectária, uma postura que tem sido desrespeitosa e que acaba transparecendo para as redes sociais. Não é só nas redes, Sr. Presidente, é no trato pessoal do dia a dia, é na maneira que se conduz. Então, Sr. Presidente, eu faço um apelo a V.Exa. que não personalize isso...
O SR. PRESIDENTE ( Milton Leite - UNIÃO ) - Nobre Vereador...
O SR. CARLOS BEZERRA JR. (PSD) - (Pela ordem) - Porque não sou eu, Sr. Presidente, talvez por ter vocalizado, ter dito: “Sr. Presidente, está no limite, não dá. Todos os Vereadores estão se sentindo constrangidos”. Eu vocalizei isso, respeitosamente. Mas, V.Exa., ao insistir dessa maneira - e não quero trazer ao microfone questões de forma personalista, mas está sendo colocado. V.Exa. está dizendo isso, democraticamente, quando alguém se comporta da maneira com a qual, lamentavelmente, a Vereadora tem se comportado, todos os outros Colegas, democraticamente, vão se comportar como? Não é o momento oportuno da votação, até porque nenhum deles foi consultado. É dessa forma que haverá o comportamento na Casa, Sr. Presidente.
A SRA. LUNA ZARATTINI (PT) - (Pela ordem) - Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE ( Milton Leite - UNIÃO ) - Nobre Vereadora, eu não vou dar a palavra a V.Exa. até que eu responda ao nobre Vereador Carlos Bezerra Jr. Primeiro, V.Exa. disse que eu sou um democrata. E sou um democrata. Eu não vou perseguir as minorias porque uma fala de um Vereador ofendeu; me ofendeu também, Vereador. O primeiro a ser ofendido é este aqui, mas, como Presidente, eu tenho que me manter equilibrado. A nobre Vereadora tem o direito de aprovar o projeto, V.Exa. também tem. O que é comum nesta Casa, nobre Vereador Carlos Bezerra Jr., é votarmos quando discordamos de um projeto, e não como forma de vingança contra a Vereadora, não permito que aprove a vingança nunca, em especial, contra a minoria, Vereador. O que eu estou dizendo é o seguinte: até porque ela não é autora sozinha.
O SR. CARLOS BEZERRA JR. (PSD) - (Pela ordem) - Presidente, por favor, não distorça.
O SR. PRESIDENTE ( Milton Leite - UNIÃO ) - Nobre Vereador, eu estou com a palavra.
O SR. CARLOS BEZERRA JR. (PSD) - (Pela ordem) - Não há vingança nem contra a minoria, presidente. É impossível não interpelar palavras como essas, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE ( Milton Leite - UNIÃO ) - Nobre Vereador, eu não terminei, ainda estou com a palavra. Precisa ouvir.
O SR. CARLOS BEZERRA JR. (PSD) - (Pela ordem) - Não há vingança nem contra a minoria, tanto é que havia uma maioria para se votar, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE ( Milton Leite - UNIÃO ) - Nobre Vereador, eu respeitei sua palavra. O senhor disse que é democrático. É assim, nobre Vereador: ela não é autora sozinha, primeiro, eu também sou coautor. Eu chamei à pauta o projeto, Vereador. Não há problema, foi o Presidente quem chamou a pauta. Eu pedi para o Vereador João Jorge votar, porque sou coautor, e disse que participaria da votação. Negociei com o Governo, como todos que recomendo. Mas o que não é comum, Vereador, dizer é que o projeto não foi acordado conosco, me desculpe, não procede. O tratamento foi isonômico a todos Vereadores, e mesmo com o Vereador Celso Giannazi, ainda que eu discorde de todos os posicionamentos do Vereador dentro desta Câmara, estou defendendo a minoria. Ainda que eu discorde de todos os posicionamentos de S.Exa., esta presidência defende a aprovação. V.Exa. ouviu no Colégio de Líderes e hoje publicamente, ouviu nos dois ambientes. Eu respeito as minorias e o direito que têm de aprovar seus projetos. Se eu não concordo com um projeto, nobre Vereador Carlos Bezerra Jr., eu ocupo a tribuna. E se V.Exa. me pedir a palavra, se 10 Vereadores que não concordam com as posições da Vereadora Luna pedirem a palavra, eu darei para que falem contrariamente às posições da Vereadora. Quando a Vereadora aprovou os nossos projetos e não concordou, votou contra; S.Exa. registrou voto contrário. Vereador, esse é o regramento. Se V.Exa. discordar, tem de trazer à tona tudo o que imagina um parlamentar. Se V.Exa. acha que é pessoal, que é contra a Vereadora, externe os seus pensamentos no microfone. E a Vereadora já o fez nos cartazes. Agora, se é autoria da Vereadora ou não, ou fez entrevista nas redes sociais, se oponha na tribuna e faça o mesmo, mas de uma maneira democrática. O que eu não vou permitir, Vereador, é que não se vote projeto de “a” ou “b”. Ainda que eu não concorde com o posicionamento da Vereadora Luna, ainda que eu não concorde com o posicionamento do Vereador Giannazi - que vai à justiça, com o PSOL, e tumultua todo o processo contra a Câmara -, ainda assim estou defendendo o seu projeto; ainda assim estou defendendo contra o Governo, contra todos, porque estou defendendo o entendimento que houve na Casa. E quando a Oposição não concordou com um projeto, não concordaram com o projeto do Vereador Digilio, registraram voto contrário. Nós construímos 37 para o Vereador Digilio, e voto contrário. E para quê? Para respeitar a Oposição que não queria votar favorável, e isso é legítimo, não há problema com relação a isso, mas ninguém personificou. Se não concordou com o projeto, só vote contra, mas não se inscreva para falar contra os demais projetos. A Oposição perdeu no voto, o que é legítimo. Se V.Exa. pretende fazer uso da palavra para questionar todas as posições da Vereadora Luna, eu lhe dou a palavra, mas o faça democraticamente, e não no projeto, porque eu entendo, sim, que V.Exa. está, ao contrário de mim, desta presidência, personificando e perseguindo a Vereadora quanto à aprovação do projeto. Vote contrário, Vereador, eu vou respeitar o discurso contrário.
O SR. ARSELINO TATTO (PT) - (Pela ordem) - Sr. Presidente!
O SR. CARLOS BEZERRA JR. (PSD) - (Pela ordem) - Presidente, só lembrando V.Exa. que foi isso que nós pedimos, pedimos para debater o projeto que estava sendo apresentado. Foi exatamente isso que nós pedimos, Presidente.
O SR. ARSELINO TATTO (PT) - (Pela ordem) - Requeiro verificação de presença.
O SR. PRESIDENTE ( Milton Leite - UNIÃO ) - Não precisa, eu já estou encerrando, de ofício, nobre Vereador. Antes de encerrar essa discussão, nobre Vereador Carlos Bezerra Jr., eu quero só fazer um esclarecimento. Eu liguei para o Vereador Celso Giannazi, Líder do PSOL, pedi que retirasse, falasse com Vereador Professor Toninho Vespoli para retirar as objeções, para que hoje votássemos todos os projetos. Eu não me oponho a votar projeto de Vereador, o que sou contrário é a forma que surgiu hoje: não vamos votar esse porque a Vereadora Luna fez isso. Não, se V.Exa. deseja falar contra a Vereadora, eu dou tempo, a tribuna é livre, dou o tempo que V.Exa. quiser discursar e discordar da posição da Vereadora, não tem um problema. V.Exa. pode falar contra o projeto naquilo que discorde da Vereadora, publicamente. Agora, não puna não votando projeto onde há coautoria. E a Vereadora votou projeto de V.Exa., e não se opôs por questões políticas, não! É isso que eu estou defendendo, o acordo desta Casa. Para ficar claro, não estou defendendo a posição do Milton Leite, mas, sim, a posição da Casa.
A SRA. RUTE COSTA (PL) - (Pela ordem) - Sr. Presidente, eu queria só deixar claro uma coisinha. V eja bem , nós estamos acostumados, Vereador Milton Leite, o senhor sabe. O senhor tem sido também coadjuvante conosco nesse sofrimento por que temos passado.
O SR. PRESIDENTE ( Milton Leite - UNIÃO ) - Nobre Vereadora, o meu retrato acho que é o número um do cartaz. Acha que isso não me incomoda, Vereadora?
A SRA. RUTE COSTA (PL) - (Pela ordem) - Exatamente. É isso mesmo que eu estou falando. Quantas vezes os nossos telefones celulares foram divulgados, e quantas ligações nós tivemos no nosso celular particular.
O SR. PRESIDENTE ( Milton Leite - UNIÃO ) - O meu também, nobre Vereadora.
A SRA. LUNA ZARATTINI (PT) - (Pela ordem) - Sr. Presidente.
A SRA. RUTE COSTA (PL) - (Pela ordem) - Exatamente. Então, isso é uma coisa corriqueira, é uma coisa com que temos de lidar. Infelizmente, nós temos que fazer, não é contra um ou outro Vereador, é só o mal-estar que, infelizmente, essa falta de ética causa.
A SRA. LUNA ZARATTINI (PT) - (Pela ordem) - Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE ( Milton Leite - UNIÃO ) - Nobre Vereadora Rute Costa, eu sou tão democrata que concordo. Se alguém deseja fazer uso da palavra contra a Vereadora Luna Zarattini, ou contra os posicionamentos dela, melhor dizendo, não tenho problema com isso; eu concedo o tempo, como sempre eu fiz, não há dificuldade nisso. O que nós não podemos é personificar, como o Vereador Bezerra está fazendo.
A SRA. RUTE COSTA (PL) - (Pela ordem) - É isso que eu estou falando, Sr. Presidente. Eu não gostaria de personificar isso.
A SRA. LUNA ZARATTINI (PT) - (Pela ordem) - Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE ( Milton Leite - UNIÃO ) - Nobre Vereadora Rute Costa, quando quer chamar o Vereador para o debate, esta Casa é a Casa do debate, vá e debata. Eu já disse em reuniões que prefiro fazer, com o testemunho do Xexéu Tripoli e de outros Vereadores da Bancada de Oposição. Eu reclamei duramente para eles do cartaz, antes da fala de hoje da Vereadora. S.Exa. estava presente. Eu fui muito duro, representando todos os senhores, defendendo cada um de nós, que está com o nome no cartaz.
A SRA. RUTE COSTA (PL) - (Pela ordem) - É, eu sei que o senhor faz isso.
O SR. PRESIDENTE ( Milton Leite - UNIÃO ) - Pois é, nobre Vereadora, eu sei, não teve problema. Falei no Colégio de Líderes do cartaz, que estava errado, eu já reclamei. Fui só eu que falei.
A SRA. RUTE COSTA (PL) - (Pela ordem) - O senhor me representa.
O SR. PRESIDENTE ( Milton Leite - UNIÃO ) - Por que os outros Vereadores não vão para a tribuna e não fazem o que eu fiz? Eu falei no Colégio de Líderes. Não posso usar a cadeira de Presidente para atacar a Vereadora, discordando dela no plenário. Lá tenho que me manter equilibrado. Concedo a palavra para aquele que se opuser à manifestação da Vereadora nas redes sociais.
A SRA. LUNA ZARATTINI (PT) - (Pela ordem) - Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE ( Milton Leite - UNIÃO ) - Quantas vezes nós somos atacados? A Base corriqueiramente é atacada nesta Casa pela Oposição, via de regra injustamente. Eu não concordo com isso. Nobre Vereadora Luna Zarattini, tem V.Exa. uma última palavra, para que eu possa encerrar a sessão. Hoje não tem mais ambiente.
A SRA. LUNA ZARATTINI (PT) - (Pela ordem) - Boa tarde, Sr. Presidente. Boa tarde a todo mundo que está aqui. A primeira coisa que eu quero dizer é que a postagem que foi feita falava sobre uma votação que aconteceu na Casa, uma votação que é pública, sobre a privatização da Sabesp. Então, eu não estou atacando pessoalmente ninguém. Estou expondo votos, e cada um deveria ter orgulho do próprio voto, e podendo fazer essa defesa.
- Manifestação fora do microfone.
A SRA. LUNA ZARATTINI (PT) - (Pela ordem) - Isso, exatamente. Eu gostaria de não ser interrompida.
O SR. PRESIDENTE ( Milton Leite - UNIÃO ) - Aquele que desejar se inscrever, concederei a palavra. Eu não quero problema. Se querem debater, eu não votarei mais nada, mas darei a palavra à vontade.
A SRA. CRIS MONTEIRO (NOVO) - (Pela ordem) - Vereadora Cris Monteiro após a nobre Vereadora Luna Zarattini, por gentileza, Sr. Presidente. Obrigada.
A SRA. LUNA ZARATTINI (PT) - (Pela ordem) - Olha, eu acho que estão fazendo um espantalho aqui. É justamente a linha que o Presidente Milton Leite está fazendo, que é a seguinte: se alguém discorda de alguma postagem, de alguma colocação, temos que fazer esse debate na política. E eu acho que a atitude aqui pode ter acontecido. O Sr. Presidente, no Colégio de Líderes, falou sobre denominações e projetos, e isso passou no Colégio de Líderes. Ele não pode falar de todas as denominações, então isso passou no Colégio de Líderes, isso veio à votação. Agora, é prerrogativa, sim, de cada Vereador querer obstruir votações. Isso é algo que cada Vereador pode fazer. Mas o que eu quero dizer é que esse procedimento de expor votos, que são públicos nas redes sociais...
A SRA. SANDRA SANTANA (MDB) - ( Pela ordem) - Sr. Presidente.
A SRA. SONAIRA FERNANDES (PL) - (Pela ordem) - Vereadora Sonaira também se inscreve, Presidente.
A SRA. LUNA ZARATTINI (PT) - (Pela ordem) - Essa postura já aconteceu muitas vezes e eu não acho que é justificativa para não votarmos projetos de Vereadores. Então, o que foi colocado na postagem tem a ver com o voto público, da privatização da Sabesp e sobre a venda da água, porque eu acredito que a privatização é realmente uma venda. Então, isso não é um ataque pessoal, isso é uma discussão política sobre um processo que aconteceu aqui. Agora, eu gostaria que os Vereadores presentes também pudessem se posicionar quando, por exemplo, outros Vereadores utilizam...
- Manifestação fora do microfone.
A SRA. LUNA ZARATTINI (PT) - (Pela ordem) - Olha, o Presidente me deu a palavra. S.Exa. está dando a palavra...
O SR. PRESIDENTE ( Milton Leite - UNIÃO ) - Os demais Vereadores que desejarem fazer o uso da palavra, por favor, se inscrevam.
A SRA. LUNA ZARATTINI (PT) - (Pela ordem) - É muito triste ser a Vereadora mais jovem da Casa e não conseguir dialogar com V.Exas.
A SRA. CRIS MONTEIRO (NOVO) - (Pela ordem) - Ah...
O SR. PRESIDENTE ( Milton Leite - UNIÃO ) - Nobre Vereadora, peço pela conclusão da sua fala. Tem mais um minuto, nobre Vereadora, por favor.
- Manifestação fora do microfone.
A SRA. LUNA ZARATTINI (PT) - (Pela ordem) - Pode, pode se inscrever, nobre Vereadora. Vou continuar falando. Então, temos de começar a gritar para sermos ouvidos? É isso? Utilizam-se essas discussões quando, na verdade, o que colocamos foi um posicionamento público sobre a venda da água. E utilizamos isso para ter bode expiatório, para fazer discussão no Plenário. Cavalo de batalha, ao invés de nós fazermos isso. Os Vereadores não se posicionaram igualmente quando outros Vereadores colocaram também as nossas imagens. Pior ainda, os Vereadores não se posicionaram quando um Vereador foi para cima fisicamente de outras Vereadoras, inclusive, não tivemos essa defesa. Estamos falando de card de rede social, mas não estamos discutindo violência física que aconteceu na audiência pública. Nós seguimos a sessão da audiência pública. Eu conversei com o Líder do Governo para termos alteração de quem preside a audiência pública. Ninguém aqui se posicionou por isso. E agora eu queria dizer uma coisa. Na votação, que bom, o nosso voto ainda é aberto aqui. E as pessoas devem ter orgulho de defender seus votos e suas posições. Isso é do jogo democrático. O que eu coloquei nas minhas redes sociais é exatamente o que pode ser visto na Rede Câmara SP. É exatamente o que está lá, os votos de cada um dos senhores. Agora existe essa discussão, porque sabemos que a sociedade se posiciona contra a privatização da Sabesp. Então, não podemos inverter o jogo aqui, criando um cavalo de batalha. Minha imagem já foi utilizada por outros Vereadores, pela Cris Monteiro, pelo Vereador Rubinho Nunes, já foi utilizada de uma grande forma.
- Manifestação fora do microfone.
- O Sr. Presidente faz soar a campainha.
A SRA. LUNA ZARATTINI (PT) - (Pela ordem) - Agora, me choca muito não achar que é uma perseguição política isso.
O SR. PRESIDENTE ( Milton Leite - UNIÃO ) - Nobre Vereadora, concluindo. Vou encerrar a sessão, prejudica os demais Vereadores.
A SRA. LUNA ZARATTINI (PT) - (Pela ordem) - Vou concluir.
O SR. PRESIDENTE ( Milton Leite - UNIÃO ) - Antes da nobre Vereadora Cris Monteiro, vou dar a palavra para a nobre Vereadora Dra. Sandra Tadeu.
A SRA. LUNA ZARATTINI (PT) - (Pela ordem) - Eu só vou concluir, Presidente.
- Manifestações simultâneas.
O SR. PRESIDENTE ( Milton Leite - UNIÃO ) - Vou dar a palavra para a nobre Vereadora Dra. Sandra Tadeu.
A SRA. LUNA ZARATTINI (PT) - (Pela ordem) - Eu acho que pode ser uma perseguição. Sou Presidente da Comissão de Direitos Humanos e fiz as visitas à rede de acolhimento da população em situação de rua na cidade de São Paulo.
O SR. PRESIDENTE ( Milton Leite - UNIÃO ) - Concluindo, nobre Vereadora.
A SRA. LUNA ZARATTINI (PT) - (Pela ordem) - Quando o Vereador que está aqui me acusando era Secretário da SMADS. Então, por que vem aqui criar esse cavalo de batalha, esse campo aqui, sendo que temos que discutir?
- O Sr. Presidente faz soar a campainha.
O SR. JOÃO JORGE (MDB) - (Pela ordem) - A próxima oradora é a nobre Vereadora Cris Monteiro, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE ( Milton Leite - UNIÃO ) - A nobre Vereadora Dra. Sandra Tadeu tem cinco minutos cravados. Tem V.Exa. a palavra.
A SRA. CRIS MONTEIRO (NOVO) - (Pela ordem) - Obrigada, Sr. Presidente. Eu só queria dizer que a nobre Vereadora Luna Zarattini está se colocando como a Vereadora mais jovem do país.
O SR. JOÃO JORGE (MDB) - (Pela ordem) - Desculpa, nobre Vereadora, o Presidente passou a palavra para a Vereadora Dra. Sandra Tadeu, que havia pedido a palavra antes. O Presidente está anunciando a Dra. Sandra Tadeu.
A SRA. CRIS MONTEIRO (NOVO) - (Pela ordem) - Está bom, me desculpa.
O SR. JOÃO JORGE (MDB) - (Pela ordem) - Deixe-me só passar a lista dos inscritos para o Presidente antes. Nobre Vereadora Dra. Sandra Tadeu, só um minuto. Presidente, temos inscritas as nobres Vereadoras Cris Monteiro, Sandra Santana, Sonaira Fernandes e o nobre Vereador Senival Moura.
O SR. PRESIDENTE ( Milton Leite - UNIÃO ) - O nobre Vereador Senival Moura já fez uso, eu lamento, mas já fez.
A SRA. DRA. SANDRA TADEU (PL) - (Pela ordem) - Presidente.
O SR. SENIVAL MOURA (PT) - (Pela ordem) - Eu já fiz, mas...
O SR. PRESIDENTE ( Milton Leite - UNIÃO ) - Tem a palavra, pela ordem, a nobre Vereadora Dra. Sandra Tadeu, por cinco minutos.
O SR. SENIVAL MOURA (PT) - (Pela ordem) - O problema se estendeu de tal forma que não dá para eu ouvir e ficar quieto.
A SRA. DRA. SANDRA TADEU (PL) - (Pela ordem) - O que eu vou dizer não tem nada a ver com esse assunto.
O SR. ARSELINO TATTO (PT) - (Pela ordem) - Sr. Presidente.
A SRA. DRA. SANDRA TADEU (PL) - (Pela ordem) - É o assunto do Vereador Senival Moura que S.Exa. veio à tribuna, dizendo que o Governo tirou a questão de como? De produtividade e de qualidade. Na verdade, o que está sendo feito é algo...
- Manifestação fora do microfone.
A SRA. DRA. SANDRA TADEU (PL) - (Pela ordem) - Não, vou falar o que V.Exa. está falando.
O SR. ARSELINO TATTO (PT) - (Pela ordem) - O Vereador Senival Moura tem razão.
A SRA. DRA. SANDRA TADEU (PL) - (Pela ordem) - Eu queria a palavra, até para defender o projeto da saúde, porque também acho que nós temos que ter os índices.
O SR. ARSELINO TATTO (PT) - (Pela ordem) - Peço verificação de presença.
A SRA. DRA. SANDRA TADEU (PL) - (Pela ordem) - Já vou terminar, Vereador, é o seguinte: dentro da Secretaria de Saúde vai ter um sistema chamado SICAP, que já está na questão. O Ministério Público está avaliando isso, que é uma maneira de fazer um controle das OSs, e acho que isso tem de acontecer. As OSs devem ter meta e o que me parece é que a Secretaria da Saúde vem fazendo isso através de um programa. Então, não adianta reclamar que tirou, neste momento, a questão de produtividade e de qualidade, quando na verdade nem deveria haver isso. Quando eu me proponho a ser médica, eu tenho de tratar quantas pessoas estiverem naquele meu período de plantão, principalmente, com qualidade, com amor às pessoas e com o cuidado das pessoas. Sr. Vereador Senival Moura, eu quero dizer a V.Exa. que serão mudanças na questão do controle das OSs e acho que tem de haver realmente. Outra coisa: se nós aumentamos muito o número de casos da dengue, foi porque no início o senhor do Governo Federal, o Sr. Lula, não mandou vacinas para a cidade de São Paulo e as vacinas usadas logo após foram as que sobraram nas outras cidades, não aplicaram e mandaram para nós. Nós precisamos de muita vacina e o seu controle não é do município. Vacina é controlada pelo Ministério da Saúde. É obrigação do Governo Federal mandar as vacinas. Era isso o que eu tinha a falar, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Milton Leite - UNIÃO) - Tem a palavra, pela ordem, a nobre Vereadora Cris Monteiro.
A SRA. CRIS MONTEIRO (NOVO) - (Pela ordem) - Obrigada, Presidente. Eu gostaria de me manifestar, porque a Vereadora Luna Zarattini se colocou aqui como a Vereadora mais jovem. De fato, parece que V.Exa. é a mais jovem daqui, mas é suficientemente adulta para colocar nas redes sociais outros Vereadores, como me colocou nas suas redes sociais, chamando-me de bolsonarista, o que, obviamente, todos neste plenário sabem que não é o caso. Então, se V.Exa. quer ser tratada como adulta, deve se comportar como adulta - e não tem se comportado como adulta. A Vereadora vem aqui e se coloca como a Vereadora mais jovem. Quer dizer, isso é uma vitimização. Se for assim, eu sou a única Vereadora careca. Inclusive, houve um verdadeiro ataque ofensivo à minha pessoa, com a minha condição física, porque V.Exa. me colocou nas suas redes sociais, o que é um hábito da Bancada do PSOL. A Bancada do PSOL deve ter pouco engajamento. Então, precisa de pessoas como eu, como já aconteceu com outros Vereadores, para que o seu engajamento melhore. Então, colocam-nos lá. V.Exa. vai lá e coloca a cara das pessoas, dizendo que vendemos água, o que é uma mentira, V.Exa. falta com a verdade. Não houve venda de água, houve a privatização completamente legal. Talvez V.Exa. precise entender um pouco melhor o que é privatização. Eu posso dar uns livros para V.Exa. ler um pouquinho e entender que privatização não tem nada a ver com o que botou na sua rede social. Ou V.Exa. precisa de informação, ou sabe o que é e, mais uma vez, falta com a verdade. V.Exa. tem essa sua carinha, esse seu rostinho de uma jovenzinha, mas sabe muito bem o que está fazendo e, hoje, o que está acontecendo na realidade, Vereadora Luna Zarattini nada mais é do que o efeito contrário às suas ações com seus Colegas da Câmara Municipal. Então, como adulta que é, V.Exa. deve se fortificar e botar a sua roupa de crocodilo bem grossa, porque foi o que aconteceu. V.Exa. me coloca nas suas redes e vem todo mundo aqui. Eu a coloquei lá depois que V.Exa. me colocou - e eu me arrependo. Eu me arrependo profundamente, porque dois erros não fazem um acerto. Então, eu falo: eu errei ao colocar V.Exa. nas minhas redes. Eu não deveria ter feito o que V.Exa. fez primeiramente comigo e nunca mais vou fazer isso, porque não preciso do seu engajamento nas minhas redes sociais, como V.Exa. provavelmente precisa do meu, pois coloca lá a cara de todo mundo que privatizou a Sabesp. É um hábito do PSOL. É um hábito da Esquerda, que não sabe trabalhar direito. Não sabe entender que aqui é um jogo democrático. Então, V.Exa. fala que é a mais jovem, mas a senhora é adulta, teve o voto da população, como todos aqui. A senhora é mais jovem, o outro é o mais velho, o outro é careca, o outro é o mais gordo, o outro é mais magro. Cada um tem sua característica. A senhora segura a sua característica e toca o barco. V.Exa. trata os Vereadores como crianças, como idiotas, colocando na sua rede social a nossa cara, dizendo que vendemos água. Eu, como disse, vou comprar uns livros para que possa entender o que é privatização e que não falte com a verdade ou então vá procurar entender e ler melhor. Eu posso, inclusive, dar aulas para a senhora em meu gabinete. Coloco-me à disposição, entendo bastante de privatização, trabalhei com isso, sei exatamente o que é. A senhora certamente não sabe. Então, não deveria opinar no que não sabe. Sendo a mais jovem das Vereadoras, talvez precise aprender um pouco mais sobre privatização e não falar bobagem na rede social, usando a cara dos seus colegas Vereadores. Eu lamento profundamente. Agora, a senhora está arcando com a consequência das suas atitudes irresponsáveis, das suas atitudes infantis, já que está se colocando como mais nova, uma menina da sua idade, está se colocando numa situação de fragilidade, de que não sabe, de que não pode ser atacada. Então, a senhora segura a onda. Seja firme. Está segurando, não! Fica com essa sua carinha de boazinha, trai todo mundo aqui com esse seu sorrisinho. Quando eu tirei a minha peruca, há duas semanas atrás, a senhora me procurou e falou assim: “Lamento muito, mas a senhora não deveria ter falado desse jeito com a galeria...” Ou seja, culpando a vítima, que é justamente o que a Esquerda faz, né? Quando vamos defender, a senhora fala: está culpando a vítima. Não deveria ter falado sobre isso comigo. A senhora deveria ficar guardada no seu silêncio, que era o que a senhora mereceria. Como Vereadora mais jovem, eu repito, estou disposta a lhe dar aula sobre privatização, para que se eduque sobre o assunto, para que, quando for às redes sociais, saiba falar o que vem falando. Não falte com a verdade ou pelo menos vá procurar entender um pouco mais sobre o assunto. Muito obrigada, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Milton Leite - UNIÃO) - Tem a palavra, pela ordem, a nobre Vereadora Sandra Santana.
A SRA. SANDRA SANTANA (MDB) - (Pela ordem) - Muito obrigada, Sr. Presidente. Nós esperávamos uma sessão um pouco diferente, projetos dos Srs. Vereadores sendo votados, mas, pelo que estamos vendo, foi tudo completamente alterado, mudado. Acho que vale até o exercício dessa tarde, Vereador Sansão, com relação à postura de cada um de nós. Quando nos dispomos, de certa forma, a atacar - não deixa de ser um ataque, não é a primeira vez que acontece com os Vereadores -, também temos que estar dispostos a ouvir o que vem depois. E eu sinto bastante, Luna, que V.Exa. tenha feito esse post . Ontem, eu recebi um post muito semelhante que algumas pessoas me mandaram, feito pela Vereadora Luana Alves. Paciência! As pessoas têm liberdade. Querem postar? Que postem! Mas eu acho que precisamos ter responsabilidade para dizer exatamente o que aconteceu nesta Casa. Esta Casa não privatizou a Sabesp. A Sabesp é um órgão do Governo do Estado. Essa Casa discutiu o contrato da cidade de São Paulo. O que a cidade de São Paulo poderia ter de melhorias, inclusive no contrato isso foi discutido, foi elencado e votado no processo de privatização do Governo do Estado. Disseram: “Se São Paulo fosse contra, não privatizava.” Isso era um fato e nós precisávamos garantir tudo aquilo que a nossa cidade merece e precisa. Venho dizer o seguinte. Eu já pedi para a minha assessoria ver quais são as medidas que podemos avançar quando a assessoria do Vereador também ataca o Vereador em grupos de WhatsApp, em redes sociais. Cito, por exemplo, uma pessoa que faz parte da assessoria da Vereadora Luna Zarattini, que postou em um grupo o seguinte: “Isso” - “isso” sou eu, Sandra Santana - “Isso trabalha sempre contra o povo (...)”. E é incrível, Vereador Fabio Riva, porque se trata de uma pessoa da Brasilândia, dizendo que eu trabalho contra o povo. E quando levantamos as ações na Brasilândia, as emendas parlamentares que chegam para a Brasilândia, por exemplo, V.Exa. está como Vereadora, Luna, e vemos que nesses anos não há emendas, exceto uma pequenininha neste ano, mas nos outros anos não houve nada. Porém, praticamente todas as nossas emendas parlamentares foram voltadas para a Brasilândia. Então, eu queria, em primeiro lugar, saber como eu trabalho contra o povo. Continua a postagem: “(...) e acaba de votar para que a água fique mais cara”. Também isso não é verdade. “Sabesp privatizada. Enel privatizada”, o que eu tenho a ver com a Enel? Então, já pedi para minha assessoria analisar, porque nesta Casa não temos que ver somente os Colegas que nos atacam, mas também as assessorias desses Colegas. Isso é muito triste. Já vi casos nesta Casa, como o ocorrido no passado, de assessores que receberam um processo interno por falta de urbanidade. Então, pedi para ver se esse caso cabe. Se couber, ingressarei com processo por falta de urbanidade. Foi por essa razão que comecei minha fala, dizendo que foi bom que aconteceu tudo isso hoje neste plenário, porque serve como reflexão sobre o comportamento de todos. Ninguém é obrigado a votar contra ou a favor de um projeto, cada um vota de acordo com sua consciência. Agora, o respeito a cada um de nós, não importando se é da Situação ou da Oposição, tem que haver. E tem que haver respeito por parte dos Colegas que estão no plenário e de suas assessorias. Obrigada, Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Milton Leite - UNIÃO) - Tem a palavra, pela ordem, a nobre Vereadora Sonaira Fernandes.
A SRA. SONAIRA FERNANDES (PL) - (Pela ordem) - Presidente, quero retirar minha inscrição, porque eu estou satisfeita demais com o que ouvi dos meus Colegas. Muito obrigada.
O SR. PRESIDENTE (Milton Leite - UNIÃO) - Retirada a inscrição da nobre Vereadora Sonaira Fernandes, tem a palavra, pela ordem, o nobre Vereador Professor Toninho Vespoli.
O SR. PROFESSOR TONINHO VESPOLI (PSOL) - (Pela ordem) - Presidente, primeiro quero falar por que obstruí a pauta, mesmo V.Exa. tendo dito que havia acordo sobre os projetos de honrarias e de denominações a serem votados hoje. Havia acordo mesmo, concordo com V.Exa. Só que, chegando a este plenário, vejo que o item 2, de minha autoria, que é de denominação, não vai ser votado. V.Exa. sabe em quantas sessões esse meu PL esteve na pauta e foi retirado? Pelo menos umas 10 vezes. Desde mais ou menos outubro do ano passado, não consigo votar nenhuma denominação nesta Casa. Inclusive, desde novembro, tenho falado desta tribuna que estavam tirando meu PL, mas que eu iria obstruir. Quem me conhece já sabe que eu teria feito isso há muito mais tempo. Acho até que tenho tido bastante paciência por só fazer isso agora, em maio, quase sete meses depois. Já disse e repito: enquanto não se resolver esse meu PL, irei obstruir todas as sessões.
O SR. PRESIDENTE (Milton Leite - UNIÃO) - Nobre Vereador Toninho...
O SR. PROFESSOR TONINHO VESPOLI (PSOL) - (Pela ordem) - Eu vou obstruir todas as sessões. E, conforme for, Presidente...
- Falas simultâneas.
O SR. PROFESSOR TONINHO VESPOLI (PSOL) - (Pela ordem) - Espere, Presidente. Estou nos meus cinco minutos. E conforme for, Presidente...
- Falas simultâneas.
O SR. PROFESSOR TONINHO VESPOLI (PSOL) - (Pela ordem) - Presidente, espere, estou com os meus cinco minutos. Depois V.Exa. vai falar. Obstruirei inclusive até a Comissão de Constituição, Justiça e Legislação Participativa. Agora, quero falar do que está acontecendo neste plenário. Inclusive, para mim, V.Exa. é o grande culpado disso, porque no plenário, desde o começo, o Vereador Holiday começou com essa coisa na Casa; depois, veio o Rubinho Nunes. A minha imagem na postagem desse Vereador já passa de anos, está até careca, e nunca ninguém fez nada. Agora, o problema é quando a Esquerda faz. Aqui, inclusive na CCJ, outros Vereadores fizeram; mas, quando eu faço, tem problema. V.Exa. não botou ordem nesta Casa. Quando há discussão no plenário, estamos cansados de ouvir Vereadores chamarem pessoas de vagabundos; e sou servidor público. V.Exa. não colocou ordem, deixou a coisa correr solta. Agora, chegamos a esse ponto. Muito obrigado.
O SR. PRESIDENTE (Milton Leite - UNIÃO) - Nobre Vereador, só um esclarecimento. Eu acho estranho o comportamento de V.Exa. Alguns Vereadores passaram do ponto, com algumas ofensas. Como sou um democrata, quando alguém passa do ponto ou ofende o decoro, o nosso Regimento prevê um instrumento chamado Corregedoria, que tem funcionado, discorde ou não V.Exa. Quanto ao Plenário, tenho absoluta convicção que temos construído acordos. E respeitador dos acordos tem o seu Líder, que estou defendendo, para que sejam mantidos esses mesmos acordos. Se isso não é pôr ordem na Casa, entendo que o papel do Líder se esvazia, quando concorda com a votação dos projetos de denominações e honrarias. Então, acho que tem um problema dentro da Bancada de V.Exas. Eu não tenho nenhum problema em dizer: “Olha, não tem acordo para mais nada”. O que nós vamos fazer? Reunir a maioria e vamos votar um por um, e V.Exas. podem obstruir como quiserem. Vota quem tem voto. Se é esse o caminho, nobre Vereador Toninho Vespoli, nós, da Base, não temos nenhum problema. V.Exas. estão dizendo que vão obstruir? Ótimo! A Base não tem problema em relação a isso. O que já disse na reunião, e V.Exas. estavam presentes, é que a Base estava louca da vida, satisfeita. Na reunião, eu, sua Bancada e a Bancada do PT estavam insatisfeitos com a posição de V.Exa. com a história do cartaz. Eles estavam irritadíssimos, e que não fariam acordo, e eu, ainda assim, estou tentando construir, até para defender o projeto. Agora, se o Líder não representa mais V.Exa. na Bancada, é bom que fique claro, aquele que representa. V.Exa. está dizendo o título e honraria que ele homologou, pois ainda indaguei: “Se não há óbices, vamos prosseguir com títulos e honrarias”. É isso que estou clamando, não é de V.Exa. Tenho um problema, vou discutir com o Líder de V.Exa. em reunião semana que vem, assim que retornar. Vamos fazer a reunião fechada, vamos ouvir, vamos acertar esse procedimento, ou seja, o que vale e o que não vale, quando é dito publicamente. A anuência do seu Líder foi dada publicamente. Não posso chamar a Bancada do PSOL um a um e questionar: “V.Exa. tem a reclamação?”
- Falha na transmissão. Registro prejudicado.
O SR. PRESIDENTE (Milton Leite - UNIÃO) - ...ordem na Casa, tanto há que logramos êxito em tudo que votamos até aqui, em tudo essa Casa logrou êxito, ainda que V.Exa. não concorde. Tento defender a maioria, assim V.Exa., a minoria, discorda. Não é pela fala de V.Exa. que deixarei de defender e dar oportunidade para as minorias. Não! Não é isso. Quando a maioria se inscreveu na frente de V.Exa. no projeto da Sabesp, V.Exas. recorreram ao Presidente e disseram: “Que não bota ordem na Casa”. Pelo amor de Deus, cedam espaço. Democraticamente fiz um acordo, Vereador, para garantir, sim, o direito das minorias. Se foram displicentes no Regimento, eu disse que valia o Regimento, V.Exas. não se inscreveram. A maioria queria atropelar, mas me insurgi contra a maioria para dar a palavra a V.Exas., respeitando o direito das minorias. Ainda que isso não fosse a vontade da Câmara naquele momento. E a Câmara me atacou por dar a palavra a V.Exas., a maioria dessa Casa. Ainda assim, fui em defesa da minoria, para que tivessem a oportunidade de falar. Basta pegar o livro de inscrição, a folha, V.Exas. perderam o tempo de inscrição. Ainda assim, a presidência chamou, democraticamente, para um acordo. Nós fizemos o acordo, V.Exas. falaram por mais de uma hora e meia. Se insurgiram, erroneamente, na Justiça, eu discordei, respeitei e fui à justiça derrubar. É assim que se faz. Agora, se não é para respeitar o acordo, vamos discutir com o Líder na próxima. E conclamem ao seu Líder que, ao chegar, veja e verifique o que pode, o que ele representa ou não representa. Essas intercorrências de que não quero esse ou aquele projeto me parecem um tanto estranhas. Então, vou prosseguir com as inscrições. Peço vênia aos demais Vereadores, às vezes, acabo por me prejudicar ao dar a palavra à Oposição.
O SR. CARLOS BEZERRA JR. (PSD) - (Pela ordem) - Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Milton Leite - UNIÃO) - Pois não, nobre Vereador.
O SR. CARLOS BEZERRA JR. (PSD) - (Pela ordem) - Só uma ponderação final, Sr. Presidente, mas acho que pelas falas...
O SR. PRESIDENTE (Milton Leite - UNIÃO) - Há uma lista de inscrições, se V.Exa. puder se inscrever.
O SR. CARLOS BEZERRA JR. (PSD) - (Pela ordem) - Perdão, Sr. Presidente. Eu quero me inscrever, achei que não tinha mais ninguém inscrito.
O SR. PRESIDENTE (Milton Leite - UNIÃO) - A nobre Vereadora Elaine do Quilombo Periférico se inscreveu e a nobre Vereadora Silvia da Bancada Feminista. Depois, o Vereador Senival Moura e, em seguida, V.Exa. Tem a palavra, pela ordem, a nobre Vereadora Elaine do Quilombo Periférico.
A SRA. ELAINE DO QUILOMBO PERIFERICO (PSOL) - (Pela ordem) - Obrigada, Presidente. Acho até que é rápido. Quero concordar com uma pequena parte da fala da Vereadora Sandra Santana, quando disse que talvez isso seja um bom momento de fazermos reflexões na Câmara Municipal de São Paulo sobre o que tem acontecido. No primeiro ano em que me elegi Vereadora, teve uma Vereadora da Casa que pegou uma foto minha e fez uma montagem com pedaços de corpinho de bebê e postou nas redes sociais dela. É uma Vereadora que costuma fazer mesmo postagens com meu nome. Recentemente, inclusive, um vídeo meu circula numa página não oficial da ROTA, dizendo que eu agredi fisicamente essa Vereadora. No dia 1º de abril - e lamento que a Vereadora Cris não esteja mais aqui -, a pré-candidata do partido dela à Prefeitura foi às redes sociais dizer que as mulheres do PSOL, portanto, eu, a Vereadora Silvia, a Vereadora Luana, não gostamos de tomar banho. E a Vereadora foi lá na página concordar e ainda dizer: “essa foi boa”. Então, há algum tempo tenho me posicionado, Presidente, sobre o nível que fazemos as discussões aqui. Todo mundo pode, se quiser, olhar nas minhas redes sociais, porque faço questão de que nas minhas redes sociais esteja o meu trabalho. Tenho me posicionado há três anos e meio sobre o nível em que a Câmara Municipal chegou no debate, é deprimente. É uma vergonha que os Vereadores precisem ir às redes sociais fazer esse tipo de debate. Não estou, repito, dizendo de Vereadores que, eventualmente, queiram manifestar e colocar as nossas posições, porque isso também acontece. Quando votamos, inclusive tem Vereador que vem ao plenário dizer que o PSOL sempre vota contra, que não vota em nenhum projeto a favor, que não tem argumento, que não respeita a democracia. Acredito que quando estamos no nível do debate, do entendimento sobre o que o outro partido faz, de que o outro Parlamentar faz, está tudo bem. Agora, esse tipo de postagem que eu comentei também acho um nível muito triste, mesmo quando estamos falando da maior Câmara Legislativa da América Latina. Então, talvez, de fato, seja um dia bom para refletirmos, mas não só quando o PSOL ou quando a esquerda faz postagens falando dos votos dos outros Colegas, mas também da própria Base do Governo quando usa desse tipo de artifício para falar, como disse o Presidente, da minoria da Casa. Lembro, inclusive, que não poderíamos falar do processo democrático da Câmara Municipal de São Paulo e do Executivo, não só de postagens nas redes sociais. Se formos ao Executivo, vemos Secretários do Executivo paulista que se recusam a receber Parlamentares de oposição. Vemos, por exemplo, que a Oposição conseguiu executar metade dos recursos de emendas parlamentares que os Vereadores da Base conseguiram apresentar. É engraçado, inclusive, quando dizem que o PSOL não vota em nada, que vota contra tudo. Se eu fizer uma lista de Vereadores que se opõem aos meus projetos, são sempre os mesmos que se opõem a todos os projetos e que não assinam projetos de denominação. Isso não acontece com a Bancada do PSOL, isso não acontece com a Bancada de Oposição na Casa. Então, talvez seja mesmo um dia importante para fazermos uma discussão sobre a civilidade com que nós nos tratamos como Vereadores, sobre esta Casa e também sobre como o Executivo lida com a oposição em São Paulo. Obrigada, Presidente.
O SR. PRESIDENTE ( Milton Leite - UNIÃO ) - Nobre Vereadora, só quero esclarecer a V.Exa. a questão de assinatura. Defendi a construção de acordo com V.Exas. para que levassem seus projetos, inclusive da Sabesp, para votação. Defendi junto a V.Exa. e ao Vereador Senival Moura que fizessem um acordo para que apresentassem suas propostas e tornassem isso público. Não é comum o Presidente falar isso. Vai ser injusto, Vereador Professor Toninho Vespoli, V.Exa. não pode. Eu procurei a sua Bancada, procurei o Vereador Senival, que está aí, para que construíssem o acordo. Em primeira votação, eu e o Líder do Governo, para que não houvesse prejuízo, construímos um acordo. Demos a assinatura, que V.Exas. alegavam não ter, para apresentar o projeto. V.Exas. não quiseram construir o acordo para a apresentação do projeto. Eu e o Líder do Governo demos as assinaturas, completamos para que V.Exa. apresentasse. Nem tudo é possível que eu faça, mas dizer que não há ordem? É verdade que a maioria não queria assinar o projeto de V.Exa. Eu fiz um trabalho enorme, fui atacado pela Base por defender, de novo, as minorias. Eu não tive problema, Vereadora Elaine, em defender que V.Exas. apresentassem o projeto e que suas propostas se tornassem públicas, que dessem publicidade a elas. Disse mais ainda, levaria à votação em plenário as propostas de V. Exas. para que fossem aprovadas ou rejeitadas. Não tinha problema com isso e não tenho problema. Enfrento o problema dentro da nossa Base para defender. Agora, ouvir o Vereador Professor Toninho Vespoli dizer que não tem controle? Nós vamos rever mesmo, nobre Vereadora Elaine, esses conceitos do Líder de sua Bancada, na medida em que o Presidente defende a minoria, sob fogo da Base. Por defender a minoria, é muito difícil ver o Vereador Professor Toninho Vespoli falar que falta ordem. Nobre Vereador Professor Toninho Vespoli, meça as suas palavras. Tenha respeito com a presidência. Parece que V.Exa. está querendo perder o respeito com a presidência, e isso é muito ruim, nesta Casa. Então, eu peço para que V.Exa. mantenha o respeito com esta presidência. Tem a palavra, pela ordem, a nobre Vereadora Silvia da Bancada Feminista.
A SRA. SILVIA DA BANCADA FEMINISTA (PSOL) - (Pela ordem) - Presidente, eu nem estava presente na sessão. Eu estava acompanhando pelo YouTube, porque estava em um outro compromisso. Quando vi o debate acontecendo, fiz questão de vir aqui. E, primeiro, eu queria dizer que concordo com V.Exa. quando não deixou que houvesse obstrução, por parte de Vereadores, por conta de postagem política nas redes sociais da Vereadora Luna. Por quê? Porque uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa. Nós nunca, aqui, obstruímos nenhum projeto por pirraça ou por represália a qualquer Vereador. Quando obstruímos um projeto é por um motivo político, por uma discordância do mérito do projeto, e não porque estou com raivinha do Vereador que postou isso, aquilo ou aquilo outro. Então, primeiro, eu queria concordar com essa postura de V.Exa. Segundo, que em relação às postagens dos Vereadores que votaram em relação à Sabesp, são postagens públicas. Eu não postei no meu perfil, mas defendo os Vereadores que postaram o resultado da votação, porque isso é público, está em toda a mídia, não tem de ser escondido. Na verdade, os Vereadores têm de defender o que votam. Teriam de ter orgulho de sua votação e não ter vergonha. Por que os Vereadores da Base estão com vergonha e querem esconder o que votaram? Então, não existe isso. É uma coisa pública. E terceiro, nós temos visto aqui por parte, principalmente, de algumas Vereadoras, é uma solidariedade seletiva. Por quê? Porque no dia em que a Vereadora Cris Monteiro esteve aqui, em uma audiência pública, e falou ao microfone - desceu aqui exatamente para falar -, que havia sido agredida nas redes sociais, eu também, na mesma hora, falei: “Solidarizo-me à Vereadora Cris Monteiro”. Porém, eu também fui agredida nas redes sociais e li as coisas que recebi nas redes sociais, que iam me dar um soco na boca, que eu era uma p*t*n*a de Esquerda e etc . E eu não recebi nenhum tipo de solidariedade, nem da Vereadora Cris Monteiro, nem da Vereadora Sonaira, nem de nenhuma outra Vereadora da Base. Então, por que estamos fazendo solidariedade seletiva? Solidariedade é a todas as pessoas que são atacadas e não a um ou outro. O que é isso? É oportunismo para ganhar likes nas redes sociais. Nós não precisamos disso. Quando uma pessoa é atacada, nós somos solidários, e ponto. Não é: “Eu sou solidária, porque fulana é do partido tal ou porque beltrana é do partido tal”. E mais, o PSOL, vira e mexe, é atacado pelos Vereadores da Base aqui, tanto nas redes sociais quanto no microfone. E não só o PSOL, a Vereadora Luna, no meu entendimento, foi desrespeitada hoje, no microfone, pela Vereadora Cris Monteiro, várias vezes, por ser uma Vereadora jovem. Então, esse respeito tem de ser mútuo, de ambas as partes, porque o que nós temos visto aqui é uma solidariedade seletiva. E isso não é solidariedade. Obrigada, Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Milton Leite - UNIÃO) - Nobre Vereadora, só concordamos...
O SR. JOÃO JORGE (MDB) - (Pela ordem) - Presidente, só quero pedir para V.Exa. registrar mais uma inscrição, a do Coronel Salles.
O SR. PRESIDENTE (Milton Leite - UNIÃO) - Registrada a inscrição do nobre Vereador Coronel Salles. Tem a palavra, pela ordem, o nobre Vereador Carlos Bezerra Jr.
O SR. CARLOS BEZERRA JR. (PSD) - (Pela ordem) - Sr. Presidente, faço apenas uma ponderação final. Jamais imaginei que o debate se estenderia tanto, muito menos desta forma, mas acho que de tudo que acontece, especialmente nesta Casa, acho que podemos extrair boas lições. Várias pessoas puderam se manifestar e fica muito claro que essa não é uma questão pessoal de “a” ou “b”, de fulano ou fulana, e que jamais deve ser tratada de maneira personalizada, Sr. Presidente. Primeiro, é importante dizer, Sr. Presidente, que em nenhum momento esta Casa fez qualquer coisa que desfizesse um acordo que V.Exa. tivesse conflagrado. Não é essa a questão que foi colocada nesta tarde. A questão é o entendimento dos Vereadores - baixadas aqui todas as armas, acho que essa é uma fala de Vereadores, de Vereadoras, de todos os espectros políticos - da necessidade imediata de se repensar, de se reavaliar posturas, especialmente no plenário, que acabam se refletindo para fora do plenário. A forma como nós nos tratamos; a forma como nos dirigimos uns aos outros; a forma que fazemos os debates e que acaba se refletindo na maneira com a qual nossas assessorias se dirigem aos colegas Vereadores; a forma com a qual pessoas que nos acompanham se dirigem a outros que nos acompanham. E há necessidade imediata de nos reconfigurarmos, nos reinventarmos. Sr. Presidente, ainda mais nisso, quer dizer, eu acho muito chato esse debate em que dizem: “Mas isso é uma postura da Esquerda; não, isso é uma postura da Direita; não, o partido tal é vítima de tal; não, o partido tal é o algoz.” Eu, sinceramente, passei dessa fase há muito tempo, se é que algum dia acreditei nisso. Eu não acredito nessas coisas. Todos os partidos, todos os espectros políticos têm gente séria, comprometida e têm aproveitadores de todos os lados. O fato é que precisamos repensar a maneira com a qual nos relacionamos aqui, especialmente a civilidade no plenário, porque também é pedagógica para a sociedade e não diz respeito à questão de Direita ou de Esquerda. Violência se manifesta também nas maneiras de exposição, nas maneiras em que são feitos os discursos, nos desrespeitos que são dados à tribuna. Sr. Presidente, V.Exa. me conhece, conheço também V.Exa. há muitos anos. Eu posso falar com muita tranquilidade, porque, em tempo algum - e tenho duas décadas de política - jamais me dirigi dessa tribuna ou fora dela com desrespeito a quem quer que seja dos meus Colegas ou das minhas Colegas. Na tribuna ou fora dela, jamais desrespeitei a qualquer um aqui, seja em discurso, seja na postura, seja na condução. E mais, quando ouvi atentamente, talvez tenha ficado mais presente para mim o discurso da Vereadora Silvia, que foi quem acabou me antecedendo. Nobre Vereadora Silvia, não houve em nenhum momento, acho que isso precisa ficar muito claro, uma postura de divergência política direcionada a alguém, a um partido, ou a uma ideologia específica. Sabe quando falta a última gota? Talvez tenha sido a última gota que transbordou. Eu acho que nem sou tão velho assim, mas sou de um tempo, assim como o Presidente Milton Leite, em que não votávamos contra, por exemplo, homenagens, PDLs, títulos de cidadão ou de cidadã paulistana, uns dos outros, porque respeitávamos a homenagem que um ou outro ia fazer. Os tempos mudaram, as coisas mudaram, são distintas hoje. As pessoas têm outra forma de ver e de encarar a política. O que havia era claramente divergências políticas com relação a projetos. Eu, pessoalmente, não havia entendido uma série de coisas e havia divergências políticas com relação a condutas que não tinham a ver com determinado partido ou determinada pessoa, mas que chegaram ao limite. Vereador Senival, que também está nesta Casa há muitos anos, assim como o Vereador João Jorge, se fazia necessário...
- O Sr. Presidente faz soar a campainha.
O SR. CARLOS BEZERRA JR. (PSD) - (Pela ordem) - Eu já vou encerrar, Sr. Presidente. Mas era necessário dizer o seguinte: “Olha, espera aí, vamos fazer um freio de arrumação”. Quando ouvi os relatos, por exemplo, da Vereadora Elaine, eu estava fora desta Casa, estava na Secretaria e posso dizer a V.Exa., com muita tranquilidade, que nunca me furtei de atender a todos da Oposição pessoalmente, sempre atendi, com a maior distinção, em tudo que estava ao meu alcance. E não apenas atendi, mas acompanhei, visitei pessoalmente, estive sempre junto, porque sempre tratei a coisa pública de forma republicana, porque assim enxergo e encaro a política. Nós criamos um protocolo para as emendas, porque a SMADS tinha uma tradição, era um lugar que não executava emendas de Vereadores, de Deputados, e eu não conseguia entender por quê. E, no ano passado, pela primeira vez na história, nós conseguimos executar mais de 55 emendas, que totalizaram mais de 80 milhões de reais em orçamento; emendas de todos os partidos e todos os espectros ideológicos, com uma publicação transparente para as pessoas acompanharem a tramitação das emendas, para que não houvesse nenhuma dúvida. E eu sabia que sairia este ano. A tramitação está lá e as pessoas podem acompanhar com transparência, por acreditar nisso. Ou seja, o que eu estou fazendo aqui não é um discurso para uma coisa que eu não pratico. Sr. Presidente, não imaginava que seria esse o desdobramento, mas assim sendo, eu queria dizer e fazer um apelo a V.Exa.: que possamos nos sentar, refazer os pactos de civilidade - como disse a Vereadora Sandra Santana com propriedade -, de urbanidade, que começa entre nós mesmos nesta Casa. Nós temos diferenças, temos divergências, estamos em um ano eleitoral e nós já vamos entrar no calendário eleitoral. Então, precisamos muito nos respeitar nesta Casa, porque a sociedade está olhando para nós. Especialmente nós, que não acreditamos na violência como método político, como instrumento político, não podemos permitir que as coisas desandem para outros caminhos. Nós precisamos dar o exemplo nesta Casa, com falas e com posturas. Nesse sentido, foi muito bom tudo o que aconteceu aqui. Mais uma vez, parabéns, Sr. Presidente, pela forma democrática, paciente, tolerante com que V.Exa. conduziu os trabalhos nesta tarde. Parabéns a todos os Vereadores porque, mesmo com toda a divergência, mesmo com toda a tensão, conseguimos chegar a um denominador comum. Parabéns ao Líder do Governo, mais uma vez. V.Exa. conduziu com maestria e V.Exa. não tem nada a ver com tudo o que aconteceu no plenário, porque foi um movimento de desabafo dos Vereadores. Eu diria até necessário, para desmontar o que está aí, desconstruir e construir de outra forma, respeitosa, que levará a Câmara a um patamar ainda maior. Obrigado pelo respeito, obrigado pela tolerância, inclusive no meu tempo, Sr. Presidente. Vereadora Luna, se porventura, em algum momento, qualquer uma das minhas falas lhe pareceu desrespeitosa, peço a V.Exa. que me perdoe, que me desculpe; ou qualquer uma das outras Vereadoras ou Vereadores; porque em momento nenhum essa foi a minha intenção. Eu só queria chamar a atenção para que nós pudéssemos, efetivamente, diminuir essa espiral de intolerância que vai tomando esse lugar e que pode nos levar aonde eu sei que nenhum de nós quer. Obrigado.
O SR. PRESIDENTE ( Milton Leite - UNIÃO ) - Muito obrigado, nobre Vereador Carlos Bezerra e demais. Há mais dois inscritos e vou respeitar a fala de todos os inscritos, mas quero dizer que ninguém mais do que esta presidência tem sido tolerante, respeitoso. O que se cobra, Vereador Carlos Bezerra e demais Pares, o que a presidência tem tentado, diuturnamente, em todas as sessões, é a calma, a paciência, o respeito ao próximo, com suspensão da sessão e dizendo: “respeite a fala dos outros Colegas”. Nós ainda temos um longo convívio até o final desta Legislatura, não sabemos quem será reeleito ou não. Mas o que eu cobro, nobre Vereador, é que, se alguém tivesse qualquer divergência, deveria ter se manifestado no Colégio de Líderes previamente, para que não houvesse desrespeito a todos os Líderes que estiverem presentes - como o Vereador Sansão, que cobrou e teve um acordo para aprovar o projeto, mas ficou prejudicado. Eu defenderei a aprovação da propositura do nobre Vereador Sansão. Por que defenderei? Porque houve acordo. Por que defenderei o Vereador Celso Giannazi? Porque houve acordo.
O SR. ARSELINO TATTO (PT) - (Pela ordem) - Sr. Presidente, esse culto e essa missa vão até que horas?
O SR. PRESIDENTE ( Milton Leite - UNIÃO ) - Fique tranquilo, não votaremos nada, nobre Vereador. Descanse em paz. Nobre Vereador, é somente isso que eu queria colocar: respeito ao Colégio de Líderes. Se houver divergência, qual é o caminho? Manifeste-se previamente. Em diversas oportunidades não houve acordo no Colégio de Líderes, não votamos, adiamos por diversas semanas. Não há problema com a divergência. Nobre Vereador Bezerra, a divergência é natural. O que não se pode é tolher em plenário aquilo que foi acordado. Isso nunca. Isso eu não aceito. Tem a palavra, pela ordem, o nobre Vereador Coronel Salles.
O SR. CORONEL SALLES (PSD) - (Pela ordem) - Sr. Presidente, eu acompanhei desde a hora do almoço, quando veio a notícia desse rearranjo por causa da denominação do parque. E eu cumprimentei o nosso Líder Fabio Riva, falei: “Que bom, conseguimos construir uma coisa junto com o Governo e os Vereadores, uma saída combinada”. E estava muito tranquilo. Havia até dois projetos nossos a serem votados. Mas o que me move a vir aqui, como eu já falei a V.Exa., particularmente, e já falei publicamente da tribuna, é o seguinte. Estou aqui há um ano e dois meses. E eu vou no Colégio de Líderes, mesmo sem ser Líder, para aprender com V.Exa., dá uma aula todas as vezes que preside o nosso Colégio de Líderes, aula de oportunidade de falar todos os meus projetos, absolutamente todas as minhas intenções foram atendidas. Eu tenho um ano e dois meses e cinco projetos aprovados. Eu sei que V.Exa. não poderá assumir porque é candidato a Vice-Prefeito de São Paulo, como já disse. E o que peço? Agora, já jogamos água na fervura. Eu estava aqui nos bastidores pedindo isso: “Água na fervura”. Então, quando do seu retorno, peço que nós consigamos votar os projetos de interesse da cidade com o melhor interesse da supremacia do interesse público, que é não transigir da nossa obrigação e cuidar dos bens tutelados da nossa cidade. É somente isso. Desejo a V.Exa. bom retorno breve, para que consigamos cuidar da nossa cidade, como estamos fazendo aqui. Muito obrigado, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE ( Milton Leite - UNIÃO ) - Obrigado, nobre Coronel Salles. Eu tenho dito da tribuna que faço questão de aprovar projetos dos Vereadores, que são candidatos à reeleição, para que possam levar as suas propostas para a sociedade, naquilo que representam os seus mandatos. Eu tenho dito isso no Colégio de Líderes, porque é importante para todos.
O SR. CORONEL SALLES (PSD) - (Pela ordem) - Sim, sempre faz.
O SR. PRESIDENTE ( Milton Leite - UNIÃO ) - Desejei a todos os Vereadores que se candidatam à reeleição que tenham sucesso. Torço de coração por S.Exas. Que possam se reeleger. Eu não tenho problema com relação a isso. A minha intenção é legítima e verdadeira. Eu torço por cada um que está presente hoje para que tenham sucesso na campanha, que votem os seus projetos, que apresentem as suas propostas para a sociedade; que possam, sim, ter as suas representações da melhor forma possível.
O SR. ARSELINO TATTO (PT) - (Pela ordem) - Vote em mim.
O SR. PRESIDENTE ( Milton Leite - UNIÃO ) - Torço por V.Exa. também, nobre Vereador Arselino Tatto. V.Exa. sabe disso. Tem a palavra, pela ordem, para encerrar, o nobre Vereador Senival Moura.
O SR. SENIVAL MOURA (PT) - (Pela ordem) - Sr. Presidente, muito obrigado. Vou falar bem rapidamente, para poder encerrar. O dia de hoje foi bastante tenso na Casa, mas não entendi por que V.Exa. disse para o Vereador Arselino Tatto - a quem tenho certeza de que V.Exa. respeita muito - fosse descansar em paz. O que eu entendo quando se fala “descansar em paz”, é partir para outro local. E nós não queremos isso de nenhum Colega, muito menos do nobre Vereador Tatto, que é nosso parceiro. Mas eu acho que não foi isso que V.Exa. quis dizer.
O SR. PRESIDENTE ( Milton Leite - UNIÃO ) - Não foi isso que desejei a S.Exa., não, nobre Vereador. Permita-me interrompê-lo. Aliás, daqui a pouco, vou tomar um café com o nobre Vereador Arselino Tatto, bater um papo sobre a política.
O SR. SENIVAL MOURA (PT) - (Pela ordem) - Assim fico mais feliz. Sr. Presidente, primeiro eu quero dizer o seguinte: já estou aqui há alguns anos. V.Exa. já presidiu por diversos anos; eu já fui Líder da Bancada do PT em outras oportunidades. Nesses últimos dois anos, nós tivemos cerca de dezenas ou centenas de acordos aqui. Todos eles, sem exceção, V.Exa. cumpriu à risca. E ainda quando havia qualquer problema no meio do caminho, Vereador Salles, tinha uma coisa que o Presidente fazia que era o seguinte: “Vamos suspender por dois minutos para entendimento”. Então, nós temos que reconhecer isso. No dia de ontem não foi diferente. Eu não vi nenhuma diferença no dia de ontem, o acordo foi costurado, foi acertado. E ainda disse o seguinte: “Se alguém não estiver de acordo, fale agora”. E não foi dito isso no momento. Essa matéria era justamente o primeiro item da pauta. Então, não vi problema. Agora, estranhamente, depois que chegamos aqui, surgiu esse problema. Mas eu não estava entendendo direito. E mais estranho ainda foi quando mudou de rumo, porque veio em função da história da Vereadora Luna, que fez uma publicidade que, de certa forma, é uma matéria que é pública. Todos já sabem, mas, na minha opinião também - até conversei com a Vereadora Luna - é matéria pública. Todos já sabem. Não haveria necessidade de ampliar mais aquilo, mas também não era motivo para um cavalo de batalha. Coisa que se faz nesta Casa, queremos deixar claro isso. Eu, quando eu subo nessa tribuna para fazer uso da palavra, se tem algo com que me preocupo é o que vou falar, porque tenho que respeitar todos os Pares, sem exceção. Temos que respeitar e discutir sempre no campo das ideias. Então, Presidente, acredito - e peço - que esse episódio de hoje não se repita mais, porque acaba sendo ruim em todos os sentidos. E que possamos discutir todas as matérias aqui no campo das ideias. Nós discutimos já projetos importantes, votamos favoráveis, outros votamos contra, mas discutimos aqui, encerrou e já era. Acabou.
- Aparte antirregimental.
O SR. SENIVAL MOURA (PT) - (Pela ordem) - Não tem que partir para o campo pessoal. O Presidente está cuidando dele, eu já estou encerrando, mas, até para finalizar, acho que seria prudente que o Vereador Arselino Tatto pudesse falar um segundinho, Presidente. Para dizer que está bem mesmo, depois daquele “descansa em paz”, Vereador Arselino.
O SR. ARSELINO TATTO (PT) - (Pela ordem) - Então, eu queria, em primeiro lugar, me solidarizar com a Vereadora Luna Zarattini. A Extrema-Direita da Casa já postou essas coisas muitas vezes. Então, cada um que assuma as suas atitudes. Mas acho que o grave da cidade não é isso, mas, sim, votar a privatização da Sabesp; é ter uma Direita instalada na Câmara Municipal, cuja maioria é bolsonarista, que lutou, incansavelmente, há poucos anos, contra a vacina da Covid. Isso ninguém vai esquecer, não. É complicado isso daí. Agora estão usando de fake news em relação à ajuda aos meus companheiros, meus conterrâneos gaúchos. Sr. Presidente, acho que ao pedir verificação de presença, uma hora e meia atrás, deveria ter concedido a verificação para derrubar, porque o que nós estamos ouvindo agora é uma lavagem de roupa suja. Isso não leva a nada. A população brasileira quer que a Câmara vote projetos importantes. É isso que eu quero. E parabéns pela condução dos seus trabalhos e solidariedade à Vereadora Luna. Um abraço.
O SR. PRESIDENTE ( Milton Leite - UNIÃO ) - Obrigado.
O SR. SENIVAL MOURA (PT) - (Pela ordem) - Sr. Presidente, é só isso. Estou encerrando. Sucesso para V.Exa., terça-feira tem mais.
O SR. PRESIDENTE ( Milton Leite - UNIÃO ) - Nobre Vereador Senival Moura, queria que V.Exa. ficasse na tribuna. Estou convocando, nobre Vereador Senival Moura e Srs. Líderes, pois havia um entendimento da Oposição para convocarmos uma sessão extraordinária, para quarta-feira, para votarmos um único item da pauta. É um projeto do Governo. O próprio Vereador Alessandro Guedes, que será o Presidente da Casa, pediu e concordou em votar. Se houver acordo, então, no Colégio de Líderes, somente esse item vai para a pauta da sessão de quarta-feira, que será presidida pelo Vereador Alessandro Guedes.
O SR. ARSELINO TATTO (PT) - (Pela ordem) - Qual é o projeto?
O SR. FABIO RIVA (MDB) - (Pela ordem) - Escola de línguas, idiomas.
O SR. PRESIDENTE ( Milton Leite - UNIÃO ) - Escola de línguas, porque havia acordo entre Situação e Oposição e será o único item da pauta. Como eu não sou descumpridor de acordo com o Vereador Senival e o Vereador Alessandro Guedes, eu peço que se cumpra esse. Os demais projetos de Parlamentares, nós apreciaremos no meu retorno, sem inserções de pé de pauta. Se houver esse acordo, nós prosseguiremos para quarta-feira. Então, convoco os Srs. Vereadores para uma sessão extraordinária, logo após a sessão ordinária de quarta-feira, dia 15 de maio, com a Ordem do Dia a ser publicada. Nobre Vereador Fabio Riva, esse é o meu encaminhamento. Estão desconvocadas as demais sessões extraordinárias desta semana, mantida uma sessão extraordinária para a próxima quarta-feira, logo após a sessão ordinária. Senhoras e senhores, uma boa tarde. Desculpe por qualquer desentendimento, mas buscarei entendimentos a partir do Colégio de Líderes. Espero que aqueles que concordem mantenham sua palavra em Plenário. Obrigado a todos, boa tarde. Estão encerrados os trabalhos. |