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NOTAS TAQUIGRÁFICAS
2ª TRIBUNA POPULAR LOCAL DATA: 26/04/2025
 
2025-04-26 002 Tribuna Popular Local

2ª TRIBUNA POPULAR LOCAL - CÂMARA NA RUA

26/04/2025

MESTRE DE CERIMÔNIAS - Senhoras e Senhores, sejam todos muito bem-vindos à 2ª Edição Câmara na Rua, CEU Parelheiros - Professora Eneida Palma Leite, uma iniciativa inédita instituída pelo Ato nº 1.657/2025.

A Câmara Municipal de São Paulo, representando o Poder Legislativo Municipal, composta pelos 55 Vereadores e Vereadoras, traz para mais próximo da população o projeto Câmara na Rua, promovendo um diálogo aberto sobre as demandas locais. Sejam todas e todos muito bem-vindos.

Neste momento, convidamos o Presidente Ricardo Teixeira para a abertura oficial.

O SR. PRESIDENTE (Ricardo Teixeira - UNIÃO) - Bom dia a todos e todas. Estou muito feliz, pois temos muita gente presente. Passou até da quantidade de cadeiras que colocamos. Peço desculpas por haver tanta gente de pé.

Esta é a 2ª Sessão Pública Especial, do projeto Câmara na Rua, de 2025. Na qualidade de Presidente da Câmara Municipal de São Paulo, declaro abertos os trabalhos da Tribuna Popular Local, convocada para hoje, dia 26 de abril de 2025.

Esta sessão é regulamentada pelo Ato nº 1.657/2025, da Mesa Diretora.

Passo a presidência dos trabalhos ao Vereador Silvão Leite. (Palmas)

Tinha quase certeza de que iriam aplaudir muito. Acho que estão aplaudindo pouco. Viva o Silvão. Nada mais justo de que, no dia de hoje, os trabalhos sejam presididos pelo meu amigo e companheiro de partido Silvão Leite. Parabéns.

- Assume a presidência o Sr. Silvão Leite. (Palmas)

O SR. PRESIDENTE (Silvão Leite - UNIÃO) - Pessoal, muito bom dia. Quero agradecer a gentileza do nosso Presidente Ricardo Teixeira. Agradeço também a presença dos Colegas Vereadores. Muito obrigado.

Esse é um projeto de todos nós. Estou muito feliz de vê-los aqui. Mais feliz de ver vocês da comunidade participando, conhecendo a estrutura da Câmara e tendo a oportunidade de trocar conversa conosco, tirar dúvida, reivindicar. Acho que essa participação popular é fundamental nos trabalhos da Câmara Municipal.

Dando continuidade à abertura do nosso Presidente, passo a explicar aos senhores rapidamente como funcionará esta parte da sessão. A sessão ocorrerá no formato de tribuna popular local. Durante 90 minutos, as pessoas que se inscreverem farão uso da palavra por três minutos cada. Solicito que quem desejar se inscrever o faça junto à Secretaria Geral Parlamentar, para que possamos fazer a lista de oradores.

Será seguida a ordem cronológica de inscrições. Caso o número de inscrições supere o tempo total disponível para a fala, haverá sorteio para a definição dos oradores. As inscrições estarão abertas até o fim das apresentações dos alunos de Karatê e de Kung Fu. Quero agradecer aos mestres, ambos do CEU Parelheiros. Muito obrigado pela participação.

Comunico aos senhores que esta sessão será publicada no Diário Oficial , está sendo transmitida ao vivo, através do endereço www.saopaulo.sp.leg.br/transparencia/auditorios-online , e também pelo YouTube, no canal da Rede Câmara SP e no Facebook da Câmara Municipal de São Paulo.

Quero agradecer ao CEU Parelheiros - Professora Eneida Palma Leite, que gentilmente disponibilizou sua estrutura para a realização da 2ª sessão do Projeto Câmara na Rua, sucesso como a 1ª sessão, em São Miguel Paulista.

Iniciaremos as apresentações dos alunos de Karatê e Kung Fu do CEU Parelheiros. As inscrições para fala serão feitas ali à esquerda, com o Caio e sua equipe, preparada para receber as inscrições. Lembro que, por uma questão de tempo, vamos conseguir fazer até 75 inscrições. E, dessas 75 inscrições, serão sorteadas 30 pessoas para fazer uso da palavra.

Mais uma vez, obrigado a todos. Quero também agradecer a toda a equipe da Câmara Municipal de São Paulo, uma equipe maravilhosa, que tem feito a diferença neste nosso projeto. Muito obrigado. E vamos lá, Câmara na Rua, em Parelheiros.

MESTRE DE CERIMÔNIAS - Solicitamos a colaboração das pessoas ao lado para que possamos aplaudir e receber as equipes de esportes, que irão se apresentar no nosso palco. Os projetos do CEU são ministrados pelos voluntários na área de esportes.

Vamos aplaudir neste momento o Karatê, Sensei Renan.

O SR. SENSEI RENAN - Bom dia a todos. Nós realizamos um trabalho no CEU Parelheiros como voluntariado na área de esportes, onde ensinamos Karatê e Taekwondo. Vamos fazer uma breve demonstração do nosso trabalho.

- Apresentação dos alunos de Karatê, Sensei Renan, sob aplausos.

MESTRE DE CERIMÔNIAS - A próxima apresentação do Núcleo de Esporte e Lazer do CEU Parelheiros será de Shifu Israel, Projeto Pequenos Dragões.

O SR. SHIFU ISRAEL - Hoje é um dia especial, e desejo a todos um excelente dia, fantástico e inesquecível. E podem ter certeza disso, principalmente pela presença da Câmara Municipal de São Paulo, ajudando também as comunidades.

Uma salva de palmas para a Câmara Municipal. (Palmas) Uma salva de palmas para a gestão CEU Parelheiros. (Palmas)

Vamos fazer uma pequena demonstração. Estou no CEU Parelheiros desde 2008, como voluntário, Projeto Social Criança Ativa, fazendo a diferença nas comunidades e na vida das crianças, ajudando na formação delas, dando um pouco do meu conhecimento a elas. E assim Deus vai nos ajudando; não levamos nada dessa vida, estamos passando nossos conhecimentos para eles.

Vamos fazer uma demonstração de Kung Fu. Aproveitando a oportunidade, quero dar um recado para os nossos políticos: acordem um pouquinho, sentem na sua cadeira, abram a gaveta, escrevam um comentário, um dia, para entender que quem faz a comunidade somos nós, voluntários. Quem dá público para o CEU somos nós, voluntários. Então, senhores políticos, olhem esse lado do projeto social, que faz muita diferença na vida da comunidade.

Obrigado. (Palmas)

O SR. ANDERSON ROBERTO - Em nome do Núcleo de Esportes de Parelheiros, gostaríamos de agradecer e comunicar à comunidade que essas atividades acontecem diariamente, de forma gratuita, não só para as crianças, mas também para todos os adultos.

Parabéns, Shifu. Parabéns, Sensei. Ainda teríamos duas apresentações, mas nós vamos deixar para uma próxima oportunidade.

Muito prazer. Eu sou Anderson Roberto, responsável pelo Núcleo de Esporte e Lazer no CEU Parelheiros e, em nome da nossa gestora Amarillis Peres o meu obrigado e boa reunião a todos. (Palmas)

MESTRE DE CERIMÔNIAS - Agradecemos, Professor Anderson, pelo seu trabalho, também pela sua dedicação.

Neste momento, nós teremos a tribuna popular. Solicitamos a atenção, porque agora iremos montar a Mesa para a tribuna popular, para a fala dos Srs. Vereadores.

Agradecemos a presença das pessoas que fazem parte da Colônia Fest. Muito obrigado pela presença, pela participação. Por favor, se puderem se apresentar ali à frente. Infelizmente, não está presente o grupo completo, que seria o grupo de dança, mas eles irão se apresentar na próxima vez. Eles são um grupo folclórico, não é colônia alemã, mas há também a realização do Colônia Fest, a grande festa alemã, em Parelheiros.

Obrigado pela presença de vocês. (Palmas)

Senhoras e senhores, daremos início, neste momento, à tribuna popular local da 2ª Sessão Pública Especial do projeto Câmara na Rua, com a presidência do Vereador Silvão Leite; do Presidente da Câmara Municipal de São Paulo, Vereador Ricardo Teixeira, e dos seguintes Srs. Vereadores: João Ananias, Marcelo Messias, Isac Félix, Keit Lima, Kenji Ito, Janaina Paschoal, Ely Teruel, Amanda Paschoal, Amanda Vettorazzo, Sargento Nantes, Luna Zarattini, Alessandro Guedes, Zoe Martínez e Celso Giannazi. São os Vereadores que participam hoje desta tribuna popular local da 2ª Sessão Pública - Câmara na Rua.

Convidamos a nobre Vereadora Luana Alves, por favor, para a Mesa. S.Exa. acaba de chegar.

Neste momento, queremos destacar e agradecer a presença das autoridades presentes: Alex Braz, Chefe de gabinete da Presidência da Câmara Municipal; Marco Antonio Furchi, Subprefeito de Parelheiros; Flávia Aparecida da Silva Santos, Subprefeita de M’Boi Mirim; Sonia Sueli Farina Leite, Capela do Socorro; Amarillis Peres Rodrigues, gestora do CEU Parelheiros; Fernando Noronha, representando a Vereadora Sandra Santana; Allan Souza Santos, Ouvidor da Secretaria de Direitos Humanos e Cidadania, representando, neste ato, a Sra. Secretária Regina Célia da Silveira Santana; Mário Sérgio Maschietto, Secretário-Geral Administrativo da Câmara Municipal de São Paulo; Raimundo Batista, Secretário-Geral Parlamentar da Câmara Municipal de São Paulo; Celso Gabriel, Secretário de Recursos Humanos da Câmara Municipal de São Paulo; e o sempre Vereador Dalton Silvano.

Senhoras e senhores, passo a palavra ao Presidente Silvão Leite.

O SR. PRESIDENTE (Silvão Leite - UNIÃO) - Vamos agora dar início ao que realmente interessa nesta sessão: ouvir o que vocês têm para falar para nós, Vereadores.

Mais uma vez, agradeço a todos os Srs. Vereadores presentes. E queria pedir para liberar os lugares para o pessoal sentar. Lembrando que abrimos para até 75 inscrições, mas somente 30 pessoas poderão fazer o uso da palavra. As inscrições estão encerradas, vamos dar início então à nossa tribuna popular da 2ª Câmara na Rua, em Parelheiros.

Nesses dois minutinhos que nós temos ainda de organização, eu vou quebrar o protocolo e abrir a palavra para o Vereador Kenji, que vai ter que se ausentar; e para o Vereador Dheison também.

O SR. KENJI ITO (PODE) - Presidente, Vereadores, obrigado pela presença. Esta é a segunda edição do Câmara na Rua. É a primeira vez que estou vindo no bairro de Parelheiros. Eu trabalhei na região de Santo Amaro por oito anos, sou Policial Civil, trabalhei no 102º DP na década de 90 e conheço bastante a região de Parelheiros, não só Parelheiros, mas como toda a região de Santo Amaro.

Fico muito contente de estar de volta revendo alguns amigos, alguns parceiros, alguns companheiros de trabalho. Nosso gabinete está à disposição para todos vocês. Estou como Vereador da cidade de São Paulo, fui eleito agora pelo primeiro mandato e acredito muito no potencial da população de estar repassando as demandas para nós, Parlamentares da Câmara Municipal. Essa é a importância de nós estarmos aqui.

Eu digo que Parelheiros é uma cidade, porque tem mais de 150 mil habitantes, muito mais populoso do que muitas cidades do estado de São Paulo, cidades no interior de São Paulo. E são mais de 40 km até o Centro de São Paulo, só de ida. Somando 40 de ida, 40 de volta, são quase 100 km, se forem se deslocar até a Câmara Municipal.

Então, se a população não consegue ir até a Câmara Municipal, nós Vereadores iremos até vocês.

Muito obrigado. (Palmas)

O SR. PRESIDENTE (Silvão Leite - UNIÃO) - Tem a palavra o Vereador Dheison.

O SR. DHEISON SILVA (PT) - Bom dia, pessoal. Bom dia, Parelheiros.

É extremamente importante estar aqui hoje. Parabenizo o nosso Presidente Ricardo Teixeira por essa iniciativa tão importante.

A gente está no maior território da cidade de São Paulo. Parelheiros representa 20% do território de São Paulo, um quinto da cidade de São Paulo é a região de Parelheiros. Aqui a gente tem zona rural, tem um polo de ecoturismo, que foi uma lei do Deputado Federal Alfredinho, quando era Vereador. Esse polo se estende a um pedaço do Grajaú e a um pedaço da zona Norte. A gente tem reservas, cachoeiras, muita coisa bonita para ser valorizada. Então, eu acho que, mais do que simbólico, este Câmara no Bairro é preciso.

Mas, do mesmo jeito que tem várias qualidades e virtudes na região, eu vi uma placa dizendo que, infelizmente, é aqui também que está o pior IDH da cidade de São Paulo.

A cidade de São Paulo tem uma divisão: tem IDH da Noruega, em Moema, e IDH de países da África, em Parelheiros. Precisamos melhorar isso, e é para isto que a Câmara no Bairro está aqui: para fazer valer a escuta de vocês em boas políticas públicas, em bons projetos de lei; e para trazer investimento para a região de Parelheiros, porque é isso que a população quer, é isso que a população precisa. Contem conosco, com o nosso mandato e com o mandato dos Vereadores para fazermos essa escuta de vocês e melhorar o que importante: a vida das pessoas. É para isso que estamos aqui. É para isso que temos a obrigação de não somente vir no Câmara no Bairro, mas estar aqui no dia a dia junto com vocês.

O SR. PRESIDENTE ( Silvão Leite - UNIÃO ) - Obrigado, Vereador Dheison.

Está tudo preparado, pessoal. Como tivemos quase 70 inscrições, nós vamos fazer um sorteio. É quase um bingo. Vamos sortear quem vai falar para ser mais democrática a nossa dinâmica.

Por favor. Bolinha número 21. A primeira sorteada do dia é a Sra. Ana Lúcia de Oliveira. Gente, antes da fala da Ana Lúcia, eu queria pedir uma gentileza.

O Presidente, agora, fez uma colocação muito pertinente.

Eu peço que façamos um minuto de silêncio em memória do Papa Francisco, que está sendo sepultado hoje.

Tirem o chapéu, por gentileza, em respeito.

- Minuto de silêncio.

O SR. PRESIDENTE ( Silvão Leite - UNIÃO ) - Tem a palavra a Sra. Ana Lúcia Oliveira, do Distrito de Marsilac.

A SRA. ANA LÚCIA DE OLIVEIRA - Boa tarde a todos.

Eu venho aqui porque a nossa região, Engenheiro Marsilac, é esquecida - as nossas ruas, o transporte. Ontem, eu fiquei duas horas no ponto de ônibus. E no nosso guia de transporte constava uma perua no ponto final, mas essa perua não existe. Não tem.

Há uma senhora aqui que tem um filho especial. Como consegue descer com a cadeira de rodas? Não consegue. Carro para a região da Cachoeira, ali, os moradores jogando pedra debaixo de chuva.

Teve um acidente com um senhor, que perdeu a perna na linha do trem. Se não fosse a moça da pizzaria jogar ele dentro do carro, socorrê-lo, o que seria? Ele ainda está vivo. Mas, e se ela não tivesse feito isso? Porque não chega socorro. Nada chega lá. Reclamamos do transporte, e ainda nos chamam, nós, moradores de Marsilac, de mentirosos.

O motorista foi comprar uma peça para pôr na porta do ônibus para a porta poder abrir e fechar. Isso é o cúmulo.

Nós existimos. Saibam muito disso. Nós moramos em Marsilac, existimos e vamos lutar pelo nosso melhor. Não queremos mais ficar esquecidos. Estamos cansados da violência no nosso bairro, roubo. Não tem nada para os jovens. O que tem é meio período. E o restante do período? O que fazemos com os nossos filhos? E lá é uma região onde as mães não têm dois, três filhos, são dez, oito. Eu tenho dez filhos. Eu criei dez filhos ali. Mas só Deus sabe o sofrimento que foi. Só Ele, e sem a ajuda de ninguém. Saímos para pedir ajuda, viram as costas. Ofícios e mais ofícios. Para que tudo isso, se temos os eleitos para nos ajudar? Mas, na hora que precisamos, nos viram as costas - “Não dá”, “Não posso”, “Calma”. E assim os anos vão passando, entrando outros, e nós ficando. Não é fácil, gente.

Região da Ponte Seca, Ponte Alta. São muitas regiões lá para dentro.

Obrigada. (Palmas)

O SR. PRESIDENTE ( Silvão Leite - UNIÃO ) - O sorteio do segundo inscrito para falar será feito pelo nosso Presidente Ricardo Teixeira.

Lembrando que, para todo mundo ter a oportunidade de usar a palavra, nós vamos restringir em dois minutos de fala.

Número 12, Sr. Paulo Tadeu dos Santos.

E o próximo é o César Correia.

O SR. PAULO TADEU DOS SANTOS - Bom dia a todos. Bom dia a todas.

Eu, primeiramente, antes de iniciar a fala, antes dos três minutos, eu queria parabenizar o projeto, a iniciativa, de a Câmara estar ao nosso lado; mas também gostaria que houvesse uma outra como esta para trazer os resultados, Silvão.

O SR. PRESIDENTE ( Silvão Leite - UNIÃO ) - Lembrando que todas as reivindicações feitas são encaminhadas para as secretarias e os órgãos de direito, e nós daremos uma resposta, sim, a todas elas.

O SR. PAULO TADEU DOS SANTOS - Ok, obrigado.

Eu venho em nome da Achave - Associação Comunitária Habitacional de Vargem Grande - e também pela nossa rádio comunitária oficial, a futura FM 87.5 de Parelheiros.

Eu moro em Vargem Grande, onde temos a Estrada Vargem Grande 2, que está totalmente esburacada e tem uns ônibus escolares de mais de 15 a 20 anos. E esses ônibus não aguentam levar e trazer as nossas crianças para a escola. Por isso, eu sugiro a pavimentação dessa via da Estrada Vargem Grande 2, que agora se chama Av. José Lutzenberger.

Em segundo lugar, eu queria enaltecer também a necessidade de Marsilac e toda aquela região, passando por essa rua. E eu sugiro a implantação de uma linha que pegue de Marsilac, essa Lutzenberger e também a Rua Paulino Gotsfritz, até sair na Estrada de Vargem Grande, para sair no Terminal Varginha e no trem. Essa linha é essencial.

Eu dou carona quando passo ali. Até choro. A pessoa anda quatro quilômetros da avenida para chegar na sua casa. É muito perigoso. E nós nos levantamos cedo, três e meia da manhã, como mães que saem para trabalhar; e quem trabalha à tarde chega meia-noite, uma hora.

Temos várias pessoas com comorbidade renal. Precisamos de uma clínica renal para os nossos doentes. O deslocamento é muito longe.

Eu não sei quem fez o projeto dos ônibus das cooperativas. Queria ver a diferença que tem um cliente passageiro das empresas particulares com as cooperativas. Esses ônibus são bem equipados, vêm novinhos, com ar condicionado, mas e a porta do lado esquerdo? Nós passamos duas horas no trânsito porque não pode entrar no corredor. E o valor da passagem é o mesmo. Então, eu sugiro a implantação da terceira porta, do lado esquerdo do motorista, para andar no corredor. Perde-se tempo para ir trabalhar e perde-se tempo para voltar para casa.

Obrigado. (Palmas)

O SR. PRESIDENTE ( Silvão Leite - UNIÃO ) - Lembrando às pessoas que não conseguirem se manifestar que podem participar e enviar as suas reivindicações pela internet, no endereço www.saopaulo.sp.leg.br/camaranarua . É o link para vocês encaminharem as perguntas de vocês.

Tem a palavra o Sr. César Correia.

O próximo número é o 60.

O SR. CÉSAR CORREIA - Senhoras e senhores, sou do Parque Florestal.

Antes de mais nada, eu gostaria de agradecer a cada um - Dheison, Isac Félix. Gostaria também de agradecer ao Silvão Leite. E também agradecer à família Leite, pelo que vem fazendo pelo nosso bairro.

Estamos precisando de uma UBS lá no Parque Florestal, Silvão Leite, porque o negócio lá está meio esquisito. E tem, também, o término do asfalto. Peço a gentileza, Sr. Silvão Leite, porque a minha família, a minha filha mora lá, e ela vem falando direto: “Pai, fala sobre a nossa UBS”.

Lembrando que a UPA está aí; foi inaugurada pelo Sr. Vereador Milton Leite na época. Então, nós conhecemos o trabalho que a família Leite vem fazendo em prol do nosso bairro e agradecemos sempre à família Leite pelo que vem fazendo pelo nosso bairro de Parelheiros.

Eu agradeço a Deus por esta oportunidade e aos senhores. Que Deus abençoe os senhores. Desculpem-me, eu não sei falar, mas eu gosto muito de pessoas que trabalham pelo bairro, e nós temos grandes Vereadores, porque, se estão aqui hoje são dedicados, e não vêm só em ano de eleição.

Um abraço a todos e a todas. (Palmas)

O SR. PRESIDENTE (Silvão Leite - UNIÃO) - Obrigado, Sr. César Correia.

Sr. Francisco Queiroz Godinho; por gentileza, a próxima é a Sra. Conceição Claudineia de Sousa Maciel.

Professor Chicão, obrigado pela presença.

O SR, FRANCISCO QUEIROZ GODINHO - Obrigado pela presença de todos e todos os Vereadores que se dispuseram a estar aqui. Gostaríamos de ter os 55, mas não é fácil a agenda de todos.

Estamos em São Paulo, a terceira maior capital do mundo em termos de quase tudo, a maior capital em recursos financeiros e tecnológicos da América Latina, e ainda temos o pior IDH da região.

A Prefeitura faz muito, mas, por muito tempo sem fazer, tem muita coisa. Nós ainda temos avenidas, ruas de terra; nós estamos cometendo crime federal quando as crianças não conseguem chegar às escolas em razão de ônibus ou van não ir. Isso é crime federal. Isso é cometido pela Prefeitura, pelo Estado e por todos nós que compartilhamos com isso e não vamos à luta. Então, precisamos de muito. E olha só: Marsilac, Jaceguava, Cipó do Meio, Chácara Santo Amaro e um monte de lugar que ainda parece que nós estamos - sem discriminação, porque eu sou de lá - no Nordeste.

Nós estamos aqui defendendo o verde, defendendo o meio ambiente, e pessoas aqui, defecam no fim do seu terreno, e a água colhe toda essa m**da e leva para o rio. Detonamos toda a água; estamos preocupados com a água.

Dos 3 copos de água que nós bebemos na capital, um copo sai de Parelheiros. Tem gente que não tem torneira porque não tem saneamento básico. A Sabesp não chegou; e ele tem que beber água contaminada. (Palmas)

Nós damos água para a capital, e a água não chega. E, quando chega, 9h30 ou 10h se desliga a água porque a tubulação não aguenta a pressão de despressurização, e ficamos sem água. Então, gente, é uma situação maluca.

Transporte, cadê o transporte? Tem gente que anda 5 ou 6 km para chegar no final. Então, nós precisamos fazer muito por Parelheiros, muito pela Capela do Socorro, que é o Fundão que ninguém quer.

Parelheiros é um mundo. Nós temos o distrito e o subdistrito. O subdistrito é maior que o distrito, então, nós temos tudo isso. É um horror, Parelheiros.

Hoje, nós só estamos nessas condições. Eu não me lembro quem, não me lembro qual gestão criou a Subprefeitura de Parelheiros, e, hoje, nós estamos no mapa da capital. Senão, a gente ainda seria o fundo de quintal da Capela do Socorro. (Palmas)

O SR. PRESIDENTE (Silvão Leite - UNIÃO) - Obrigado, Professor Francisco. Agora, a Sra. Conceição Claudineia de Souza Maciel, por favor. A próxima é a Sra. Valdete Gomes da Silva. Por favor, se aproxime.

A SRA. CONCEIÇÃO CLAUDINEIA DE SOUZA MACIEL - Boa tarde, gente. Meu nome é Conceição Claudineia, eu sou do Jardim São Norberto. Eu sei que há muitas dificuldades, muitas coisas para serem feitas. O que eu vou falar parece até banal, porque, em relação à iluminação pública no Jardim São Norberto - a Eletropaulo entrou -, a maioria das ruas é escura. Então, assim, comparando com as demais demandas, eu fui sorteada, parece até uma coisa mais banal, mas é segurança pública para nós, mulheres, que saímos 4 horas da manhã e chegamos meia-noite ou 2 horas da manhã, e não temos iluminação.

Outra coisa: a pavimentação, porque as ruas são de barro. Entrou o esgoto, porém, não temos pavimentação, nem ecológica nem sem ser ecológica. Estou falando também pelo Jardim Cliper, dos Eucaliptos. Desculpe-me, porque lá eles conseguiram a pavimentação pública ou ecológica, mas até hoje a Prefeitura não colocou. Eles ganharam pelo PLOR, e, até hoje, não têm pavimentação.

Nosso Posto de Saúde Jardim São Norberto é bem defasado de médico. Você chega lá e não consegue atendimento. Eles fizeram uma obra, porém até hoje não foi inaugurada. Então, a gente não tem médico o suficiente para a população porque o Jardim São Norberto cresceu bastante, e a gente não tem um suporte para dar para as pessoas porque a população cresceu.

Basicamente é isso. Para ser sincera, eu achei que não ia ser chamada e não peguei todas as demandas, mas temos muitas demandas. (Palmas)

O SR. PRESIDENTE (Silvão Leite - UNIÃO) - Está ótimo. Obrigado, Conceição.

Agora, a Sra. Valdete Gomes; o próximo é o Sr. Alenildo Almeida. Peço que fique próximo ao palco.

A SRA. VALDETE GOMES DA SILVA - Bom dia a todos.

Obrigado, primeiro, a Deus; segundo, a todos vocês que estão aqui.

Meu pedido é um só: eu pago imposto de um terreno que fica em Cipó do Meio. Eu estou pagando um valor muito alto, de um salário-mínimo mensal, que é muito para mim. Eu sou aposentada, tenho problema de saúde, faço tratamento e meu salário é para pagar remédio. A gente fica aposentado, tem que pagar remédios, tem problema de saúde e meu salário não está acompanhando os impostos que eu estou pagando. É um absurdo. De 2000 para cá, subiu quase 500% o meu imposto, e, lá é um lugar que não tem nada, é terra, não tem iluminação de rua. Então, o meu pedido é esse.

Muito obrigada a todos e uma boa tarde a vocês. (Palmas)

O SR. PRESIDENTE (Silvão Leite - UNIÃO) - Obrigado, Dona Valdete.

Agora, o Sr. Alenildo Almeida. A próxima a usar a palavra será a Sra. Lindaura da Silva Maciel.

O SR. ALENILDO ALMEIDA - Boa tarde, Parelheiros!

Primeiramente, quero agradecer a todos os Vereadores presentes em Parelheiros. É muito importante esse ato democrático que dá voz para que nós possamos trazer nossas demandas. É muito importante a Câmara na Rua vir até o povo, não o povo ir até a Câmara, mas é mais importante que essas demandas sejam atendidas e encaminhadas como direitos.

Eu quero falar hoje da importância, Srs. Vereadores, da Pasta da Juventude, que não está dentro das 32 Subprefeituras regionais. Peço, encarecidamente, que essas Pastas da Juventude voltem para as Prefeituras regionais, porque a juventude precisa dessa pasta para articular as políticas públicas como direito.

Quero falar, também, em relação a todos aqueles que estão dentro das demandas públicas do Decreto dos Mananciais, que estão dentro dos projetos de revitalização urbana, porque são importantes, sim, esses projetos, mas também é importante que a população seja atendida como direito constitucional.

Sabemos que a moradia está sendo construída, mas sabemos que essas demandas têm que ser dialogadas com o povo, assim como este ato democrático.

Também quero pedir, encarecidamente, para todos os Vereadores que se faça repensar o Plano Juventude Viva da Cidade, que dialogava com a juventude preta; e o Plano Juventude Viva tinha aí bolsistas em todos os territórios que demandavam, articulavam e defendiam os seus direitos constitucionais. Peço, encarecidamente, que revigorem, olhem para essas leis, olhem para essas Pastas.

Em relação à moradia, sabemos que Parelheiros está dentro de um processo que envolve nove áreas. Ninguém está aqui para ir contra as leis, mas peço, encarecidamente, que essas demandas possam ser dialogadas com o povo.

Quero agradecer a todos da liderança da Comunidade Iporá, que tem também, de certa forma, tentado trazer a melhoria, sim. Hoje eu sou aqui um orador, não só do Iporá, mas estou falando pelas nove áreas de Parelheiros que precisam ser ouvidas.

E eu conto com o apoio de vocês. Conto com apoio para a gente avançar nas políticas públicas. Conto com o apoio para a gente resgatar a juventude, porque é, sim, ainda o maior eleitorado que participa das eleições municipais. Por isso há muitos votos brancos. Por isso há muitos votos nulos, porque a juventude não se sente inserida na política nacional. (Palmas)

O SR. PRESIDENTE (Silvão Leite - UNIÃO) - Obrigado, Alenildo.

Agora vamos ouvir a Dona Lindaura da Silva Maciel.

A SRA. LINDAURA DA SILVA MACIEL - Bom dia. Eu parabenizo a todos.

O SR. PRESIDENTE (Silvão Leite - UNIÃO) - Por gentileza, um pouquinho só. O Sr. Francisco Edivaldo Oliveira pode já se colocar ao lado do palco.

A SRA. LINDAURA DA SILVA MACIEL - Posso começar?

O SR. PRESIDENTE (Silvão Leite - UNIÃO) - Pode falar, Dona Lindaura.

A SRA. LINDAURA DA SILVA MACIEL - Eu parabenizo todos os que estão aqui, porque nós moramos em um bairro que pertence à capital. Nós queremos ter direitos iguais. Faz divisa com Embu-Guaçu, Capela do Socorro e os últimos bairros são Marsilac e Barragem.

É o maior sufoco para nós conseguirmos um atendimento na área da saúde, no transporte, principalmente em horário de pico. E aqui no Terminal Parelheiros só tem o nome de terminal, porque parece uma latinha, só tem uma linha de ônibus articulado que vai para a Vila Mariana e outra para Santo Amaro. Então, é o maior sufoco para a gente conseguir ir e vir para o trabalho e para outras necessidades.

Não dá para a gente não garantir especialidade aqui na área da saúde. (Palmas) Eu faço parte dos Conselhos de Saúde desde que foram implantados; ajudei a implantar no Santa Fé, porque se não seria pior. Eu sou conselheira da UBS Parelheiros e da AE, que só tem o nome de AE, mas está vazia. Com a mudança da AMA para UPA, a UBS foi para o lado da AMA e o outro lado está vazio. Queremos garantir especialidade para consulta com especialista, exames. O mais perto daqui é Capela do Socorro, mas a região já cresceu muito e não está dando conta da demanda.

Ontem mesmo eu fui fazer um exame em Santo Amaro, fiquei com dó de ver tanta gente esperando tanto tempo para fazer um exame. E eu fiz no ano passado, passei com o reumato. Estava sentindo sérios problemas no meu corpo, dores no corpo inteiro e até tem que marcar de novo e esperar para marcar outra vez, porque eles não agendaram para o médico ver o resultado do meu exame. E acontece com outras pessoas a mesma coisa.

Eu não gostaria que continuasse dessa forma, gente. A união é que faz a força, temos de nos unir e depois votar em pessoas que têm o compromisso de dar apoio para as nossas lutas. Eu consegui o atendimento de um ônibus, saindo aqui do portão do CEU até a Estação Autódromo, mas por enquanto só está de segunda a sexta de manhã e no final da tarde. Está beneficiando um pouco, mas vamos lutar para transformar ele em oficial, 695Y-21.

E aí, se nós não nos unirmos, vamos sempre pegar só o que sobra dos outros bairros, das outras regiões. E não é justo. Só tem os remédios mais baratos e a maioria, quando tem renda, ela é baixíssima, não dá para comprar remédio nem também pagar. Eu pago aquele Cartão de Todos, e agradeço a Deus porque também eu me aposentei; o meu marido tem problema de saúde, e se aposentou desde 91. Mas eu não penso só em mim, eu quero a melhoria para toda a nossa região.

Por isso vamos nos unir, porque nós vamos conseguir, podem ter certeza disso.

O SR. PRESIDENTE (Silvão Leite - UNIÃO) - Faltam 30 segundos, dona Lindaura.

A SRA. LINDAURA DA SILVA MACIEL - Agradeço a oportunidade e parabéns para todos os que estão aqui hoje. Aqui nós vivemos uns em função dos outros e nós estamos só passando um tempo. Não adianta ter ganância e estar bom só para nós enquanto os outros são prejudicados. Porque aqui um precisa do outro, independentemente de ter ou não cargo.

Eu sempre fui voluntária, fui presidente do bairro por 15 anos e nunca peguei nenhuma caneta para fazer um rascunho; de quatro em quatro anos, renovava o documento, tinha aula de costura, aula de alfabetização de adultos e entregava leite para as famílias carentes.

Agradeço a oportunidade e parabéns para todos.

O SR. PRESIDENTE (Silvão Leite - UNIÃO) - Obrigado, Dona Lindaura.

A SRA. LINDAURA DA SILVA MACIEL - Eu só agradeço a Deus pela oportunidade. Parabéns para todos. Tudo de bom. (Palmas)

O SR. PRESIDENTE (Silvão Leite - UNIÃO) - Obrigado, Dona Lindaura. Agora é o Sr. Francisco Edivaldo Oliveira, e o próximo é o Sr. Calison Silva Bispo, que pode se colocar ao lado do palco. Lembro que as pessoas que porventura não conseguiram se manifestar, podem participar pela internet, no site específico da Câmara na Rua: www.saopaulo.sp.leg.br/camaranarua .

Por gentileza, Sr. Francisco.

O SR. FRANCISCO EDIVALDO OLIVEIRA - Bom dia a todos. Eu queria agradecer por este ato, da Câmara na Rua, de estar escutando a gente. Faço parte da Associação do Vilela. Queria agradecer à família Leite, ao Sr. Silvão Leite, que está nos ajudando muito lá.

Mas o que eu queria trazer aqui é mais ou menos o que a senhora trouxe das UBSs. Eu trabalho como transportador escolar e vejo um descaso na UBS do Recanto, que eu creio que todos passam por ali. Passo às 6h30 da manhã e tem uma fila enorme, com sol, chuva e eles lá esperando exame. Muitos têm que estar em jejum, mas chega meio-dia e vemos a comunidade falar que não foi atendida ainda. Tem uma demanda grande que atende três bairros: Vilela, Recanto e Almeida. Entendo também que está supercarregado, não consegue atender. A gente pede que vocês possam ver isso e expandir mais UBSs por aí, ver mais essa área da saúde. Já houve casos lá de pessoas passarem mal, de chegar com um problema e, automaticamente, sair com um quadro mais defasado e até no limite da saúde estar mais prejudicada.

Então essa é a minha reivindicação, como muitas por aí, mas, na área da UBS, a gente queria que vocês olhassem mais, não só o nosso bairro, porque eu creio que isso está mais defasado em todas as áreas.

Então, a área de Parelheiros, como todos falam, por ser o fundão, vamos olhar com mais carinho, dar uma atenção maior. E todos aqui precisam de uma saúde adequada e de um olhar com mais carinho para essa área.

E eu agradeço a oportunidade. Obrigado. (Palmas)

O SR. PRESIDENTE (Silvão Leite - UNIÃO) - Obrigado, Francisco.

O próximo é o Sr. Beto Ramos. Pode se colocar ao lado do palco, por gentileza. Agora, ouviremos o Sr. Calison Silva Bispo.

O SR. CALISON SILVA BISPO - Boa tarde, Parelheiros; boa tarde a todos. Meu nome é Calison, sou do bairro Papai Noel e, antes de qualquer coisa, eu gostaria de agradecer a oportunidade, como o meu colega falou, democrática.

Aqui, em Parelheiros, a gente sofria muito com a questão da saúde, mas graças a Deus a gente conseguiu a UPA Parelheiros. Isso trouxe um grande benefício à nossa região. Só que a gente não pode esquecer das UBSs. As UBSs nossas estão um pouco jogadas. A gente precisa fazer com que essas UBSs sejam mais frequentadas e tenha soluções, como farmácias também, porque a gente está precisando muito disso.

As nossas reivindicações no nosso bairro já se fazem conhecidas em muitas reuniões. As nossas ruas são barro puro e a Sabesp infelizmente não contribui com absolutamente nada, por mais que o Milton Leite e o Silvão vão lá e tentem fazer alguma ação benéfica à nossa população; mas a gente ainda sofre bastante com fezes passando na porta da casa da gente. E a Sabesp, que é uma empresa privada, que é para poder informar o povo de como fazer o correto, simplesmente vai lá, faz a ligação da água e deixa a nossa água ir para o rio e contaminar o solo com fossas. Então, assim, a nossa reivindicação maior é a canalização do esgoto.

A gente não tem ainda a regularização da pavimentação asfáltica, a regularização do CEP, a iluminação pública é caótica, mas é uma coisa de cada vez. O que a gente precisa é de projetos pensados, não coisas jogadas ao léu, que vai lá no dia de chuva faz e não resolve. A gente quer coisas que de fato vão trazer benefício à nossa sociedade.

Parelheiros é conhecido como um lugar turístico. Então, por que não explorar, por que não trazer povos de fora para poder investir? É isso que a gente quer. Não queremos partido, queremos melhoria. Somos do partido da melhoria, e é isso que o meu bairro quer. Queremos é falar junto, estar junto. A maioria do meu bairro não está aqui hoje, sabe por quê? Porque está preocupado, muitas vezes, na casinha que conseguiu, no reboco, em poder fazer bico para poder construir a sua casa. Não abriu ainda a janela, não a janela da casa, a janela da mente, para poder ver que pode muito mais; lá fora tem muita coisa para ser feita, só que infelizmente não está sendo feito porque eles estão se ocupando com outras coisas, não estão aqui cobrando ou agradecendo.

O SR. PRESIDENTE (Silvão Leite - UNIÃO) - Faltam 30 segundos, por gentileza, Calison.

O SR. CALISON SILVA BISPO - Muito obrigado pelo privilégio de estar aqui e os ofícios vão ser entregues a vocês, para que possam ver com carinho. (Palmas)

O SR. PRESIDENTE (Silvão Leite - UNIÃO) - Obrigado, Calison. Agora, ouviremos o Sr. Beto Ramos. O Sr. Jailson Gonçalves Dantas já pode se colocar aqui ao lado do palco, por gentileza.

O SR. BETO RAMOS - Bom dia a todos e a todas. Para quem não me conhece, sou o Beto Ramos. Tem a minha página lá na internet, sou o mais odiado de Parelheiros, mas graças a Deus, lembrado. Estamos juntos, gente.

O que acontece? Uma coisa que vim falar aqui é sobre desapropriações ilegais na região. Têm lugares que estão com processo na justiça, que não pode ser mexido pelo Verde, pela SEHAB ou até pela Subprefeitura de Parelheiros. Infelizmente, eles estão indo nesses lugares, dando notificação, aterrorizando as famílias, essa é a palavra “aterrorizando”, porque essas famílias são intimadas, em 15 dias tem que sair de sua casa com tudo que está dentro. Se não sair, infelizmente, o trator destrói tudo, não deixa tirar nada. Eu tenho vídeo, tem processo lá na Defensoria a respeito disso. Há vários imóveis que foram destruídos com tudo, com tudo, com bicho, cachorro. Há vídeo de animal sendo morto pelo Verde, gente, e deveria proteger. Desculpem-me, mas a gente fica até meio sem jeito de falar, porque é constrangedor para você, que é da comunidade, ver sua família perdendo a única coisa que tem, que é a sua moradia.

Agora mesmo, no Vargem Grande, uma mulher mandou uma foto para mim: tem uma casa interditada, por que interditar essa família? Deixaram 3 crianças para fora, a mãe trabalhando, e aí onde está a Assistência Social? O Conselho Tutelar? Os órgãos que estão aí para proteger essa família? A Subprefeitura, quando vai fazer essa ação, tem que acionar o Conselho Tutelar, a Assistente Social, para dar amparo para essas famílias, e não aterrorizar com gás, bomba. Eu respeito a GCM, mas infelizmente o Prefeito de São Paulo está usando a GCM para oprimir a população, os moradores estão com tanto medo, medo da GCM.

- Manifestação dos presentes.

O SR. BETO RAMOS - Eu acho ridículo isso, e é ridículo porque o GCM é uma pessoa comum, igual a nós, trabalha para nos proteger, mas infelizmente não estamos mais vendo isso.

E para aproveitar os meus 44 segundos, há também outra coisa: ônibus gratuito para mãe levar o seu filho para a creche. O Prefeito está tirando a sua obrigação de colocar o ônibus, a perua para levar as crianças. Gente, vamos acordar. O Prefeito não está dando nada de graça para nós, está roubando, está roubando nossos direitos dando migalhas. Isso é migalha, eu não aceito receber migalha porque eu pago o meu imposto para estar aqui igual a vocês. Então, vamos à luta, gente.

Muito obrigado. (Palmas)

O SR. PRESIDENTE (Silvão Leite - UNIÃO) - Obrigado, Sr. Beto Ramos.

Agora vou abrir a palavra à Vereadora Luana Alves, que tem um compromisso. Por gentileza, Vereadora.

A SRA. LUANA ALVES (PSOL) - Bom dia, Parelheiros. Uma felicidade estar aqui. Rapidamente, Vereador Silvão, eu queria falar algumas coisas. Primeiro, parabenizar a iniciativa, porque é nosso dever, como Vereadores, irmos aos bairros escutar. E só nesta rodada de falas já ficou mostrado o tamanho da situação que temos no fundão da zona Sul. Como foi dito pelo Jailson, aqui há muita área verde, ambiental, mas também falta muito acesso ao direito ao transporte, à saúde, à regularização fundiária, que eu acho o mais importante para a região, porque, enquanto não houver regularização, não vai ter Sabesp, não vai ter água, não vai ter luz, não vai ter pavimentação. Eu sei que é uma das grandes necessidades daqui.

Também queria dizer que, além da regularização, podemos avançar em ter formas, modelos para juntar habitação e meio ambiente. Há muitas áreas que, de fato, têm restrição ambiental, por estar próxima das represas, mas a população também tem de conseguir morar. Existem formas de equilibrarmos habitação e meio ambiente.

Eu queria dar um recado muito rápido, porque vocês estão lendo aqui na minha camiseta: Por uma Universidade Pública na região do Grajaú, Parelheiros, Cidade Dutra. Gente, é uma necessidade. Há algum tempo, a população tem se organizado com abaixo-assinado para mandar para o Governo Federal, Estadual e para o Município para conseguirmos um terreno, uma área. Existe um sonho antigo de que seria o Santa Paula Iate Clube, mas, infelizmente, não vai ser possível, e queremos com o máximo de velocidade, ter um terreno. Eu peço, de verdade, que todo mundo assine, que ninguém saia daqui sem assinar o abaixo-assinado. O pessoal do abaixo-assinado, se puder levantar, está passando entre todos vocês. Eu peço que todos ajudem, somem. A Unifesp, o Instituto Federal já deu o aceite, a região está na lista para ter o Instituto Federal, assim como já abriu em Itaquera, no Jardim Ângela, no Grajaú. Vocês estão na lista, mas nós queremos que seja acelerado, e, quanto mais apoio tiver, mais rápido vai ser, vamos ter uma universidade pública aqui nesta região. (Palmas)

O SR. PRESIDENTE (Silvão Leite - UNIÃO) - Obrigado, Vereadora Luana Alves.

A próxima oradora é a Sra. Sandra Ribeiro da Silva Silvano, do bairro Barragem. Depois, peço que já se posicione, Sr. André Luis Rodrigues dos Santos.

A SRA. SANDRA RIBEIRO DA SILVA SILVANO - Boa tarde, Parelheiros; boa tarde, senhores da Mesa. Eu sou a Sandra, eu sou do Barragem. Hoje, eu venho aqui requisitar a pavimentação asfáltica ecológica para minha região, porque em breve lá será inaugurada uma escola, essa escola é modelo, é top mesmo. E os ônibus não estão conseguindo passar nas ruas, há muito buracos, as vans estão sendo impedidas de passar. É isso que venho solicitar.

Estou solicitando também um ônibus circular para o Barragem, para todo Barragem. Também a reforma e manutenção das pontes, que foram feitas; nós as estamos perdendo porque não está havendo manutenção.

É isso que eu quero.

O SR. PRESIDENTE (Silvão Leite - UNIÃO) - Obrigado, Sandra. Peço que o Sr. Jailson Gonçalves já se posicione ao lado do palco; e o próximo é o Sr. Marivaldo Lopes.

Tem a palavra o Sr. André Luis Rodrigues dos Santos.

O SR. ANDRÉ LUIS RODRIGUES DOS SANTOS - Boa tarde a todos. Meu nome é André, eu sou conselheiro na UBS Barragem. Eu venho aqui, primeiro, agradecer a presença de todos os nossos queridos Vereadores, mas sobretudo trazer visão para a população que mora nos bairros Barragem, Cidade de Luz, Santo Antônio e Vera Cruz. A nossa região é mais do que esquecida. O descaso mora lá, estão entendendo? A dificuldade mora naquela região.

Da nossa UBS temos “n” motivos para reclamar, mas, sobretudo, eu falo do horário dos médicos. Eu sou conselheiro, eu tenho propriedade para falar sobre isso: os médicos, o corpo de atendimento, vai às 3 horas da tarde; o paciente não tem condições de atendimento, não tem sala adequada, é telhado vazando, fossa vazando na rua, milhares de motivos.

Eu ouço aqui muitas pessoas reclamando do transporte, reclamando do asfalto com buraco. No meu bairro, na minha região, não tem ônibus para acolher as pessoas. Os ônibus não passam no Paulista; os ônibus não passam no Cidade de Luz; os ônibus não passam no Santo Antônio. O idoso precisa andar mais de 4 km para alcançar uma linha de ônibus, que vai até o Barragem, e não é somente até o Barragem, são tantos outros bairros anexados. Então, é a pauta de transporte, é a falta de iluminação, de pavimentação. Eu queria poder reclamar desses tipos de serviço que não são prestados.

A nossa colega falou sobre a escola que vai ser inaugurada. Nós ficamos 12 anos esperando uma escola no nosso bairro, temos uma só, uma escola só, onde os alunos bebem água com larva, água com larva, está entendendo? A caixa é antiga, é uma escola antiga, e os alunos bebem, quando não é com larva, é água quente do sol. Não tem um bebedouro desses como tem aqui no CEU, os alunos do Joaquim Alvares Cruz não têm um bebedouro desses.

O SR. PRESIDENTE (Silvão Leite - UNIÃO) - Por gentileza, 30 segundos, André.

O SR. ANDRÉ LUIS RODRIGUES DOS SANTOS - Então, eu agradeço a participação. Deixo aqui a minha indignação: a rua da UBS não tem pavimentação; não tem esgoto; a água. Vocês reclamam do esgoto, mas nós não temos absolutamente nada, absolutamente nada.

Eu peço a atenção de vocês, porque o descaso mora naquela região. Peço o apoio, a atenção, porque são muitas pessoas do meu bairro que estão aqui.

O SR. PRESIDENTE (Silvão Leite - UNIÃO) - Obrigado, André. Tem a palavra o Sr. Jailson Gonçalves. (Pausa) Então, tem a palavra o Sr. Marivaldo Lopes. E peço que Daniele Monteiro já se posicione.

Sr. Marivaldo, tem a palavra.

O SR. MARIVALDO LOPES - Boa tarde. Eu sou Marivaldo, morador da região desde os anos 1990. A demanda que eu vou compartilhar é referente à mobilidade para quem é pedestre, que somos todos nós, independentemente se a gente, por exemplo, está dentro do carro, porque a gente também sai do carro. Então, em todo momento, todos são pedestres. Há vias que foram asfaltadas e não têm a calçada. Não há um espaço específico para pedestres ou para ciclistas. Asfaltar as vias para os veículos incentiva a acelerar o carro. Nas vias que foram asfaltadas, não há lombadas e isso aumenta ainda mais o risco de acidentes na região.

Quero falar sobre outra demanda importante para os Vereadores apressarem e otimizarem o processo. Depois da Vila Rocha, há uma obra que precisa terminar, porque, senão, vai ocorrer uma tragédia ali. Então, é urgente isso.

Outra questão é a ciclovia do Marsilac. Há um trecho para o qual já está disponível o espaço. Falta a execução da Prefeitura. Existe o projeto da Ciclovia da Encruzilhada, que vai para Cipó, Embu-Guaçu e Marsilac. Dá para fazer o projeto da ciclovia, tranquilamente, até o Embu, de maneira sustentável. Na Estrada do Marsilac, um trecho com desmoronamento acaba prejudicando o ciclista, porque está quebrado bem na parte da ciclovia. O ciclista tem de se dirigir para a avenida, no meio dos carros, para poder desviar do local que está interditado.

Outra demanda: o projeto do Parque Ribeirão Caulim é uma proposta, uma sugestão. Também já falei com alguns Vereadores na Câmara. Além do parque, que se faça uma ciclovia junto ao Parque do Ribeirão Caulim. Essa ciclovia vai promover a mobilidade para os ciclistas e vai se conectar com a Ciclovia Teotônio Vilela, que também está na obra daquela duplicação. Então, por meio do projeto do Ribeirão Caulim, dá para você interligar a ciclovia. Por exemplo, o trecho que vai pegar a Ciclovia Ribeirão Caulim seria um trecho em que você vai sair de uma parte onde há curvas fechadas, onde os carros aceleram e ocorrem muitos acidentes.

Então, essa é a questão, gente. É a minha opinião, com as perspectivas para nós, para melhorias.

O SR. PRESIDENTE (Silvão Leite - UNIÃO) - Muito obrigado, Sr. Marivaldo. Agora terá a palavra a Sra. Daniele Monteiro. A próxima será a Sra. Alice Araújo. Peço que já se posicione ao lado do palco, por favor.

Sra. Daniele, a palavra é sua.

A SRA. DANIELE MONTEIRO - Boa tarde, pessoal. Meu nome é Daniele Monteiro. Venho aqui, primeiramente, para agradecer pelo Câmara na Rua, pela oportunidade que traz para nós, de Parelheiros, de poder falar o que a gente pensa, o que a gente acha, do que a gente precisa.

A principal pauta nossa é o esgoto, o saneamento básico. É sobre os nossos córregos, sobre os nossos rios. Está tudo junto, contaminado. A gente acaba sendo prejudicada com isso.

As pavimentações no bairro vêm sendo continuamente feitas, mas o principal é a saúde. A gente não tem uma clínica de hemodiálise. Não há Hospital Dia na nossa região. Há muitas pessoas de idade que saem do nosso bairro para ir ao outro lado do mundo fazer um exame, sendo que a gente está com UPA que foi desativada, atrás da UBS, temos espaço, mas não está tendo como ser feito isso. Então, é uma das pautas que gostaríamos de pedir, além das creches, das quais eu acho que muitas pessoas estão se esquecendo de falar.

Há bairros muitos distantes que ainda precisam ser revitalizados. Precisam ser mapeados em Parelheiros. Nem transporte público existe na principal parte de Parelheiros. O transporte público e a saúde são o que a gente vem pedindo para todos.

Obrigada.

O SR. PRESIDENTE (Silvão Leite - UNIÃO) - Obrigado, Sra. Daniele. Agora, é a Sra. Alice Araújo. Peço que se posicionem ao lado do palco as Sras. Ana Paula Feitosa Rafael e Silvia Oliveira Caldas.

A SRA. ALICE ARAÚJO - Boa tarde, gente. É uma satisfação estar aqui. Gostaria de começar falando que estamos no Centro Educacional Unificado e é uma satisfação ter tanto Vereador aqui para já começar olhando para as luzes do nosso centro. Está havendo um evento público, cheio de Vereador, e a nossa educação está assim, capenga. As luzes estão piscando em um evento público, cheio de autoridades, e é isso.

A gente precisa de concurso público aberto. As pessoas que fizeram concurso precisam ser chamadas. Os professores precisam ser reconhecidos pelo futuro que eles dão para as nossas crianças. Então, eu faço um pedido para quem votou contra o pouco reajuste. Que reajuste é esse? Desde o ano passado, é de 2,6%, 40 reais de reajuste. É vergonhoso, ainda mais para quem dá tanto e se dedica tanto aos nossos filhos. É vergonhoso.

Assim, esse Prefeito falou que não ia aumentar a passagem de ônibus. Aumentou. As UBSs são projetadas por engenheiros e elas são inauguradas já com problemas estruturais. Convivemos com tanto problema deste lado da ponte que me falta tempo, com um minuto e meio.

Então, é satisfatório ver tanta gente da Esquerda aqui, mas quem está contra a gente não vem. Simplesmente, não vem. Onde está o Vereador Lucas Pavanato, que foi extremamente desrespeitoso com a Vereadora? Deveria ser cassado - e não é. Por quê? Porque o Vereador Rubinho Nunes resolveu engavetar. É desrespeitoso isso com a Vereadora e com a gente, que é população.

Eu acho terrível o que a gente é obrigada a passar com eles, que se dizem da Direita. Da Direita são as pessoas que se sentam à direita do rei. Gente, eu não posso ser à direita do rei. Não posso. Eu sou a favor da justiça social.

É isso. Muito obrigada.

O SR. PRESIDENTE (Silvão Leite - UNIÃO) - Obrigado, Sra. Alice. Agora, é a Sra. Ana Paula Feitosa Rafael. A Sra. Silvia Oliveira será a próxima. Por gentileza, Sr. Aurélio Lelo, posicione-se ao lado do palco.

A SRA. ANA PAULA FEITOSA RAFAEL - Bom dia a todos. Hoje, eu vou falar em nome das professoras. São mais de sete mil professoras que foram aprovadas em concurso. É o concurso de Professor de Educação Infantil. Estamos aguardando a prorrogação do concurso. Ele já está vencendo e pedimos, também, encarecidamente, por mais chamadas. A rede é muito grande. As crianças precisam de professores. Estamos aqui. Chamem a gente e a gente vai. Lutamos por uma educação de qualidade. Trabalho aqui, em cima, em um CEI. Sabemos da dificuldade e os professores, gente, somos nós. Nós estamos aqui, na base.

Nós somos, todos os dias, para essas crianças, não só professores. Muitas vezes, somos psicólogos. Fazemos também o papel de pai, pois, muitas vezes, educamos na ausência desses pais. Muitos prédios públicos são construídos com o nosso dinheiro e entregues às mãos da rede parceira. Queremos nossos cargos. Precisamos trabalhar e queremos dar o nosso melhor. Hoje, eu peço, encarecidamente: lutem por nós.

Outra coisa: não somos vagabundos. Somos professores. Lutamos por esta nação. Mais respeito, por favor. Somos professores. Somos nós que formamos todo esse povo. Queremos respeito. Exigimos respeito. No dia da votação, por favor, 2% são esmola. Não merecemos isso.

Obrigada.

O SR. PRESIDENTE (Silvão Leite - UNIÃO) - Obrigado, Sra. Ana Paula. Agora eu vou chamar a Sra. Silvia Oliveira. Sr. Rivaildo de Souza, já se posicione ao lado do palco, por favor.

Sra. Silvia, a palavra está com a senhora.

A SRA. SILVIA OLIVEIRA CALDAS DINIZ - Boa tarde. Meu nome é Sílvia, eu sou professora da rede pública. Venho, encarecidamente, pedir a vocês, Vereadores, que tenham um pouco mais de sensibilidade, olhem para nós que estamos à frente da educação. Estamos esquecidos, humilhados, desrespeitados. Temos passado uma série de situações vexatórias em relação a vocês que estão no plenário votando contra nós. É uma situação de muito desrespeito. Percebo que, quando precisam de nós, na hora do voto, estão todos do nosso lado, mas, a partir do momento em que recebem o voto, esquecem da nossa existência. Esquecem das nossas crianças. Estamos abandonados em todos os sentidos.

Falando em relação a transporte público. O nosso transporte é um dos piores. Eu sou moradora de Vargem Grande, e nós ainda temos duas linhas de ônibus. No entanto, se precisamos ir além de Santo Amaro, temos que ir ao Terminal Parelheiros, pois temos somente duas linhas de ônibus. Uma que vai até Vila Mariana e outra até o Terminal Santo Amaro. Isso é indigno com nós trabalhadores.

Em relação à UBS: A população do Vargem Grande é supergrande, há apenas uma única UBS, que não atende a toda a população. Temos caso, inclusive, de omissão de socorro na UBS, onde uma pessoa faleceu por falta de atendimento médico. É muito indigno e injusto o que nós estamos passando. Uma população tão grande e tão esquecida. Estamos no extremo sul da zona Sul e de fato somos esquecidos pelos vereadores, inclusive pela Subprefeitura. Essa é a minha fala.

O SR. PRESIDENTE (Silvão Leite - UNIÃO) - Obrigado, Sra. Silvia. Tem a palavra o Sr. Aurélio (Lelo)

O SR. AURÉLIO (LELO) - Boa tarde a todos. Meu nome é Aurélio e meu apelido é Lelo. Sou conhecido como Lelo. Sou morador de Vargem Grande há 30 anos. Vargem Grande, hoje, tem aproximadamente 27 mil habitantes.

Venho agradecer à família Leite, ao nosso Prefeito Ricardo Nunes pelo que fez pelo nosso Vargem Grande. Quem conhece a região de Vargem Grande sabe, e eu, que moro aqui há 30 anos, sei muito bem o que estou falando. Falo com maestria e propriedade.

Vargem Grande era um bairro que não tinha nem condições de ser habitado. No decorrer do tempo, várias pessoas, vários parlamentares vieram com promessas, promessas e mais promessas, mas em seguida iam embora e não voltavam mais. Eu falo como morador de Vargem Grande, pelo que eu vivo, o que eu vivi e o que eu vejo hoje.

Muito obrigado à família Leite por ter feito o que fez em Vargem Grande e pelo que está fazendo na região de Parelheiros. Nós temos uma malha asfáltica que nunca foi vista e nunca ninguém imaginou que poderia existir. Quem fez? Prefeito Ricardo Nunes, Silvão Leite, Milton Leite e o nosso Subprefeito. Temos que ter ciência do que aconteceu na nossa região. Temos que aplaudir quem fez. Quem fez merece aplauso e quem não fez, não fez. Nós temos que ver quem fez e quem não fez. Quem fez se chama família Milton Leite, Prefeito Ricardo Nunes e o nosso Subprefeito Marco Furchi, que tanto trabalha por nós.

Se nós todos deixássemos de ter “a” “b” e “c” e nos uníssemos para o melhor do nosso bairro, o nosso espaço seria bem melhor do que está sendo hoje. Hoje, podemos ver aí que há pessoas que moram no mesmo bairro, que pisam na pavimentação, porque foi feita pela família Leite, Prefeito Ricardo e pelo Marco. Está ruim. Obrigado.

O SR. PRESIDENTE (Silvão Leite - UNIÃO) - Obrigado, Lelo. Sr. Rivaildo de Souza. (Pausa) Ausente; Sra. Lidiane Vieira Reimberg.

A SRA. LIDIANE VIEIRA REIMBERG - Boa tarde a todos. Eu sou Lidiane, uma das lideranças comunitárias do bairro Vila Marcelo. Primeiramente, venho agradecer ao Vereador Silvão Leite, porque ele tirou as minhas crianças da lama, pois há tempos estamos lutando por uma pavimentação e não conseguíamos.

Mais uma coisa, eu venho pedir socorro aos Vereadores para o bairro da Vila Marcelo...

- Manifestação do público.

O SR. PRESIDENTE (Silvão Leite - UNIÃO) - Por gentileza, vamos respeitar o orador, pessoal. Na Câmara, funciona assim: quando o orador está com a palavra, todo mundo respeita. Por favor. Continue, Lidiane.

A SRA. LIDIANE VIEIRA REIMBERG - O bairro da Vila Marcelo hoje sofre com a saúde. A saúde está precária. A nossa UBS não comporta mais o bairro, porque o bairro cresceu.

Além disso, a gente vem sofrendo também com o transporte. Temos que andar quase 1 km para chegar na linha de ônibus. O transporte também é interessante porque nós, mulheres, sabemos da nossa luta para sair de casa. Corremos o risco de assédio, roubos. Então, eu acho que é bem válido melhorar, porque é quase 1 km para chegar na linha de ônibus.

Temos também a questão da saúde. A nossa UBS está com uma fila de espera de meses. Eu tenho um filho especial, e a consulta dele só vem em junho. Os médicos não ficam também por conta dessa questão de locomoção.

Questão do esgoto. Não temos acesso a saneamento. Seria interessante o saneamento porque, há mais ou menos um mês, eu quase perdi meu filho por uma infecção por conta da água. A água vem com lodo, com cheiro, com gosto. Acredito que tem que ter, sim, uma atenção na qualidade da água da Sabesp. Era isso, obrigado.

O SR. PRESIDENTE (Silvão Leite - UNIÃO) - Obrigado, Lidiane. Sr. Robson Bonifácio.

Vou pedir a gentileza, senhora. Se a senhora puder colaborar. Está tão bonita a festa, todo mundo está tendo oportunidade de se manifestar, de colocar a sua demanda. Vamos respeitar. A senhora pode não concordar, mas respeite, por favor. Eu tenho para mim que uma oportunidade como esta aqui é única. (Palmas)

Obrigado. Com a palavra o Sr. Robson.

O SR. ROBSON BONIFÁCIO - Bom dia a todos. Bom dia a todos os participantes, às pessoas que gostam, às que não gostam. E ao respeito de ir e vir, à democracia poder falar. O direito à opinião é importante. E esse projeto é justamente para isso, para nos ouvir sobre aquilo que gostamos ou não gostamos. Eu acho que melhorou, estreitou. Temos que aproveitar e falar sobre as demandas. Tem que falar sobre o que falta e sobre aquilo que já tem. É importante.

Quero começar agradecendo a todos da Bancada. Obviamente, eu tenho um carinho especial pelo Silvão Leite. (Palmas)

Hoje, é mais do que um vereador, tornou-se meu amigo. Uma pessoa que vem trabalhando para caramba. Estou acompanhando. Posso atestar isso, posso provar, entendeu?

- Falha na gravação.

O SR. ROBSON BONIFÁCIO - A gente queria ter um CDC aqui. Até mesmo porque o próprio Silvão Leite tem aqui o Esporte Clube Terceiro Milênio. Ele mesmo sabe do que eu estou falando. É um baita projeto que acontece no Grajaú, que vem salvando e resgatando bastante criança. Parece bobagem, mas é uma coisa importante, porque, obviamente, hoje temos várias preocupações sobre o que está acontecendo, mas o amanhã pertence aos nossos filhos. Entendem? E, querendo ou não, eles estão aí, à míngua, sem projeto no bairro. E um projeto esportivo como esse daí ajuda muito. Por isso que o CDC aqui seria muito importante. Ajudaria a salvar.

Eu mesmo tenho um projeto no meu bairro por meio do qual, esses dias aí, tiramos duas crianças, uma de 12 e uma de 13, da boca do crime. Vendendo droga.

São coisas importantes, sim. Entendeu, gente? Então, sim, é importante investir no esporte. E o Silvão é um cara que vem fazendo isso daí. Eu gostei desse projeto dele. Tanto que estou pedindo aqui, humildemente, para que o Silvão faça para nós aqui e nos outros bairros, espalhe isso daí. Seria bom todos os projetos virem lincados ao esporte para ajudar. Seria ótimo.

Gente, muito obrigado. Uma boa tarde a todos. Que Deus abençoe a todos.

O SR. PRESIDENTE (Silvão Leite - UNIÃO ) - Obrigado, Sr. Robson. Agora é a Sra. Eloá. E vou pedir para Sra. Ana Maria Souza já se posicionar aqui ao lado.

A SRA. ELOÁ CARDOSO DE ARAÚJO - Boa tarde a todos. Primeiro, agradeço cada cidadão que saiu da sua casa hoje para exercer o seu papel de cidadão. Independentemente que seja o Nunes, o Leite, a Janaina, a Letícia, quem seja, vocês estão aqui para representar o povo. Ninguém aqui veio fazer pedidos. Nós viemos fazer solicitações, porque vocês representam o povo.

Eu sou moradora da região do Parque Florestal e hoje eu não tenho saneamento básico, eu não tenho asfalto, eu não tenho esgoto e eu não tenho CEP. Sim, o Silvão age em várias áreas por aqui, tem várias pastas, só que ele, como todos, tem que trabalhar. Então eu vim pedir pelo meu bairro, vim pedir por toda a comunidade e para vocês pensarem que Parelheiros precisa ter qualidade no quê? Parelheiros cresceu e não tem investimento. Parelheiros cresceu e se diminuiu a verba. Parelheiros cresceu e não tem qualidade nos serviços. Para a gente ter qualidade, a gente não pode ficar passando duas, três horas, quatro horas dentro de um ônibus, sem qualidade; na fila de uma UBS, sem qualidade. Nós precisamos de qualidade nos nossos serviços. É isso que a Subprefeitura tem que fazer, é isso que o mandato do Prefeito tem que fazer, e a Casa também tem que fazer.

Eu gostaria de lembrar a vocês também e à Casa: eu sou servidora pública municipal, eu trabalho numa escola e, infelizmente, eu encontro goteiras, violência dos alunos com inclusão; eu sou cuspida, mordida e violentada. Sabe por quê? Porque a inclusão não acontece de forma efetiva dentro das escolas e a gente precisa de valorização profissional. Somos nós que estamos na base, o professor, o agente da UBS, o cara do postinho, o cara que está lá abrindo cova e ganhando uma miséria. É uma vergonha os senhores darem um reajuste para a gente de 2%, enquanto o de vocês foi de 30%. Então, por gentileza, respeitem a categoria dos servidores públicos municipais que fazem a base desta cidade, a maior cidade da América Latina.

Então, Leite, Nunes, toda a Casa e todos aqui presentes, vamos trabalhar com qualidade para o povo, para o servidor, para quem pega o ônibus, para quem está na escola. Nós precisamos de valorização profissional.

Obrigada.

O SR. PRESIDENTE (Silvão Leite - UNIÃO ) - Muito obrigado, Sra. Eloá. Agora, com a palavra a Sra. Ana Maria Souza. Dona Ana Maria está aí? E, por favor, Sr. Renan Rodrigues, se posicione aqui ao lado do palco.

A SRA. ANA MARIA SOUZA - Boa tarde. Eu sou a Ana Maria Souza, professora do município, aposentada, mas estou indignada. Primeiro, eu quero colocar para os Vereadores que, se não querem que o professor, a categoria da educação, faça greve − para não sermos chamados de um adjetivo chulo que foi colocado para nós−, que retirem da Constituição o direito de fazermos greve em última instância. As negociações foram feitas com antecedência. Por que os Vereadores e o próprio Prefeito deixam os professores encaminharem a greve? E depois nós somos obrigados a repor todas as aulas, sacrificando de domingo a domingo, porque não queremos que os alunos fiquem mais defasados nas suas aprendizagens.

Portanto, os Vereadores que estão aqui, e aqueles que não estão aqui, revejam seus posicionamentos. Como a minha colega falou, tivemos reajuste de 2% enquanto o deles foi de 30%. E assim mesmo, escalonado uma parte para este ano e a outra parte para o ano que vem. A inflação é hoje, não é no ano que vem. E nós precisamos ser valorizados. É a educação que transforma a sociedade. Por isso, eu peço que os senhores que estão aqui revejam seus posicionamentos. Parem de nos chamar do adjetivo chulo que não quero repetir aqui. Quando nós vamos para a greve, para a manifestação, é para pressioná-los a atender as nossas reivindicações. Não reivindicamos o excesso, reivindicamos o mínimo.

Agora eu quero falar também da condução. Nós estamos com uma demanda pois somos obrigados a ficar no ponto do ônibus − porque eu ando de ônibus − 30, 40 minutos. A 6093 e a 6091 não estão nos atendendo com qualidade.

É esse o meu recado.

O SR. PRESIDENTE (Silvão Leite - UNIÃO ) - Muito obrigado, Dona Maria. Agora, Sr. Renan Rodrigues.

O SR. RENAN RODRIGUES - Boa tarde a todos vocês. Eu sou o Renan, sou morador aqui do bairro de São Norberto. E uma primeira coisa que eu quero pautar − eu vou pautar três, na verdade, que são moradia com saneamento básico e defesa do meio ambiente, transporte e educação - é uma coisa que é importante a gente pensar. No ano passado, quando teve aqueles períodos de queimada, São Paulo ficou com o ar mais poluído do planeta Terra. E qual era a proposta dos Vereadores para poder melhorar a qualidade do nosso ar?

Dito isso, quando a gente fala de moradia, muitas pessoas que moram aqui na região de Parelheiros, sobretudo no bairro onde eu moro, que é o Jardim São Norberto, Papai Noel, quando vão para as áreas mais afastadas não vão porque querem. As moradias não são em locais de manancial ou de forma irregular porque as pessoas querem. É porque elas não têm condições de morar nos bairros mais próximos dos serviços públicos.

E aí eu vou jogar para os Vereadores uma coisa que está acontecendo na cidade de São Paulo. A gente sabe que está tendo uma máfia das grandes construtoras que estão fazendo moradias de uso social, entre aspas, para depois virar Airbnb. Por que a Prefeitura não cobra dessas grandes construtoras para que essas moradias virem moradias populares e as pessoas possam morar próximo dos serviços públicos?

Dito isso, nós que já estamos morando aqui precisamos dos serviços públicos. Então, tem que trazer saneamento básico para a gente e transporte público. Eu me emociono falando isso, pois tinha dia que eu mandava mensagem para a minha mãe reclamando porque eu demorava mais tempo para chegar do Grajaú para minha casa do que para chegar do Grajaú para a Universidade de São Paulo. Isso porque não tem transporte público no bairro de São Norberto.

Então, eu peço para vocês que coloquem uma linha de ônibus do São Norberto até o Grajaú, para que possamos ter mais qualidade no transporte; e mude-se a lógica de financiamento do transporte público. Por quê? O financiamento é feito por pessoas que pegam o transporte. Isso faz com que as peruas fiquem superlotadas e a gente tenha um transporte de b**ta. Já que vocês querem dar dinheiro para essas empresas, pelo menos coloquem o transporte da seguinte forma: número de rotas que são feitas, de vezes que os ônibus saem. Dessa forma, o ônibus vai circular com muita velocidade... ( Falha na transmissão )

Falei de transporte, como eu havia dito, falei de moradia.

O SR. PRESIDENTE (Silvão Leite - UNIÃO) - Trinta segundos, Sr. Renan.

O SR. RENAN RODRIGUES - Só para eu concluir, os Vereadores, quando vão aumentar o salário deles, eles votam. Eu sou professor da rede pública com muito orgulho, defendo a escola pública, defendo a educação pública de qualidade e falo para vocês, Vereadores, como professor, em nome dos professores: não queremos um reajuste abaixo da inflação. Queremos isso. E se vocês servem a nós, atendam ao nosso pedido; e uma universidade pública na região do Grajaú. (Palmas)

O SR. PRESIDENTE (Silvão Leite - UNIÃO) - Obrigado, Sr. Renan. Parabéns. Agora ouviremos o Sr. José Severino de Araújo. Está aí o Sr. José Severino? (Pausa) Alessandro, qual que é o próximo? (Pausa) Ana Paula Costa, por gentileza, coloque-se ao lado do palco. Sr. José Severino, com a palavra.

O SR. JOSÉ SEVERINO DE ARAÚJO - Boa tarde a todos. Nós vimos aqui reclamar porque no Mambu não temos condução. Nós temos um posto de saúde excelente, nota dez, tanto da parte dos funcionários como de todo mundo; mas o transporte não temos. Eu vou lá, gasto três horas para ir e voltar a pé, porque não tem condução.

Nós pertencemos a São Paulo. Que São Paulo é essa onde ninguém faz nada? Vocês, Vereadores, não olham para nós. Há Vereadores que têm chácara lá, mas não fazem um nada, um nada. Nossas ruas são críticas, cheias de buraco. Eu não venho aqui puxar o saco de um Vereador, de um presente. Por que não fizeram nada por nós? Você faz de um lado, não faz de outro. E nós? Nós ficamos onde?

Parabéns, Vereadoras, vocês que aqui prestando atenção ao que estamos falando, enquanto outros estão no celular, nem ligando para o que nós estamos falando. (Palmas)

Tiro o chapéu, porque vocês merecem. Mulheres, vocês são de garra, vocês merecem estar no poder. Parabéns, continuem assim; homens, aprendam com elas. Vocês ensinem a eles a trabalharem, porque vocês estão de parabéns. Parabéns, parabéns a vocês mulheres, parabéns. E vocês, homens, aprendam com elas. Elas são exemplos de vida para toda a população. Uma salva de palmas para essas mulheres, essas nossas guerreiras.

Obrigado pela atenção, desculpem pelo meu nervosismo. Eu peguei o número 59, o ano do meu aniversário. Parabéns para todos vocês. Obrigado. Não vou puxar o saco de ninguém, só agradecer. Muito obrigado.

O SR. PRESIDENTE (Silvão Leite - UNIÃO) - Obrigado. Só lembrando às mulheres que o nosso Presidente Ricardo Teixeira propôs o projeto pelo qual em pelo menos um, dos quatro anos da legislatura, seja presidido por uma Vereadora mulher. (Palmas)

A SRA. LUNA ZARATTINI (PT) - Temos que pedir uma salva de palma a todas as mulheres que estão participando deste evento.

O SR. PRESIDENTE (Silvão Leite - UNIÃO) - Uma salva de palmas a todas as mulheres. (Palmas)

A SRA. LUNA ZARATTINI (PT) - Porque a mulherada veio firme, veio aguerrida.

O SR. PRESIDENTE (Silvão Leite - UNIÃO) - Aliás, vocês vão dominar o mundo logo, logo, viu? Tem a palavra a Sra. Ana Paula Costa.

A SRA. ANA PAULA COSTA - Boa tarde a todos. Aproveitando que foi falado de mulher, falta mulher nessa bancada, e a gente luta por isso. Eu sou uma cidadã comum, uma eleitora, uma mulher que é mãe, filha, esposa, tia. Eu não nasci em Parelheiros, mas vim para cá com cinco anos de idade, então eu estou aqui desde 1987. Hoje eu tenho 43 anos, cheguei com cinco anos e cresci nesta região. Jardim São Roberto foi aonde eu cheguei. Estudei no Sinisgalli, andei muito a pé pelo caminho do São Roberto até a escola. Naquela época, não tinha ajuda com ônibus, transporte. Muitas vezes, eu dou risada com meus irmãos, e a gente relembra aquela época, mas hoje a gente tem muito recurso.

Como cidadã, eleitora comum, eu venho falar sobre a consciência. Eu sei que muitos que aqui estão - e eu dou os parabéns para aqueles que saíram de casa e reuniram os seus grupos - vieram com uma ideia, com propósito; mas a gente sabe que tudo começa no eleitor. Eu vim para entender o que é o Câmara na Rua. Eu vi o anúncio, depois procurei saber o que era, porque eu me tornei uma eleitora consciente.

Eu poderia ter vergonha de falar: “Poxa, 43 anos”, mas desde 2016 eu conheci um político de que eu gostei, eu me sintonizei com a proposta que ele tinha, eu vi uma verdade nele. Então, a gente precisa, como cidadão, primeiro sair daqui consciente, lembrar o vizinho, o irmão, o pai, quem está no bairro, o vizinho próximo. Muitos estão pedindo melhoria na rua, estão pedindo melhoria pelo bairro, e o bairro não está presente.

A gente sabe que Parelheiros é grande, não à toa a Câmara começou pelos extremos, começou na zona Leste, onde, por curiosidade, fui assistir ao evento. A zona Leste é uma zona eleitoral gigante. A minha zona é aqui na zona Sul, a 381, e eu, por mais que haja problemas, amo este lugar, amo Parelheiros, amo as pessoas. Então, eu não gostaria de estar aqui falando sobre uma necessidade básica, mas infelizmente foi citado e é necessário. Como é que a gente vai pensar em qualquer outro recurso se o básico não for atendido?

A Administração nos ensina isso. A gente tem a pirâmide de Maslow, que ensina que se você não tem comida, não tem moradia, não tem água, não tem esgoto, não vai pensar numa capacitação. A minha vontade é de um dia estar aqui e falar sobre desenvolvimento econômico, falar sobre renda, distribuição, falar sobre empresas, empreendedores. Mas nós estamos aqui falando do básico. Então, que nós, como comunidade, saiamos daqui conscientes e falando, quando chegarmos ao bairro ou à nossa comunidade, ao colégio, à igreja, ao grupo, na ginástica, o que muitos Vereadores aqui proporcionam, e digamos: “Olha, você deveria estar lá”.

Muitos dos políticos que aqui estão, que são os nossos representantes, quando chegamos até eles para reclamar, eles são omissos. Então, vamos trazer essa consciência. E que os que aqui estão nos tragam respostas, porque as pessoas estão aqui trazendo propostas. Que sejam dadas respostas para todos nós. Obrigada. (Palmas)

O SR. PRESIDENTE (Silvão Leite - UNIÃO) - Obrigado, Ana Paula. O Sr. José Vitor Norberto é o próximo. Tem a palavra.

O SR. JOSÉ VITOR NORBERTO PEREIRA - Boa tarde à Mesa e a todos. Eu queria saber de todos os Vereadores que estão presentes nesta tarde sobre a desapropriação. É desumano o que o Prefeito está fazendo com os moradores de São Paulo. Lá no Fundão do Xique-Xique tiraram casa, estão tirando o morador como se fosse bandido. Eu respeito o serviço da Polícia Militar, mas ela chega para tirar os moradores de fuzil. Isso é desumano. Chegam sem avisar e derrubam.

Vocês têm que avisar com antecedência. Vocês têm que ir lá, tem que respeitar o morador, a pessoa trabalha cada dia para construir, tijolo está caro para o trator chegar do nada e passar por cima, destruindo um sonho. Eu não entendo o Prefeito Ricardo Nunes, porque ele tirou um monte de casas do Jardim Gaivotas para construir uma UBS em cima. Ele disse que era área de risco, mas construiu um prédio público em cima. Não justifica. Saúde não se faz só com o prédio, mas com médicos, enfermeiros. Não adianta ter muito prédio e não ter médico. A gente quer médico, a gente quer saúde, a gente quer transporte público. E viva a democracia, sem anistia para golpista. (Palmas)

O SR. PRESIDENTE (Silvão Leite - UNIÃO) - Muito obrigado. Agora, Sr. Roberto Carlos. (Pausa) Depois do Roberto Carlos, vamos abrir uma exceção para o nosso amigo Erivan Nascimento dos Santos.

O SR. ROBERTO CARLOS DO NASCIMENTO - Boa tarde, Parelheiros. Primeiramente, quero agradecer ao Presidente Ricardo Teixeira e a todos os Vereadores e Vereadoras por esta iniciativa incrível, porque a gente já estava alugando ônibus para ir até a Câmara. Não vamos precisar mais, vamos economizar esse dinheiro.

Sou Presidente do Conselho Gestor do Polo de Ecoturismo e trago a proposta de geração de emprego, geração de renda, preservação ambiental e novos negócios na área da agricultura, do agronegócio, da agrofloresta e da agroecologia, Silvão. É isso o que a gente traz como proposta.

Estamos aqui com esses ofícios, que vamos entregar para a Mesa, para o Presidente Silvão Leite, e peço atenção, principalmente dos Vereadores da região, Marcelo Messias, Silvão, Jair Tatto, o Dheison - que estava aqui há pouco - e para os novos Vereadores que chegaram à Casa. Esses são projetos importantíssimos, Marcelo Messias, alguns assinados por você e de sua autoria, e pedimos urgência na aprovação, Presidente Ricardo Teixeira. É isso que vai trazer renda, vai trazer emprego, vai manter as nossas águas limpas e a floresta em pé.

Então, temos o PL 301/2023, que cria a área de proteção ambiental em Embura-Jaceguava. Onde não tem a unidade de conservação, é a porta aberta para os invasores, os ladrões de terra. É só apertarmos o dedo, já está tudo aprovado nas Comissões.

Outro PL importantíssimo para o qual quero chamar a atenção dos nobres Vereadores - não estamos aqui pedindo um centavo do orçamento desta cidade para tudo isso que estou apresentando, não queremos um centavo - é o PL 627/2013, que cria um Fundo Especial para o Polo de Ecoturismo de Parelheiros e as áreas de proteção ambiental. Vamos trazer dinheiro de fora e vamos ter doação que nem trouxemos da Prefeitura de Nova York, da qual tivemos aqui 5 milhões de dólares, que fizeram o milagre da multiplicação da agricultura.

PL 330/2021. Chega de transformar em esgoto a Represa Guarapiranga e Billings. Vamos transformar em um polo de ecoturismo.

A proposta revolucionária: trazer o trem de volta, Janaina, trem turístico de Parelheiros, trazer de volta cheio de turistas, cheios de dinheiro aqui.

E, para finalizar, recebemos demanda de pavimentação ecológica e manutenção nas estradas. Isso já estamos negociando com o nosso Subprefeito.

Um grande abraço. Viva Parelheiros! Viva a Câmara Municipal de São Paulo!

O SR. PRESIDENTE ( Silvão Leite - UNIÃO ) - Muito obrigado, seu Roberto Carlos.

Agora abrimos a exceção para o nosso querido Erivan Nascimento Santos fazer uso da palavra.

E, ao encerrarmos as falas, vou abrir a palavra para que todos os nobres Vereadores brevemente deem um recado para vocês e mandem um grande abraço.

Sr. Erivan, está com a palavra.

O SR. ERIVAN NASCIMENTO SANTOS - Boa tarde a todos. Obrigado pela palavra.

Sou morador de Parelheiros somente há 2 anos, 2 meses e 22 dias, mas sinto as dificuldades que temos por aqui. Na rua onde moro tem saneamento básico, mas a Sabesp não instala na minha residência.

Para chegar até o CEU Parelheiros, desço um ladeirão de 70 metros, depois tenho que atravessar um farol. É difícil. Quase fui atropelado ontem, e quase fui atropelado ontem também na Avenida Paulo Guilguer Reimberg. Deveria ter o semáforo com câmera para multar quem atravessa o farol vermelho.

Quando desço para ir até o supermercado, tem pedras no meio do caminho. Essas pedras são os postes no meio do caminho, pois tenho que ir pelo meio da rua, pedir ajuda a alguém para atravessar na Estrada Ecoturística de Parelheiros; também na Rua Euzébio Coghi, ali atrás, tem essa dificuldade. Então, para o cadeirante tudo é mais difícil.

E a prioridade também. Até aqui me senti um pouco excluído. Pedi a palavra e vocês me deram. Agradeço por isso.

E os ônibus? Na maioria dos ônibus, o elevador está quebrado, e muitas vezes você precisa do ônibus, pois tem um exame, um compromisso. Não se consegue chegar a tempo aos compromissos. É muito difícil a vida do cadeirante.

Então, peço que olhem mais, que deem mais acessibilidade aqui no bairro, que olhem mais para esses ônibus que vivem quebrados, que ajudará muito a vida do cadeirante.

Somente isso. Obrigado.

O SR. PRESIDENTE ( Silvão Leite - UNIÃO ) - Muito obrigado, Sr. Erivan.

Estamos chegando ao final do nosso Câmara na Rua - Parelheiros e, antes de abrir a palavra para os nobres Vereadores fazerem uma despedida, quero agradecer a presença de todos vocês. Agradeço também a forma democrática como tudo aconteceu, aqui, hoje. Tivemos muitas demandas da Esquerda, da Direita, do pessoal do Centro, mas o importante é isto: através deste projeto, trazer o Poder Legislativo até vocês; abrimos o canal direto de manifestação de vocês conosco.

Então, parabéns a todos vocês.

Muito obrigado pela presença.

Espero, Sr. Presidente Ricardo Teixeira, que retornemos, na nossa vez, a trazer novamente a Câmara aqui para Parelheiros. Muito obrigado.

Vamos abrir a palavra para os nobres Vereadores.

O nobre Vereador Alessandro Guedes, da direita ali.

O SR. ALESSANDRO GUEDES (PT) - Era para ser à esquerda.

Gente, bom dia e boa tarde. Sou Alessandro Guedes, Vereador de São Paulo no quarto mandato.

Sou da zona Leste, por isso muito pouco conhecido na região.

Eu queria começar saudando o Sr. Presidente da Câmara, Ricardo Teixeira, pela iniciativa; todos os nobres Vereadores presentes; o nobre Vereador Silvão Leite pelo trabalho que tem na região; toda a comunidade que está aqui, que vem aqui, que prestigiou e elogiou o trabalho que ele desenvolve, porque isso é importante, pessoal. Quando a população reconhece o trabalho e o empenho do Vereador nas suas limitações, tem que valorizar, porque sinto isso na pele lá do meu lado também. E, quando a população vem reclamar porque não está sendo atendida, também tem que ser ouvida, porque essa população quer ser incluída. Ela paga o mesmo imposto que outro paga, porém não é incluída, e aproveita a oportunidade para reivindicar os seus direitos. Então, sem dúvida nenhuma, este debate é importante.

Eu queria dizer que, apesar de ter cuidado do bingo aqui, eu prestei muita atenção nas discussões e no sofrimento que o povo passa em todas as áreas. É sofrimento na área de regularização fundiária, que foi falado, do saneamento básico, em relação aos esgotos, pavimentação, saúde, segurança, mobilidade. O rapaz que acabou de sair daqui falou da mobilidade. O Renan se emocionou também falando disso; meio ambiente, esporte e também da valorização dos servidores públicos, dos professores. Este é um momento histórico na Câmara Municipal de São Paulo, e temos que valorizar, sim, os professores que estão aqui, porque muitos de nós têm coragem de ir na Câmara chamar professor de vagabundo, mas não têm coragem de vir dar a cara para bater e trabalhar, se comprometer junto ao povo de Parelheiros com a demanda.

É fácil fazer política, abrir um celular, fazer uma live , xingar todo mundo, fechar e sei lá o que vai fazer. Agora, difícil é vir, prestar atenção no que vocês estão ouvindo e tentar encaminhar as questões depois. Sem dúvida nenhuma, esses nobres Vereadores que estão aqui estão interessados nos problemas que vocês trouxeram, do contrário não teriam vindo.

Isto é importante entender também e valorizar. Neste sentido, o nosso mandato está à disposição, minha rede social é @alessandroguedessp.

Eventualmente, se pudermos colaborar com a região, estamos à disposição com a Câmara, com os demais Vereadores, para colaborar, ajudar Parelheiros.

Boa sorte a todos. Contem comigo.

Um forte abraço.

O SR. PRESIDENTE ( Silvão Leite - UNIÃO ) - Nosso querido nobre Vereador Isac Félix com a palavra. Da Direita.

O SR. ISAC FÉLIX (PL) - Boa tarde a todos.

Primeiramente, quero agradecer a Deus por mais um dia de vida que nos dá, de saúde e de coragem para estarmos aqui.

Quero cumprimentar a Mesa na pessoa do nosso Sr. Presidente hoje, Silvão Leite, além de cumprimentar todas as mulheres aqui.

Estão boicotando o Centro.

Na pessoa da nobre Vereadora Amanda, quero cumprimentar a Mesa e dizer para vocês que é uma satisfação poder estar aqui. Sou Vereador na cidade de São Paulo, já estou no meu terceiro mandato. Conheço bem a zona Sul da cidade de São Paulo, porque eu sou do bairro vizinho, Campo Limpo, Capão Redondo. Parelheiros conheço desde a minha infância, porque faço política e atuo politicamente na zona Sul há muitos anos.

Quero dizer para vocês: isto é olhar para as pessoas. Parelheiros tem muita coisa bonita, mas as pessoas daqui são mais bonitas ainda e precisam de cuidados. E é isto que vamos levar hoje: a necessidade de cuidar das pessoas desta região. A minha preocupação, muitas vezes, Sr. Presidente Silvão Leite, é que temos discutido na Câmara Municipal sobre a falta de estrutura para a população de Parelheiros. Temos grandes loteamentos e pessoas vêm, vendem os lotes e depois somem, sem dar estrutura para vocês, sem fazer um programa de habitação para a população. E isso faz com que soframos muito.

É por isso que muitos de nós hoje que moramos em Parelheiros passamos por muitas dificuldades, porque é uma região que cresceu muito, virou uma grande cidade, mas sem estrutura, e queremos, como Vereadores na cidade de São Paulo, como os Vereadores que estão aqui, lutar para que Parelheiros tenha desenvolvimento social, acompanhado de tecnologia, de indústria, de educação, de saúde, como algo crescente para a população de Parelheiros, que é de pessoas guerreiras, trabalhadoras e estão aqui hoje porque vieram e porque precisam.

Deus abençoe a todos vocês. Uma boa tarde.

O SR. PRESIDENTE ( Silvão Leite - UNIÃO ) - Obrigado, nobre Vereador Isac Félix.

Agora, a nobre Vereadora Luna Zarattini, da Esquerda.

A SRA. LUNA ZARATTINI (PT) - Boa tarde a todos e a todas.

Queria saudar o Sr. Presidente desta Câmara na Rua, Silvão Leite, e também o Sr. Presidente da Câmara, Ricardo Teixeira, a quem cumprimento pela iniciativa do Câmara na Rua, por essa abertura de diálogo, de propostas, de debate, de ideias, e dizer que, quando a população de São Paulo participa das políticas públicas, tenho certeza de que as políticas públicas ficam melhores.

E política não se faz só de 4 em 4 anos, só em época de eleição. Política se faz todo dia. Aliás, como estamos fazendo agora.

Estou falando como Líder da Bancada do Partido dos Trabalhadores e venho reafirmar o compromisso do Partido com as lutas e com as periferias da cidade de São Paulo. Nenhuma vitória do povo veio sem luta, veio sem suor, e por isso saúdo todos os lutadores de Parelheiros e reafirmo que estamos com vocês.

Hoje, novamente a população deu seu recado: Parelheiros não pode ficar esquecido. E quando falamos de saúde, não adianta criarmos UBSs e UPAs se não há médicos, se não há remédios, como foi dito por todos vocês.

Também foi mencionado que as filas para exames e consultas passam de 3 ou 4 meses; até um ano as pessoas ficam esperando. Foram destacadas ainda as crianças com Transtorno de Espectro Autista.

Não adianta falar durante a eleição de Tarifa Zero, mas, depois da eleição, aumentar a tarifa de ônibus, cortar as linhas de transporte, porque também foi exposto por vocês as mais de duas horas de espera por transporte.

No assunto moradia, tampouco adianta falar de dignidade se não se garante moradia nem regularização fundiária, aliás, um pedido histórico de Parelheiros.

E sobre direitos, não podemos deixar de falar sobre o direito à água, ao saneamento básico e também continuar a denúncia do que foi a privatização da Sabesp. As contas estão altas, a água está barrenta, os serviços estão piores. Se quando a Sabesp não estava privatizada não chegou o saneamento, saibam que, atualmente, será muito pior. Inclusive, lançamos e propusemos, na Câmara, a CPI para investigar o que foi a privatização da Sabesp e quem está lucrando com isso, porque o povo não está.

O SR. PRESIDENTE (Silvão Leite - UNIÃO) - Trinta segundos, Vereadora.

A SRA. LUNA ZARATTINI (PT) - Terminando, não poderia deixar de nos colocar à disposição, Vereador Silvão, e com o máximo orgulho, dos servidores municipais que são também os educadores da nossa cidade. Vocês devem ser valorizados. Na verdade, deveriam ser homenageados pelo Legislativo, e não receberem o que aconteceu esta semana, que foi uma vergonha: serem xingados, serem totalmente hostilizados no espaço da Câmara dos Vereadores.

Muito obrigada. Contem com o nosso mandato. Meu nome é Luna Zarattini, sou líder da Bancada do Partido dos Trabalhadores.

- Manifestação na plateia.

O SR. PRESIDENTE (Silvão Leite - UNIÃO) - Obrigado, Vereadora Luna Zarattini. Agora ouviremos as palavras do Vereador Sargento Nantes. Tem V.Exa. a palavra.

O SR. SARGENTO NANTES (PP) - Boa tarde, Parelheiros. Vereador Silvão, primeiramente quero parabenizar V.Exa. É notório o trabalho que faz na região. Sei que não é de hoje, senão não haveria tantas pessoas gratas ao trabalho que vem executando neste território. Então, parabéns. Peço uma salva de palmas para o Vereador Silvão.

- Manifestação na plateia.

O SR. SARGENTO NANTES (PP) - Também quero parabenizar o nosso Presidente Ricardo Teixeira pela iniciativa do Câmara na Rua. Parabéns por trazer os Vereadores até o povo e não fazer o povo ir até os Vereadores. Essa é nossa obrigação.

O político tem de vir sempre, não só na época da eleição, ele tem de estar presente na sociedade, conversando, olhando no olho e sentindo que a população passa.

Senhores, quero tratar de alguns assuntos que foram falados e são muito importante. A Dona Ana Lúcia, aquela senhora que falou ter dez filhos.

Entendo a dor dela. Não é fácil criar um filho na periferia e mantê-lo longe e afastado do crime. Sou oriundo da segurança pública, trabalhei por mais de 20 anos na Rota e sempre estive nas periferias. Conheço a realidade da periferia. Entrei e sigo carreira para combater bandido, porém o trabalhador, a pessoa digna, a pessoa decente, sempre tratei como ela merece: com respeito e dignidade.

Então, Dona Ana Lúcia, quero deixar um recado para a senhora: pode contar comigo para estar lutando. Sou um Vereador sempre atuante para afastar, cada vez mais, os jovens das drogas, do crime, porque sei o estrago que isso traz para as famílias. Pode ter certeza.

Só um instante, senhoras e senhores, que anotei os nomes. Para o Sr. Roberto Carlos. Ele falou, no final, sobre incentivar o turismo, incentivar os trabalhos na região. Acho importante também começarmos a trazer empregos para cá, ou seja, em vez de fazer as pessoas atravessarem a cidade - pois São Paulo é maior até que muitos países -, centralizar os empregos na própria região, trazendo indústrias para cá. Enfim, fazer com que as pessoas não fiquem horas e horas no transporte público.

E as maiores demandas que chegaram até nós, hoje, conforme as percebi, são gravíssimas e urgentes. Tenho certeza de que o nosso Presidente, assim como fizemos na primeira reunião Câmara na Rua, vai fazer nesta segunda edição, correr uma lista de assinaturas dos Vereadores para, justamente, solicitar essas demandas ao Sr. Prefeito. E vamos cobrar. Estamos presentes para isso.

Vi o Paulo Tadeu falar que precisamos trazer resultados e concordo com ele cem por cento. Vamos voltar e, no próximo Câmara na Rua, espero ver pessoas que subam para fazer seu pronunciamento, mas dizendo: “Deu certo, resolveu”. Porque esse é o nosso intuito: ouvir as pessoas, solicitar e cobrar, e, por fim, trazer esses resultados de maneira eficaz para vocês.

O SR. PRESIDENTE (Silvão Leite - UNIÃO) - Deu o tempo, Vereador.

O SR. SARGENTO NANTES (PP) - Está bem. Quero agradecer a todos. Meus parabéns por saírem de casa nesta manhã. Que Deus abençoe muito a vida de vocês e contem conosco na Câmara dos Vereadores de São Paulo.

O SR. PRESIDENTE (Silvão Leite - UNIÃO) - Muito obrigado, Vereador Nantes. Vamos ouvir nossa querida vereadora Janaina Paschoal. Com a palavra, Vereadora.

A SRA. JANAINA PASCHOAL (PP) - Muito obrigada. Agradeço, primeiramente, ao nosso anfitrião, Vereador Silvão. Agradeço ao nosso Presidente Vereador Ricardo Teixeira. Cumprimento todas as pessoas presentes e também meus Colegas.

Há um pleito no qual já estou trabalhando, o da falta de nomeação e da falta de CEP nas ruas de Marsilac. Esse pedido já chegou ao meu gabinete. Já encaminhei os ofícios aos órgãos competentes, porque sei a dificuldade que é não ter a identificação, não ter o CEP. Isso prejudica o acesso a todos os serviços. Prejudica até a recepção de uma carta, de uma simples carta.

Acredito firmemente que a união dos Vereadores fortalecerá os pedidos que já encaminhei nesse sentido. Entendo também que será melhor se sairmos daqui como grupo com o compromisso de buscar a resolução da questão do transporte, porque igualmente sei que, além de haver problemas na capital inteira, os problemas são maiores nesta região.

Entre esses problemas há falta de linhas, falta de acesso a partir do ponto final para os bairros e suas várias áreas, falta de acessibilidade, que é essa questão das pessoas cadeirantes. Aliás, sobre isso, estou muito preocupada, porque já nos chegou a reclamação de que os ônibus - quando há ônibus - não têm lugar para 2 cadeirantes, apenas para um somente, e o outro tem de ficar esperando, seja sob chuva, seja sob sol. E o senhor ali acaba de trazer outra questão que é a falta do elevador.

Devo dizer que estamos discutindo inclusão muitas vezes e, então, vem uma professora fazer uma queixa, que sei ser justa, da obrigação do professor se especializar em demandas que não são dele. Às vezes, o professor tem de ensinar português e matemática e ainda tem de ser, também, um enfermeiro dentro de sala de aula, porque a inclusão é desejável e possível, mas não em todos os casos. Não são em todos os casos que temos de ter crianças portadora de deficiência na mesma sala. Sei que isso é politicamente incorreto, mas alguém tem de ter coragem de falar a verdade.

Portanto, muitas vezes, estamos obrigando crianças a ficarem em sala de aula onde não há a possibilidade de ela ter o melhor atendimento e dos outros terem, ao mesmo tempo, o melhor atendimento também. E os professores são demandados a situações que não têm condições de entregar. E a inclusão básica, que é permitir um cadeirante entrar no ônibus, subir o ônibus, isso não fazemos?

Então, tem de parar com essa xaropada de tanto “politicamente incorreto” que ninguém pode mais falar nada, e fazer a inclusão real. Porque não admito que numa capital, rica como São Paulo, o cadeirante não possa subir no ônibus, onde o cadeirante não tenha lugar.

O SR. PRESIDENTE (Silvão Leite - UNIÃO) - Vereadora.

- Manifestação na plateia.

A SRA. JANAINA PASCHOAL (PP) - Precisamos também falar que é importante ter a universidade concreta, universidade física.

O SR. PRESIDENTE (Silvão Leite - UNIÃO) - Vereadora, por gentileza.

A SRA. JANAINA PASCHOAL (PP) - Vou terminar, é um minuto.

- Falas simultâneas.

O SR. PRESIDENTE (Silvão Leite - UNIÃO) - Um minuto não dá, Vereadora.

A SRA. JANAINA PASCHOAL (PP) - Mas existe a Univesp, existe a UniCEU, e o Governo Federal quer acabar, porque, agora, querem proibir o ensino a distância.

O SR. PRESIDENTE (Silvão Leite - UNIÃO) - Obrigado, Vereadora. Há outros Vereadores para falar.

- Falas simultâneas.

A SRA. JANAINA PASCHOAL (PP) - Temos universidade e eles querem acabar.

- Manifestação na plateia.

O SR. PRESIDENTE (Silvão Leite - UNIÃO) - Muito obrigado, Vereadora Janaina Paschoal. Vou respeitar o tempo dos outros Vereadores também. Tem a palavra a nossa querida Vereadora Keit Lima.

A SRA. KEIT LIMA (PSOL) - Boa tarde, gente.

Quero uma salva de palmas para as professoras e professores que vieram a esta reunião.

- Manifestação na plateia.

A SRA. KEIT LIMA (PSOL) - Quero dizer que tem mandato de luta brigando mesmo por um ajuste real. Lutando por um reajuste justo para todos os professores e servidores.

Sou cria de favela. Meu nome é Keit Lima, sou Vereadora do mandato das favelas. Venho da favela da Brasilândia, mas atuo bastante aqui, em Vargem Grande, estou muito feliz aqui.

Também quero dizer que tem mandato lutando para que os direitos cheguem nas favelas, porque a favela não vence quando um prefeito é eleito e grita que favela venceu. A favela vai vencer quando o Marsilac tiver o mesmo IDH de Pinheiros. Esta é a nossa luta: que os direitos cheguem à vida de gente pobre, periférica e favelada.

Como o meu tempo é bem curtinho, quero dizer que o nosso mandato está à disposição do Instituto Federal. A gente já está na luta, à disposição de todos os servidores públicos, de todos os professores, porque se hoje eu estou Vereadora é graças aos professores que estão nas favelas, que estão nas periferias fazendo a verdadeira revolução na vida de gente pobre. E não existe diminuição de desigualdade senão pela valorização da educação. Nós, que somos pobres, sabemos disso, e quem quer continuar a desigualdade também sabe disso.

A gente segue na luta para construir uma cidade boa para todo mundo, uma cidade boa para Marsilac, para Cidade Tiradentes, para o Grajaú, para a Brasilândia e também para Pinheiros, porque uma cidade justa é boa para todo mundo, porque política se faz a partir do chão onde se pisa.

Estou no quinto andar da Câmara Municipal de São Paulo, sala 515, e este mandato também é de cada um de vocês que derramam sangue e suor por uma cidade com menos desigualdade. A gente segue na luta para construir uma cidade com mais acessibilidade, com saneamento básico nas nossas periferias, com educação, com saúde e com uma segurança pública que não mate nem encarcere jovens pretos, pobres e favelados, mas que assegure as nossas vidas. Que a gente caminhe para isso.

Contem com o mandato das favelas. A gente segue junto. (Palmas)

O SR. PRESIDENTE (Silvão Leite - UNIÃO) - Muito obrigado, Vereadora Keit Lima.

Tem a palavra a Vereadora Ely Teruel.

A SRA. ELY TERUEL (MDB) - Muito boa tarde. Parabenizo todas as mulheres que deixaram de fazer o almoço nas suas casas e estão aqui cuidando não só das questões políticas, mas de família, porque, quando a gente fala em ônibus escolares e em deslocamento de saúde, a gente fala de toda a nossa família, pois todos, homem, mulher, pai, mãe, filhos, precisam de todo esse processo.

Parabenizo o Presidente Ricardo Teixeira - e já falei isso para S.Exa. - por esta ação, pelo movimento que está sendo feito hoje, o segundo encontro do projeto Câmara na Rua.

É isso que eu gosto de fazer, gente. Eu me chamo Ely Teruel e tive uma ótima votação aqui na zona Sul. Estou no meu segundo mandato e, para quem não me conhece, sou a esposa do Fábio Teruel, evangelizador motivacional, e a gente vem atuando há mais de 30 anos nas demandas da vida das pessoas, como as que vocês citaram hoje. O rádio nos proporciona falar diretamente com as pessoas, e a vereança me veio depois de alguns anos, porque a gente não aguentava mais as pessoas reclamarem dos problemas nos seus bairros, nas comunidades.

Então, este é o meu dia a dia: estar no meio da população, cuidando não só da saúde e da educação das pessoas, mas da pavimentação de ruas e do transporte. Como presidente da Comissão da Saúde da Câmara Municipal de São Paulo, quero aproveitar para deixar o meu gabinete, no quinto andar da Câmara Municipal, sala 507, totalmente aberto para ouvir vocês. Ouvindo a Dona Ana Lúcia, que tem dez filhos, eu me vi nessa situação, porque eu sou a caçula de dez filhos e já morei em uma Cohab e, muitas vezes, em lugares sem saneamento.

Recentemente, no Morro Doce, zona Oeste, a gente amassou muito barro e, por isso, sabemos da necessidade dos cuidados básicos em relação ao saneamento básico por parte da Sabesp. Enfim, gente, só tenho a agradecer.

Também estou aqui com aquele artesanato maravilhoso de bichinhos, resultado de uma iniciativa que gera trabalho para os artesãos da região, cujas peças estão expostas nos estandes. Essa ação contribui ainda para a saúde mental de pessoas que enfrentam a depressão em casa, oferecendo uma atividade terapêutica e significativa por meio do artesanato

Que Deus abençoe todos vocês. Agradeço a oportunidade de estarmos juntos hoje. (Palmas)

O SR. PRESIDENTE (Silvão Leite - UNIÃO) - Muito obrigado, Vereadora Ely Teruel.

Tem a palavra o Vereador Celso Giannazi.

O SR. CELSO GIANNAZI (PSOL) - Boa tarde a todos e todas. Uma saudação especial a todos os munícipes presentes hoje no CEU Parelheiros.

Cumprimento os meus companheiros de Mesa, saúdo o Vereador Silvão Leite, que hoje conduz a presidência dos trabalhos, e parabenizo o Presidente Ricardo Teixeira pela iniciativa do projeto Câmara na Rua.

Relembrando a frase “a cabeça pensa onde os pés pisam”, de Frei Betto, se necessariamente todos nós, Sras. e Srs. Vereadores, somos funcionários do povo, a gente tem que estar onde as coisas estão acontecendo e onde os problemas existem.

Todos vocês vieram hoje de forma voluntária para expor os problemas que afetam esta região. Como morador nascido aqui próximo, no Jardim Primavera, também zona Sul de São Paulo, eu e o meu irmão, o Deputado Estadual Carlos Giannazi, brincamos muito com os colegas de Parelheiros, este bairro tão conhecido por nós.

Nós que estamos aqui não estamos pedindo nenhum favor. É direito de cada uma e cada um de vocês a habitação, o transporte, o saneamento básico, a preservação do meio ambiente, a saúde e a educação. Vocês hoje estão aqui para cobrar de cada Vereador e Vereadora uma posição e exigir políticas públicas, que quase nunca acontecem do lado da ponte para cá e, quando acontecem, são muito precárias. Não precisamos pedir favores.

Muito foi falado aqui, Sr. Presidente, mas eu gostaria de ressaltar que é muito importante o tema da educação. Aproveito para saudar todos os professores e professoras que compareceram para expor suas demandas. É inadmissível e impensável que, na maior cidade da América Latina, haja salas de aulas em escolas - CEI, EMEI e EMF - com 35 a 38 alunos, sendo quatro com deficiência, por professor ou professora, tendo eles que fornecerem condições de aprendizado a todas essas crianças.

Não há vagabundos na rede municipal nem no serviço público. O que há são muitos lutadores. Aproveito para fazer um apelo a todos os Vereadores e Vereadoras presentes e aos demais que não compareceram hoje: já que na terça-feira da próxima semana vai acontecer uma audiência pública que tratará da valorização dos servidores públicos: que a gente apresente uma emenda que verse sobre a reposição integral da inflação ao conjunto dos servidores públicos da cidade de São Paulo, pois são eles que desempenham a função de efetivamente cumprir a política pública também no extremo Sul da cidade de São Paulo.

Parabéns a todos vocês que compareceram. (Palmas)

O SR. PRESIDENTE (Silvão Leite - UNIÃO) - Muito obrigado, Vereador Celso Giannazi.

Tem a palavra a Vereadora Amanda Paschoal.

A SRA. AMANDA PASCHOAL (PSOL) - Boa tarde a todos.

A cada um de vocês que dedicou seu tempo nesta manhã para vir aqui trazer suas demandas e dialogar com os Vereadores, o meu agradecimento.

Mais uma vez, parabenizo o Presidente Ricardo Teixeira pela iniciativa e agradeço ao Vereador Silvão Leite, que hoje conduz os trabalhos.

A obrigação da construção de uma São Paulo melhor e o cumprimento das demandas apresentadas hoje sobre saúde, transporte, sobre acessibilidade, e sustentabilidade - pautas fundamentais não só para Parelheiros, mas para toda a cidade -, é de todos os Vereadores e Vereadoras da Câmara Municipal de São Paulo, independentemente de serem da Situação ou da Oposição. A nossa função é fiscalizar o trabalho da Prefeitura, garantindo o respeito à vida e aos diretos de cada um e cada uma de vocês.

Como a única travesti eleita na cidade de São Paulo, estou na Câmara Municipal para construir um mandato não apenas para a comunidade LGBTQIAPN+. Inclusive, o primeiro projeto por mim apresentado naquela Casa versa sobre o fim da escala 6x1 nas contratações da Administração Pública, pauta apresentada e defendida pela Esquerda. E eu estou lá para defender os servidores da educação, da saúde e para a construção de uma São Paulo transformada em um lugar para todos e todas vocês.

Portanto, coloco o meu mandato à disposição. Espero que consigamos dialogar e construir, para pegarmos as demandas e conseguirmos articular na Câmara, com todos os meus Colegas, meus nobres Pares, cobrando da Prefeitura, construindo e defendendo um futuro melhor para São Paulo e para cada um dos seus munícipes. Muito obrigada.

O SR. PRESIDENTE (Silvão Leite - UNIÃO ) - Obrigado, Vereadora Amanda Paschoal. Tem a palavra o nosso querido Vereador − e um grande meia-direita - João Ananias.

O SR. JOÃO ANANIAS (PT) - Boa tarde, Parelheiros. Cumprimento o nosso Presidente Silvão Leite e também o nosso Presidente Ricardo Teixeira, bem como os demais Vereadores.

Quero falar para vocês da importância do Partido dos Trabalhadores para quem mora nas bordas da cidade de São Paulo. Sabemos que quem aprovou a Subprefeitura de Parelheiros foi o Partido dos Trabalhadores. Se tem alguma coisa nesta cidade de São Paulo, quem fez se chama Partido dos Trabalhadores. Tenho muito orgulho de participar desse partido. E quero dizer para vocês o seguinte: em relação a tudo o que foi falado aqui e agora, o PT é a favor de que haja melhorias para a população mais pobre da cidade de São Paulo. Falamos de políticas públicas, e quem precisa realmente delas é quem mora nas periferias, nas bordas da cidade.

E para falar de melhorias de uma cidade, é preciso começar pela educação. Educação de qualidade eleva todos os conceitos de uma cidade. E a cidade de São Paulo precisa, sim, de uma educação de qualidade. E verifiquei que a Vereadora Janaina Paschoal falou que o Partido dos Trabalhadores quer acabar com os CEUs. Se quiséssemos acabar, não estaríamos construindo os institutos federais. Estamos brigando por institutos federais de qualidade, como o instituto federal na zona Leste, o instituto federal de Jardim Ângela e também no Grajaú.

É importante falarmos que precisamos melhorar, sim, o salário do funcionalismo público. Precisamos, sim, melhorar o salário dos professores. Como foi dito pelo nobre Vereador Celso Giannazi, sabemos qual é a condição hoje do trabalhador da cidade de São Paulo e, principalmente, do funcionalismo público.

Precisamos, sim, de aumento; que sejam dadas condições para esse funcionalismo público trabalhar. Porque, sem funcionalismo público na cidade de São Paulo, não vamos a lugar nenhum. E sabemos como é a vida do professor na cidade de São Paulo. Cuidar de 30 crianças não é fácil. O professor precisa, sim, ter um bom salário e boas condições de trabalho. Em uma cidade onde não se dá condição de trabalho para o seu funcionário certamente existirão dificuldades.

Assim, deixo à disposição o nosso mandato; deixo à disposição a nossa Liderança. A Bancada do Partido dos Trabalhadores está, sim, à disposição da cidade de São Paulo e de políticas públicas que possam melhorar a vida das pessoas. O transporte público de qualidade é saúde pública. Sabemos qual é a dificuldade da população que mora no Grajaú de chegar ao seu local de trabalho, enfim, para se deslocar no dia a dia. Portanto, quero deixar o Vereador João Ananias e a Bancada dos Trabalhadores à disposição de cada um de vocês. Obrigado, estamos juntos.

O SR. PRESIDENTE (Silvão Leite - UNIÃO ) - Obrigado, Vereador. Abrirei a palavra para a Vereadora Janaina, porque houve um mal-entendido.

A SRA. JANAINA PASCHOAL (PP) - Quero apenas esclarecer: não falei em se acabar com os CEUs. Falei em se acabar com a UniCEU e com a Univesp. Por quê? Porque o Ministro da Educação é contra o ensino a distância. S.Exa. está baixando normas que acabarão com a licenciatura a distância. E isso vai matar a Univesp, a UniCEU.

O SR. PRESIDENTE (Silvão Leite - UNIÃO ) - Isso às vezes acontece. Tem a palavra o nosso querido Vereador, meu amigo, meu irmão, meu companheiro de região, o nobre Vereador Marcelo Messias.

O SR. MARCELO MESSIAS (MDB) - Boa tarde, Parelheiros.

Primeiramente, agradeço a Deus pela oportunidade. Parabenizo o nosso Presidente Ricardo Teixeira, bem como o nobre Vereador Silvão Leite, meu amigo, pela condução dos trabalhos. Silvão, parabéns. Cumprimento o nosso Subprefeito Marco; agradeço pelo presente que o V.Exa. me deu.

Devo dizer que estou muito feliz. Fiz algumas anotações. Bem, este é um trabalho intenso e importante: ter os Vereadores nos nossos bairros, nas nossas regiões, para saber o que está acontecendo. Sempre digo: ninguém faz nada sozinho. para se conseguir fazer uma cidade melhor, construir uma cidade melhor, tem de ser em conjunto com a população. A voz do povo é a voz de Deus, e por isso estamos aqui hoje para ouvir vocês.

Escutei o César Correia, a Claudineia, a Valdete, o Alenildo, o Carlos, a Sandra de Barragem, o Marivaldo, a Daniele, a Professora Silvia, a Eloá, etc. Anotamos várias coisas para trazer para vocês. O “não” nós já temos; vamos buscar o “sim”, seja na zeladoria, seja na saúde, seja na educação, seja no que for, o Vereador Marcelo Messias. Tenho certeza de que a maioria dos Vereadores que estão aqui, bem como os que não vieram, estão aqui para trabalhar, para dar o seu melhor, principalmente para as pessoas que mais sofrem no nosso município.

Tenho uma eterna gratidão e eterno respeito a todos os funcionários públicos da cidade de São Paulo, principalmente aos professores, porque vocês transformam vidas. Quero dizer mais uma vez: se Parelheiros está melhorando, deve haver gente competente do lado de cá trabalhando e melhorando, a cada dia, a vida de vocês. Não será fácil, o desafio é muito grande. Há muita coisa para se transformar, muita coisa para mudar. Mas tenho certeza de que o nobre Vereador Marcelo Messias, assim como os nobres Vereadores que estão aqui com cada um de vocês, juntos podemos fazer a diferença. Que Deus nos abençoe muito. Obrigado e vamos juntos construir uma cidade melhor para São Paulo. Parabéns.

O SR. PRESIDENTE (Silvão Leite - UNIÃO ) - Obrigado, Vereador Marcelo Messias. Bom, antes de passar a palavra para o nosso Presidente Ricardo Teixeira encerrar nossa sessão, tenho algumas palavras. Esta manhã maravilhosa que tivemos foi uma experiência realmente muito produtiva, acredito, tanto para nós Vereadores como para vocês, comunidade.

Quero fazer alguns agradecimentos. Primeiro, agradeço à gestora, a Sra. Amarillis, pela cessão do CEU. Muito obrigado. Agradeço também ao meu querido amigo, o nosso Subprefeito, Marco Antonio Furchi, que colaborou muito para que este evento acontecesse e tem feito um trabalho realmente excepcional aqui na região de Parelheiros. Muito obrigado, Marco Furchi, pelo seu trabalho, sua dedicação e todo o seu apoio.

Não posso deixar também de agradecer e parabenizar toda a equipe da Câmara Municipal pelo excelente trabalho de organização; tudo isso acontece graças a vocês. Muito obrigado, pessoal da Câmara de todos os departamentos, pela dedicação e profissionalismo de vocês. Agradeço à GCM também; muito obrigado pelo apoio. Enfim, todos que apoiaram esse maravilhoso evento.

Eu, como Vereador eleito, não posso deixar de agradecer primeiramente a todo o apoio que tive em Parelheiros. Todos sabem que tive uma votação muito expressiva, de quase 64 mil votos, sendo que 23 mil votos foram oriundos de eleitores de Parelheiros. De modo que tenho a dizer: muito obrigado. Logicamente, Parelheiros representa um quarto da cidade de São Paulo. É uma região singular, diferente das outras regiões. Aqui temos muitas áreas rurais ainda. Temos muitas dificuldades. Fui muito atencioso, atento, a todas as reivindicações. Mas não posso deixar de fazer uma colocação: nos últimos cinco anos, o avanço que tivemos na região de Parelheiros foi tremendo.

Avançamos na questão da saúde, na questão da educação, na questão da infraestrutura. Há muito que se fazer, mas o que conseguimos fazer nos últimos cinco anos? Logicamente, a princípio, com a ajuda do meu grande líder político, o sempre Vereador Milton Leite, e com o apoio do então Prefeito Bruno Covas e depois com o Prefeito Ricardo Nunes, é inegável. Não podemos deixar de agradecer o apoio que o Prefeito Ricardo Nunes deu para que conseguíssemos avançar na infraestrutura de Parelheiros.

Assim, fica aqui o meu grande abraço a todos vocês. Há muito que se fazer. O meu gabinete, o gabinete do Silvão Leite, a Subprefeitura de Parelheiros, e tenho certeza de que o gabinete do Prefeito Ricardo Nunes também, estão atentos a todas essas demandas que foram colocadas. Analisaremos cada uma com todo o cuidado e vamos procurar retornar as demandas, os resultados para vocês.

Muito obrigado. Contem com o Silvio Leite. E espero retornar aqui, Sr. Presidente, depois de fazermos um novo ciclo, com um novo Câmara na Rua, em Parelheiros. Agradeço também aos meus Pares, os meus companheiros e digo: esta Legislatura na Câmara Municipal é das melhores que já vi. O embate é diário, mas é um embate em prol da população e principalmente da população mais carente, que precisa. Muito obrigado e um bom final de semana a todos.

O SR. PRESIDENTE (Silvão Leite - UNIÃO ) - Agora, para encerrar o nosso Câmara na Rua, tem a palavra o meu querido companheiro de partido, o Sr. Presidente Ricardo Teixeira, que assumirá a presidência.

- Assume a presidência o Sr. Ricardo Teixeira.

O SR. PRESIDENTE ( Ricardo Teixeira - UNIÃO ) - Obrigado a todos vocês. Será uma fala simples. Primeiro, estou muito feliz. Vocês viram que todos na Mesa estão todos muito felizes. A fala, pois, é simples: estão encerrados os nossos trabalhos. Fiquem com Deus.