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NOTAS TAQUIGRÁFICAS
SESSÃO ORDINÁRIA DATA: 02/02/2023
 
2023-02-02 188 Sessão Ordinária

188ª SESSÃO ORDINÁRIA

02/02/2023

- Presidência do Sr. Xexéu Tripoli.

- Secretaria do Sr. Alessandro Guedes.

- À hora regimental, com o Sr. Xexéu Tripoli na presidência, feita a chamada, verifica-se haver número legal. Estiveram presentes durante a sessão os Srs. Adilson Amadeu, Alessandro Guedes, André Santos, Antonio Donato, Arselino Tatto, Atílio Francisco, Aurélio Nomura, Bombeiro Major Palumbo, Camilo Cristófaro, Coronel Salles, Cris Monteiro, Daniel Annenberg, Danilo do Posto de Saúde, Dr. Nunes Peixeiro, Dr. Sidney Cruz, Dra. Sandra Tadeu, Edir Sales, Eduardo Matarazzo Suplicy, Elaine do Quilombo Periférico, Eli Corrêa, Eliseu Gabriel, Ely Teruel, Fabio Riva, Fernando Holiday, George Hato, Gilson Barreto, Isac Felix, Jair Tatto, Janaína Lima, João Jorge, Jorge Wilson Filho, Jussara Basso, Luana Alves, Manoel Del Rio, Marcelo Messias, Marlon Luz, Milton Ferreira, Milton Leite, Missionário José Olimpio, Paulo Frange, Professor Toninho Vespoli, Reis, Rinaldi Digilio, Roberto Tripoli, Rodolfo Despachante, Rodrigo Goulart, Rubinho Nunes, Rute Costa, Sandra Santana, Sansão Pereira, Senival Moura, Silvia da Bancada Feminista e Thammy Miranda. O Sr. Celso Giannazi encontra-se em licença.

- De acordo com o Precedente Regimental nº 02/2020, a sessão é realizada de forma híbrida, presencial e virtual.

O SR. PRESIDENTE ( Xexéu Tripoli - PSDB ) - Há número legal. Está aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.

Esta é a 188ª Sessão Ordinária, da 18ª Legislatura, convocada para hoje, dia 2 de fevereiro de 2023.

Tem a palavra, pela ordem, o nobre Vereador Dr. Sidney Cruz.

O SR. DR. SIDNEY CRUZ (SOLIDARIEDADE) - (Pela ordem) - Sr. Presidente, gostaria de me inscrever para um comunicado de liderança pelo Solidariedade.

O SR. PRESIDENTE ( Xexéu Tripoli - PSDB ) - Vamos encaminhar os comunicados de liderança após o Grande Expediente.

Tem a palavra, pela ordem, o nobre Vereador Daniel Annenberg.

O SR. DANIEL ANNENBERG (PSB) - (Pela ordem) - Sr. Presidente, quero pedir um minuto de silêncio em homenagem à jornalista Glória Maria que faleceu hoje.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

O SR. PRESIDENTE ( Xexéu Tripoli - PSDB ) - Tem a palavra, pela ordem, o nobre Vereador Senival Moura.

O SR. SENIVAL MOURA (PT) - (Pela ordem) - Sr. Presidente, apenas para eu entender, pergunto se haverá Pequeno Expediente e Grande Expediente e, em seguida, serão feitos os comunicados de liderança?

O SR. PRESIDENTE ( Xexéu Tripoli - PSDB ) - Sim.

O SR. JOÃO JORGE (PSDB) - (Pela ordem) - Sr. Presidente, peço que registre a minha presença.

Muito obrigado.

O SR. DANIEL ANNENBERG (PSB) - (Pela ordem) - Sr. Presidente, eu pedi um minuto de silêncio em homenagem à jornalista Glória Maria que faleceu hoje. Será agora?

O SR. PRESIDENTE ( Xexéu Tripoli - PSDB ) - Nós poderíamos fazer um minuto de silêncio após o Pequeno Expediente. Pode ser?

O SR. DANIEL ANNENBERG (PSB) - (Pela ordem) - Sem problema. Obrigado.

O SR. PRESIDENTE ( Xexéu Tripoli - PSDB ) - Passemos ao Pequeno Expediente.

PEQUENO EXPEDIENTE

- Dada a palavra aos oradores inscritos, verifica-se a desistência da Sra. Elaine do Quilombo Periférico e dos Srs. Eli Corrêa, Eliseu Gabriel e Ely Teruel.

O SR. PRESIDENTE ( Xexéu Tripoli - PSDB ) - Tem a palavra o nobre Vereador Fabio Riva.

O SR. FABIO RIVA (PSDB) - (Sem revisão do orador) - Sr. Presidente, Sras. e Srs. Vereadores, público que nos assiste pela Rede Câmara de Televisão, venho a esta tribuna para falar sobre a zeladoria da cidade de São Paulo e o empenho e indignação do Prefeito Ricardo Nunes.

É público e notório que o Prefeito Ricardo Nunes, como Vereador que foi nesta Casa, hoje Prefeito, conhece perfeitamente os problemas da cidade, e todos os dias tem determinado a todos os seus subprefeitos - e está aqui o nosso querido Vereador Coronel Salles, que até há poucos dias estava como Subprefeito da Sé, que sabe que o Prefeito Ricardo Nunes é incansável em cobrar dos seus Secretários e subprefeitos a zeladoria da cidade de São Paulo. Fato este que, inclusive, hoje, foi matéria do SP1, da Rede Globo, falando da indignação do Prefeito ao percorrer a Cidade e ver alguns bueiros que estavam sujos por falta de zeladoria.

O Prefeito Ricardo Nunes foi lá e repreendeu publicamente, o vídeo foi espalhado por várias redes sociais e vários canais de televisão, que é inadmissível a população de São Paulo, que paga seus impostos, ter um bueiro entupido e com uma chuva encher o seu comércio. Foi o caso ali da região de Pinheiros que culminou com o vídeo que o Prefeito mandou aos seus subprefeitos, cobrando esse trabalho.

E esse trabalho é feito pelas subprefeituras. E tenho certeza, Vereador Eli Corrêa, é dessa forma, quando temos um Prefeito que está atento e cobra publicamente, porque sabe da sua responsabilidade de cobrar da forma que tem de ser cobrado. Essa é a energia. Todo mundo sabe que os problemas não se resolvem do dia para a noite, e que o poder público, sim, tem que atuar firmemente, cobrando dos subprefeitos, das empresas que prestam serviços à Prefeitura; e esta Câmara Municipal tem o trabalho de fiscalizar. Mas subir a este plenário e, muitas vezes, somente fazer críticas é muito fácil.

Façam as críticas construtivas, façam as sugestões - até porque as Sras. e os Srs. Vereadores vivem, a grande maioria, nas periferias das cidades. E não é somente nesta gestão, mas em muitas gestões passadas. Atirar pedra é muito fácil.

Eu acho que o papel do parlamento, além de fiscalizar, é fazer as propostas para que possamos melhorar cada vez mais o serviço público. E de forma muito responsável, com muita tranquilidade, até pela convivência que temos aqui diariamente na Câmara, digo que todos nós temos uma responsabilidade com a cidade. A população nos elegeu e cobra de cada um de nós atitudes - quando vermos os problemas, buscarmos as soluções.

Quero falar, nobre Vereador Senival, da região de Perus.

Na região de Perus, há mais de 40 anos, se promete uma grande obra de contenção de enchentes. E o nosso querido e saudoso ex-Prefeito, um dia após uma grande enchente no bairro de Perus, teve a coragem de ir lá e pisar na lama, conversar com as pessoas e ver o seu sofrimento. Naquele momento, S.Exa. determinou que o Secretário de Infraestrutura Urbana, na ocasião, o Sr. Vitor Aly, desse andamento e concluísse o projeto para a obra do Ribeirão Perus.

Ano passado, Ricardo Nunes, já como prefeito da cidade de São Paulo, foi a Perus e assinou a ordem de início dessa grande obra - 130 milhões de investimento numa região que, como todas as outras regiões da cidade, precisa de investimento para combater enchente.

Infelizmente, ainda sofremos não apenas com as famílias perdendo o seu guarda-roupa, sua roupa, mas ainda perdendo vidas. E isso não pode acontecer. Por isso eu entendo a indignação do Prefeito Ricardo Nunes, a cobrança do Prefeito Ricardo Nunes, a nossa indignação. Mas temos também que agir, propor, trabalharmos juntos, porque quem sofre é a população. E o Prefeito Ricardo Nunes está certo: temos muito em que melhorar, mas somente melhoramos quando temos o olhar atento para todas as questões da cidade - saúde, educação, infraestrutura, habitação, assistência social.

Começamos o ano legislativo. Espero que este ano possamos propor ao Sr. Prefeito não somente através de projetos advindos do legislativo, mas também apoiando ações que a Prefeitura nos coloca para resolver o problema da cidade de São Paulo.

Quero parabenizar o Prefeito Ricardo Nunes. É com esta firmeza que temos que tocar a cidade, enfrentando todos os problemas de cabeça erguida, sabendo que sempre temos que melhorar.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

O SR. PRESIDENTE ( Xexéu Tripoli - PSDB ) - Muito obrigado, nobre Vereador Fabio Riva.

- Dada a palavra aos oradores inscritos, verifica-se a desistência dos Srs. Fernando Holiday, George Hato, Rodolfo Despachante, Gilson Barreto, Isac Felix, Jair Tatto, Janaína Lima, João Jorge, Jussara Basso, Luana Alves, Marcelo Messias, Marlon Luz, Milton Ferreira, Milton Leite e Paulo Frange.

O SR. PRESIDENTE ( Xexéu Tripoli - PSDB ) - Tem a palavra, pela ordem, o nobre Vereador Aurélio Nomura.

O SR. AURÉLIO NOMURA (PSDB) - (Pela ordem) - Obrigado, Sr. Presidente.

Gostaria de pedir um minuto de silêncio ao meu amigo Marcelo Hideshima, que ontem faleceu aos 53 anos.

Marcelo Hideshima foi um grande empresário do ramo de alimentos e um grande líder dos nikkeis aqui de São Paulo. Ele foi vice-presidente da Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa, esteve na presidência de diversas entidades, e estava sendo preparado para ser o presidente do Bunkyo.

Voltou recentemente do Japão cheio de propostas, propósitos, uma pessoa com um relacionamento muito profundo que iria ter do Brasil com o Japão, mas, principalmente, no sentido de estimular as lideranças jovens a participarem mais, e de fato, da sociedade.

Acho que o grande problema que nós estamos enfrentando hoje no nosso país é a falta de participação, principalmente, da juventude. Acredito que o Marcelo deu exemplo, há vinte anos, quando ele começou a fazer esse trabalho de trazer os jovens para participarem da sociedade brasileira, especificamente, das associações nipo-brasileiras. Infelizmente, faleceu prematuramente, deixando uma filha de 14 anos e a esposa, mas deixando um grande legado para todos nós da cidade de São Paulo e para o nosso país.

Então, eu gostaria de pedir um minuto de silêncio em homenagem a sua memória.

O SR. PRESIDENTE ( Xexéu Tripoli - PSDB ) - Obrigado, Vereador. Após o término do Pequeno Expediente, faremos um minuto de silêncio.

Tem a palavra o nobre Vereador Coronel Salles.

O SR. CORONEL SALLES (PSD) - (Sem revisão do orador) - Presidente, quero agradecer a oportunidade de falar duas palavrinhas telegráficas.

Primeiro, lamentar, Vereador Aurélio Nomura, sobre o Marcelo, que conhecíamos do centro, da ACAL, Associação Cultural e Assistencial da Liberdade; de quando ele trabalhava com o Waltinho Ihoshi ainda; no Bunkyo aqui no Centro; era uma pessoa excepcional. Então, quero transmitir as nossas condolências a sua jovem filha, a sua família, a toda colônia japonesa do Centro de São Paulo.

Presidente, quero trazer uma notícia, com a permissão da minha Líder Edir Sales, da formação do bloco parlamentar PODEMOS-PSD-PSC, sob a liderança do Vereador Dr. Milton Ferreira. Que se façam os devidos registros.

E quero trazer mais uma notícia: tive grandes oportunidades na vida, Vereador Eli Corrêa, de trabalhar no Centro de São Paulo, de servir em locais onde a dificuldade era grande, nas grandes operações, na Brasilândia, na zona Oeste, e, também, de trabalhar no Palácio dos Bandeirantes quando eu assessorava o Governador Geraldo Alckmin e o Governador Mario Covas Júnior. Tive vários comandantes, vários chefes, de todos os estilos, perfis diferentes, uns muito bons, outros nem tanto, mas alguns de que eu me orgulhei muito em trabalhar, como é o caso do Prefeito Ricardo Nunes.

Tive a honra de servir ao lado dele por um ano e dez meses como Subprefeito do Centro. Já vi pessoas preocupadas, mas, como S.Exa., não é fácil encontrar, nos acordando, preocupado com as coisas, com a dinâmica da cidade e com as pessoas.

Nessa esteira, Sr. Presidente, vou falar um pouquinho sobre o programa Reencontro, com mais de 18 mil vagas, para que possamos aplacar essa indignidade das pessoas que estão em situação de alta vulnerabilidade, em situação de calçadas. Já entregou a unidade no CMTC Clube onde era o Desafio ao Galo, com muitas vagas; já em processo de conclusão na Avenida do Estado, no antigo Detran, 1.400 vagas para pessoas em situação de calçada; atendemos 2.300 idosos nos nossos hotéis sociais.

Então, o objetivo é melhorar a vida das pessoas. E nós temos que saber: a pandemia foi um meteoro que atingiu a cidade de São Paulo; atingiu o Estado de São Paulo e o mundo que teve suas repercussões.

O censo de moradores de rua do ano de 2019 apontava para 24 mil pessoas; o de fevereiro de 2022 já aponta 31 mil.

E o Programa Reencontro tem esse objetivo: dar dignidade para as pessoas, casas temporárias, acolhidas temporárias naquele princípio americano do Housing First , primeiro a casa, tirar a pessoa da rua, acolher nessas estruturas de 3 por 8 metros. Vamos inaugurar logo, logo, na Ladeira da Memória, para resgatarmos a dignidade das pessoas.

Vim a esta tribuna para reforçar essa notícia e dizer da honra e da alegria de ter trabalhado sob o comando do Prefeito Ricardo Nunes.

Muito obrigado, Presidente.

O SR. PRESIDENTE ( Xexéu Tripoli - PSDB ) - Obrigado, nobre Vereador Coronel Salles.

- Dada a palavra aos oradores inscritos, verifica-se a desistência do Sr. Professor Toninho Vespoli.

O SR. PRESIDENTE ( Xexéu Tripoli - PSDB ) - Tem a palavra o nobre Vereador Reis.

O SR. REIS (PT) - (Sem revisão do orador) - Sr. Presidente, Sras. e Srs. Vereadores; público presente; integrantes da Guarda Civil Metropolitana; integrantes da Policia Militar e todos que estão em suas residências nos assistindo pela TV Câmara e pelas redes sociais.

Sr. Presidente, quero falar sobre a questão da zeladoria. Hoje fiquei sabendo que o Sr. Prefeito Ricardo Nunes demitiu o Subprefeito de Pinheiros, me parece, que o da Capela do Socorro também, por causa da zeladoria. A zeladoria está cortando cabeças, está produzindo facão na cabeça dos Srs. Subprefeitos.

Mas quero dizer, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Vereadores presentes, que para fazer Zeladoria precisa de gente, equipamentos, e esse modelo que está sendo operacionalizado, que está sendo gestado na cidade de São Paulo, não está sendo muito produtivo, não está dando resultados que a população tanto quer e precisa.

Ontem o Sr. Prefeito esteve nesta Casa e fez uma grande exposição sobre o seu Governo. S.Exa. falou muito bem, tem uma visão de que o Governo está muito bem, está a mil maravilhas. Mas não é o que o cidadão sente lá na ponta. Não é o que eu sinto no meu bairro do Capão Redondo, do Jardim Ângela, Valo Velho, Pedreira, Cidade Adhemar. Hoje mesmo eu estive na região da Cidade Adhemar. As ruas estão esburacadas, e aí criaram um sistema em que a pessoa tem que ligar no 156, para a operação tapa-buraco ir lá e tapar. Porque o tapa-buraco está centralizado na Secretaria de Subprefeitura. Ele não está mais nas subprefeituras. E também a limpeza de bueiros. Então, a subprefeitura tem que estar correndo atrás para identificar essas avarias que estão no território, identificar as ruas esburacadas, os bueiros entupidos e acionar a empresa que está contratada no guarda-chuva da Secretaria de Subprefeitura para poder prover essa limpeza, prover o tapa-buraco, a manutenção. Só que os senhores Vereadores devem visitar bem as subprefeituras, devem conhecer bem, porque é nossa função fiscalizar se elas estão trabalhando adequadamente. Entendo que cada um aqui visita três, quatro, cinco para ver o que está faltando, para ver como o serviço está sendo feito. O que observo? Não há funcionários. Há um apagão nas subprefeituras. Estamos vivendo um apagão funcional. Ou seja, falta gente para fiscalizar. Não tem engenheiros, geólogos, arquitetos. Ora, se não tem funcionários como é que ele vai ver se o bueiro está entupido ou não? Como é que ele vai ver se rua está esburacada ou não, se não tem gente para acompanhar. Eles fizeram um processo de sucateamento, de destruição da máquina pública na ponta. Então, obviamente, terá que demitir todos os subprefeitos. Não basta demitir um, tem que demitir todos, porque a cidade toda está nessa esculhambação.

Ontem por volta das 21 horas passei pela Avenida Dona Belmira Marin esquina com a Avenida Teotônio Vilela, onde há uma praça cujo mato está com um metro de altura. O Prefeito está muito bem-intencionado, está no seu gabinete acompanhando as obras, que, segundo ele, são 1,3 mil na cidade para serem feitas. Mas aquilo que é fundamental para a população de São Paulo, para o cidadão - que é ter a sua rua arrumada, o córrego limpo, o sistema de drenagem funcionando adequadamente - não está funcionando. E não está funcionando porque existe um apagão nas subprefeituras de São Paulo.

Sr. Prefeito, V.Exa. tem que fazer concurso público, tem que contratar gente para trabalhar; porque, senão, não adianta. As empresas terceirizadas estão aí; mas, se não houver fiscalização, elas não funcionam. Muito obrigado, Sr. Presidente.

- Dada a palavra aos oradores inscritos, verifica-se a desistência dos Srs. Missionário José Olimpio, Rinaldi Digilio, Roberto Tripoli, Rodrigo Goulart, Rubinho Nunes, Rute Costa, Sandra Santana e Sansão Pereira.

O SR. PRESIDENTE ( Xexéu Tripoli - PSDB ) - Tem a palavra o nobre Vereador Senival Moura.

O SR. SENIVAL MOURA (PT) - (Sem revisão do orador) - Sr. Presidente, Srs. Vereadores, público que nos acompanha pela TV Câmara São Paulo e pelas redes sociais, é sempre muito importante usar este espaço para nos expressarmos e falarmos um pouco dos problemas da cidade. Nessa toada, quero falar sobre os problemas de zeladoria da cidade de São Paulo, que há muito vem devendo. Prova cabal disso é que, salvo engano, na última segunda ou terça-feira, o próprio Prefeito demitiu um subprefeito em função de não cuidar da zeladoria da cidade em uma área nobre. Agora, se em uma área nobre aconteceu isso, imaginem como está a periferia.

De toda sorte, eu acho que é uma iniciativa. O Prefeito está demonstrando que está preocupado, porque, na cidade, de fato, falta fazer um punhado de coisas do ponto de vista da zeladoria. É capinação. É limpeza. É o que vocês imaginarem.

As chuvas que caíram nos últimos dias e que vêm caindo já há certo tempo demonstraram isso no último fim de semana, especialmente na região do Alto Tietê, que faz fronteira com a zona Leste. É a divisa da zona Leste com Ferraz de Vasconcelos, com Poá, com Guarulhos. Então, ali tudo compreende a região do Alto Tietê e, quando chove muito naquela região, se houver a manutenção da cidade feita, os rios desassoreados, tudo certinho, ainda traz muito problema. Se isso não estiver acontecendo, os problemas são muito mais graves. É o que aconteceu desta vez. Eu falei ontem das enchentes. Apresentei até um vídeo no telão. Certamente, quem estava acompanhando viu e viu a tristeza e o problema do povo da periferia.

Agora, eu quero voltar a falar da nossa zeladoria, das praças que estão em situação que eu diria gravíssima. É preciso o quanto antes tomar essa providência. Eu acho que a cidade de São Paulo precisa ser tratada de uma forma melhor. Precisa ter um cuidado especial, para se cuidar da limpeza, do transporte público, da zeladoria, de moradia, das áreas de vulnerabilidade social, que são muitas, mas, para isso, precisa haver gestão pública.

Eu não quero citar subprefeito “a” ou “b”, porque não nos compete neste momento falar sobre isso, mas eu quero dizer que muitos subprefeitos precisam atuar. Precisam se levantar da cadeira. Precisam ir trabalhar, porque há muita reclamação por parte da população. Nós temos que aproveitar este momento justamente para levar este alerta, para dizer que se tem que cuidar do povo. A situação é gravíssima. O ano já começou. Há Carnaval agora, mas o ano já começou. É preciso voltar à tona. É preciso trabalhar. É preciso dizer a que veio. Precisamos ter isso em mente.

Há outros assuntos da cidade que são graves, também, porque tudo isso diz respeito à gestão pública municipal. Nós sabemos que, na cidade de São Paulo, hoje, nós temos mais de três milhões de pessoas que estão passando necessidade. Estão passando fome. São mais de três milhões de pessoas na cidade. No Estado, Coronel Salles, isso representa 8,5 milhões de pessoas que estão passando fome. Na cidade, são três milhões. No Estado, somando com a cidade, são 8,5 milhões de pessoas.

Hoje, em função de uma série de fatores, de receita crescendo, etc. e tal, a cidade de São Paulo tem muito recurso. É bom falar sobre isso, também. Está na hora de o Prefeito tomar iniciativa e contribuir para combater a fome nesta cidade, para não acontecer como está acontecendo em Roraima, com os índios Yanomami, que estão passando por situação de vulnerabilidade total. Aliás, a situação é mais grave do que a da própria Etiópia, anos atrás. A nossa cidade é nada mais, nada menos do que a cidade mais rica do nosso Brasil.

Não dá para aceitar esse tipo de coisa. Temos que dar um basta e a Câmara Municipal é um fator determinante para os Srs. Vereadores, onde cada foi eleito na sua base, tem seu rol de contatos, mas levar isso ao Sr. Prefeito, já falei isso aqui em outras oportunidades. Temos que combater a fome nessa cidade. É inaceitável. Uma cidade rica como São Paulo, o povo passando fome. É lamentável, inaceitável. Isso tem que ser combatido o mais rápido possível. Se fosse outra região qualquer, do Nordeste, pode levar em consideração por falta econômica, mas a cidade de São Paulo não dá para ser tratada dessa forma. É lamentável, inaceitável.

Sr. Prefeito, imploro, ajude a combater a fome na cidade de São Paulo. Obrigado, Sr. Presidente!

O SR. PRESIDENTE ( Xexéu Tripoli - PSDB ) – Obrigado, nobre Vereador Senival Moura.

- Dada a palavra aos oradores inscritos, verifica-se a desistência da Sra. Silvia da Bancada Feminista e dos Srs. Jorge Wilson Filho, Thammy Miranda e Xexéu Tripoli.

O SR. PRESIDENTE (Xexéu Tripoli - PSDB) - Tem a palavra o nobre Vereador Adilson Amadeu.

O SR. ADILSON AMADEU (UNIÃO) - (Sem revisão do orador) - Sr. Presidente Xexéu Tripoli, Srs. Vereadores e funcionários desta Casa, quero, em primeiro lugar, desejar um feliz 2023, muita saúde, paz e felicidade a todos. Aos queridos Vereadores que já foram anunciados ontem, desejo muita sorte e muito trabalho; e, humildemente, podem contar com Adilson Amadeu. Vereador Manoel Del Rio, V.Exa. que é um professor, pegue os meninos, uma palavra sua vale sempre vale a pena por ser conhecedor da política nacional. É muito bom V.Exa. estar de volta.

Nós realmente precisamos colaborar e fazer alguma coisa pela cidade de São Paulo porque em todos os setores algo não está andando. Agora, depende de quem. Ouvi há pouco o querido Vereador Reis falar sobre as subprefeituras. Há alguma coisa da Mooca, de Sapopemba e de tudo o que é lado. Há alguma coisa, professor Donato, Deputado Estadual, que virou démodé nesta cidade. Essas subprefeituras são uma brincadeira. Sou nascido e criado no Brás, conheço todas as ruas da região, mas não consigo hoje pedir nada para a subprefeitura da Mooca, porque virou uma baderna. Há pouco tempo, estava sobrando para o Coronel Salles, meu querido Colega Vereador, porque há trechos que não são do Centro, mas a subprefeitura da Mooca falava que eram.

Nós, parlamentares, sofremos. Caro Presidente da Comissão de Trânsito e Transporte, meu irmão e grande craque Senival, eu gostaria que todos os queridos Vereadores participassem do pleito que eu dei entrada há algum tempo, que seria a instituição da Subprefeitura Brás-Pari-Canindé. Por quê? Imaginem que hoje 39 ruas do Brás, Pari e Canindé são ocupadas depois das 19 horas até as 10 horas manhã, e o metro quadrado delas é mais caro do que o da principal avenida de Nova Iorque, a Quinta Avenida. Isso porque o espaço de um metro por um metro custa 500 reais por semana; dois por dois custa mil e quinhentos e três por três custa cinco mil por semana; e as esquinas, vinte mil por mês. Sobre os carrinhos de dog , há 180 parados na Maria Marcolina, na Vautier, na Tiers e na Hannemann, e ali também têm que pagar. Pagar para quem? Não sei.

Sr. Presidente Xexéu Tripoli, aí vão, pegam os nigerianos ali, na Celso Garcia, pegam os africanos, recolhem tudo e vai para um depósito. E tudo se evapora. V.Exas. já viram a mágica de evaporar? É o que acontece no cata da subprefeitura da Mooca. Evapora-se tudo, e nós, Vereadores, pagamos o pato, pelo seguinte: “V.Exa., Vereador, por que não vê isso e não faz aquilo?” E quando precisam do Governo, há grandes dificuldades, e aqueles - não vou citar nomes, vou esperar o momento certo - que hoje estão colaborando - porque são colaboradores e nós somos parlamentares e Vereadores - alguns que são do lado, no Executivo, do Prefeito, são colaboradores. Estão felizes. Aliás, a fisionomia desses colaboradores do Executivo muda. A fisionomia deles é diferente de nós, porque nós estamos preocupados, daqui a dois anos, com a reeleição de todos nós, porque nós trabalhamos muito. Vereador trabalha muito, e você que me cobra, da Mooca, do Itaim, da Água Rasa, da Vila Prudente e de Perus, procure acompanhar quem trabalha. E aí fazemos questão de saber quem é quem que não está atendendo à população.

Agora, ontem eu me senti numa condição de acompanhar tudo o que vai acontecer neste ano. Por exemplo, estão sendo liberados 350 milhões para as calçadas. Eu tenho, pelo menos, 200 calçadas crônicas, na cidade de São Paulo, eu tenho, fotografado e filmado, com degraus de dois e três metros de altura e uma pessoa de 40 anos ou de 50 anos não consegue subir com o pé dois metros num degrau. Então, eu tenho isso já separado.

Aí nós vamos para o lado de córregos e de tudo o que precisa ser limpo e não está acontecendo. Há piscinões que deveriam estar preparados para receber garoa e não estão preparados para receber garoa.

Concluindo, nós, Vereadores, é que pagamos o pato. Então, nós precisamos sim ficar alertas, porque a eleição já está aí. E aqueles que estão bonitinhos, sentados na melhor poltrona do avião, não querem saber de atender, quando têm que atender ao Vereador.

O SR. PRESIDENTE (Xexéu Tripoli - PSDB) - Muito obrigado, nobre Vereador Adilson Amadeu.

Tem a palavra, pela ordem, o nobre Vereador Milton Leite.

O SR. MILTON LEITE (UNIÃO) - (Pela ordem) - Sr. Presidente e Srs. Vereadores, boa tarde. Estou em recuperação. Desci até o meu escritório, onde é um pouco mais próximo da minha casa. Estou bem, estou ótimo aqui e vim só para informar. Estamos avisando já o Sr. Breno e pessoas presentes que tomem providências para as publicações da convocação da formação das comissões, instalação das comissões, para a quarta-feira, às 11h, começando pela seguinte ordem: Para a Comissão de Justiça, às 11h; às 11h30, Comissão de Finanças; às 12h, Comissão de Política Urbana; às 12h30, Comissão de Administração; às 13h, Comissão de Trânsito; às 13h30, Comissão de Educação; e às 14h, Comissão de Saúde.

Então, ficam convocadas a instalação e a eleição dos Presidentes e respectivos Vices no Plenário 1º de Maio, no plenário principal, a instalação das comissões permanentes a partir de quarta-feira, às 11h. Insisto que se inicia pela Comissão de Justiça; Finanças; Política Urbana; Administração; Economia, Trânsito e Transporte; Educação; e Saúde.

Srs. Vereadores, eu peço que todos já tenham as suas comissões, que façam suas indicações até segunda ou terça-feira, publicamos, e na quarta-feira que já esteja devidamente publicado. Assim, até segunda para informar, terça para nós elegermos.

O SR. ANDRÉ SANTOS (REPUBLICANOS) - (Pela ordem) - Presidente.

O SR. MILTON LEITE (UNIÃO) - (Pela ordem) - Então as indicações têm que ser entregues para completarmos as composições a partir de já, até segunda-feira, de terça para quarta nós publicamos e quarta elegemos.

Indago do Sr. Breno, meu Presidente em exercício Xexéu Tripoli, agradeço atender a este Vereador Milton Leite. Está tudo correto, Breno, com relação ao encaminhamento?

O SR. PRESIDENTE ( Xexéu Tripoli - PSDB ) - Está perfeito, meu sempre Presidente. Ficou claro que todos nós devemos indicar os membros das comissões até segunda-feira, o mais tarde.

O SR. MILTON LEITE (UNIÃO) - (Pela ordem) - Os membros precisam ser indicados até segunda; para que publiquemos na terça; e façamos a eleição na quarta. Temos que ter o tempo suficiente de todos indicarem seus membros e publicar a composição das comissões. Dá tempo. É isso, vamos tocar para a frente. Breno, por favor, prepare tudo o que for preciso para que façam as indicações. Abraço a todos.

- Dada a palavra aos oradores inscritos, verifica-se a desistência do Sr. Alessandro Guedes.

O SR. PRESIDENTE ( Xexéu Tripoli - PSDB ) - Tem a palavra o nobre Vereador Manoel Del Rio.

O SR. MANOEL DEL RIO (PT) - (Sem revisão do orador) - Boa tarde a todos.

Cumprimento o Sr. Presidente, todos os Colegas aqui, no Plenário e os trabalhadores da Casa.

Falarei um pouco sobre a situação das pessoas, dos trabalhadores todos da cidade de São Paulo. A nossa cidade vive uma grande crise por conta da desigualdade social. A todo o momento, aumenta o número da população em situação de rua, a população que não tem moradia.

Ouvi o Vereador Senival falando, aqui, que há 3 milhões de pessoas passando fome. Na oportunidade em que estive nesta Casa, eu deixei a sugestão para que a Prefeitura implantasse o Bom Prato municipal como instrumento de combate à fome. Eu voltarei a este tema, mas hoje eu quero falar um pouco sobre a questão da moradia.

Todos os Colegas sabem que há uma situação dramática para as famílias de menor renda em relação à moradia. O aluguel sobe, as famílias não conseguem pagá-lo, também não conseguem pagar uma prestação de financiamento imobiliário. Há muitas famílias que já são atendidas, mas depois perdem a moradia porque veem a sua renda cair. Como os senhores todos sabem, a renda dos trabalhadores está caindo permanentemente, e hoje, inclusive, saiu um dado corroborando essa situação, o que agrava a questão habitacional na cidade de São Paulo.

Eu pude observar que o Sr. Prefeito tem uma preocupação com a questão habitacional, colocando em ação o Programa Pode Entrar. Eu acho que é um bom programa, mas entendo que deveria se priorizar, dentro do Programa Pode Entrar, atendimento às famílias que são organizadas por associações, por cooperativas, porque as famílias de menor renda têm muita dificuldade de acessar as políticas públicas, porque não têm documento, não têm orientação, não sabem aonde se dirigir. E a forma de acessar a política de moradia seria a organização de uma associação ou de uma cooperativa.

Então, quero dizer que dentro do Programa Pode Entrar há uma forma de acessar o Programa pela parceria com a população organizada. Sugiro que isso seja prioridade da Prefeitura, porque as pessoas que estão em situação de vulnerabilidade social não sabem como acessar esse Programa. E por isso precisam ser orientadas, estimuladas a uma forma organizativa para poderem acessar o Programa.

No Programa Pode Entrar há essa alternativa e funciona muito bem na medida que uma associação passa a organizar esses trabalhadores. E todos deveriam ser assim, mesmo nessa proposta da compra de unidades habitacionais já prontas, que também se introduzisse essa metodologia para as pessoas acessarem o Programa, porque o Programa teria o sentido de atender justamente aqueles que estão em uma situação mais difícil.

As famílias que têm possibilidade de acessar um programa habitacional pelo mercado vão pelo mercado, mas a metodologia de implantar a distribuição dessas unidades deveria ser em parceria com associações, cooperativas, para que possam ser atendidas nesse programa justamente aquelas pessoas que mais precisam e que têm dificuldade de acessar esses atendimentos por parte da Prefeitura.

Muito obrigado.

- Dada a palavra aos oradores inscritos, verifica-se a desistência do Sr. André Santos.

O SR. PRESIDENTE ( Xexéu Tripoli - PSDB ) - Tem a palavra o nobre Vereador, e Deputado eleito, Antonio Donato.

O SR. ANTONIO DONATO (PT) - (Sem revisão do orador) - Sr. Presidente, Sras. e Srs. Vereadores, todos os que nos acompanham pelas redes sociais da Câmara Municipal de São Paulo quero, em primeiro lugar, cumprimentar...

- Manifestação fora do microfone.

O SR. ANTONIO DONATO (PT) - Não. Ele encerrou o Pequeno, está na Tribuna Livre. (Pausa) Ah, não encerrou. (Pausa) Depois o Presidente passa a V.Exa. a palavra. Não, agora temos um Presidente de outra estirpe, vitorioso, ele vai conduzir bem os trabalhos aqui, pode ter certeza. É um Presidente Alviverde.

O SR. PRESIDENTE (Xexéu Tripoli - PSDB) - Dois títulos em um mês.

O SR. ANTONIO DONATO (PT) - Mas ele vai ser generoso com os corintianos também, não é? Não tem problema.

Queria retomar o assunto que meus colegas pautaram hoje, que é a manutenção da cidade; a situação das subprefeituras.

Só para relembrar, tem uma lei na Cidade: a Lei das Subprefeituras, aprovada no Governo Marta Suplicy. Essa lei estabeleceu o que seriam as Subprefeituras, seria a Prefeitura na região, com estrutura para atender a região, tanto de zeladoria, quanto de fiscalização, e também ir além: fazer interlocução das várias secretarias no território. É importante que a secretaria, ao ter ação territorial, possa ter um espaço de conversa e de articulação de suas ações, seja Educação, Saúde, Habitação, enfim, Abastecimento.

Tanto assim que se tinha o Supervisor de Habitação, Supervisor de Esporte, Supervisor de Cultura, Supervisor de Educação, na época.

A partir da Gestão Serra iniciou-se um movimento de recentralização, que chegou, agora, ao absurdo nessa Gestão, porque nem o básico da Zeladoria está na mão da Subprefeitura. O tapa-buraco estar centralizado é o maior exemplo disso.

O subprefeito está aqui e lidou com esse problema. Nós conversamos com os subprefeitos e vamos lá chorar junto. Quando vamos lá, na Subprefeitura, choramos juntos, porque ele diz: “Para tirar o entulho, tem que ligar lá no Canindé para falar com a Limpurb, como se agora é autoridade não sei o quê, cada hora muda o nome, mas o fato é que o entulho não é na subprefeitura, o tapa-buraco não é na subprefeitura. E qual é o resultado hoje? A cidade está esburacada.

Não adianta ter um programa de recapeamento de um bilhão de reais nas grandes avenidas, se o cidadão sai da grande avenida e cai no buraco na rua transversal. Não é possível.

Hoje mesmo, vou falar da região que acompanho mais, que conheço mais, me ligaram do Jardim Macedônia, está o caos. O Jardim Macedônia, lá no Capão Redondo, divisa com o Embu. O caos! Ruas todas esburacadas. População indignada.

Limpeza de córregos, que é o mínimo neste momento. Ali ao lado do Jardim Macedônia, no Jardim Irapiranga, onde há o “Campo do Cafu”, no Jardim Irene, e no Jardim das Rosas. Não há limpeza do Córrego Pirajuçara, divisa entre São Paulo e Embu. O DAEE precisa dar sua contribuição, mas a Prefeitura sempre limpou e parou de limpar. Resultado: córrego cheio. Talvez não haja outro jeito que não a canalização, que é uma intervenção maior para acontecer a enchente. É verdade. Porém, se o córrego não é limpo, a enchente é maior. Então, são situações do dia a dia para as quais nós perdemos os instrumentos.

O meu primeiro espaço público na Administração foi na Regional do Campo Limpo como Chefe de Gabinete na época do Governo Erundina, em 1989. Na época, a subprefeitura contava com uma equipe própria de tapa-buracos e havia um funcionário da Prefeitura para fiscalizar. Hoje, a empresa que executa o serviço é a mesma que fiscaliza. Antes também a Prefeitura tinha a capacidade de limpar córregos e, como muitas ruas eram de terra, ela realizava a regularização mecânica e depois o asfaltamento. Foram cem quilômetros de ruas asfaltadas com recursos da subprefeitura, que, na época, era regional.

O Governo Marta Suplicy continuou esse processo, que agora está sendo completamente esvaziado, como eu já comentei muitas vezes. Tanto os Vereadores cujas demandas são regionais, e mesmo aqueles cujas demandas não são, vão às subprefeituras, mas, se elas não funcionam, somos nós que pagamos o pato, como disse o Vereador Adilson Amadeu, porque os eleitores nos elegem e sequer conseguimos resolver um problema de tapa-buraco. Porém, quando procuramos as subprefeituras, os subprefeitos nos mandam falar com o Secretário Modonezi, uma figura com quem ninguém consegue falar, quase uma entidade, uma espécie de bacalhau, uma espécie que existe, mas cuja cabeça ninguém nunca viu. É algo maluco.

Mais uma vez, eu quero lamentar, porque não adianta investir um, dois bilhões em recapeamento se os buracos não forem tapados. Isso não existe. Inclusive a imagem do Sr. Prefeito está indo para o buraco juntamente com os demais buracos da Cidade.

Como meu tempo se esgotou, em outro momento eu venho falar sobre outros temas.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

O SR. PRESIDENTE (Xexéu Tripoli - PSDB) - Muito obrigado, nobre Vereador Antonio Donato.

- Dada a palavra aos oradores inscritos, verifica-se a desistência dos Srs. Arselino Tatto, Atílio Francisco e Aurélio Nomura.

O SR. PRESIDENTE (Xexéu Tripoli - PSDB) - Tem a palavra o nobre Vereador Bombeiro Major Palumbo.

O SR. BOMBEIRO MAJOR PALUMBO (PP) - (Sem revisão do orador) - Sr. Presidente, Sras. e Srs. Vereadores, telespectadores da TV Câmara São Paulo, eu fico sempre muito preocupado quando acontecem atos que podem afetar o andamento normal do País e da nossa cidade, considerados até antidemocráticos. Quando se fala, por exemplo, em manifestações culturais, como o Carnaval, apesar de eu apoiar, há necessidade, sim, de haver uma estrutura para esse evento, que gera recursos que a cidade precisa. E quem garante a segurança do Carnaval em São Paulo, tanto do sambódromo como de rua, é a querida Polícia Militar, que diuturnamente trabalha em regime de plantão todos os anos para oferecer essa segurança. Eu, inclusive, trabalhei durante anos no sambódromo, onde já fiz de tudo, até ajudar na remoção de uma alegoria acometida pelo fogo antes que causasse um incêndio maior.

Ontem, nesta Casa, em uma reunião da Frente Parlamentar em Defesa do Carnaval, foi propagada uma fake news em relação à Polícia Militar. Foram usados termos como repressão policial, violência policial e temor de repressão policial em dispersão. Nós precisamos parar de acusar outras instituições, porque as nossas instituições são democráticas porque estão na Constituição Federal que disciplina o papel principal da Polícia Militar, que é o da preservação da vida, preservação da ordem. É a garantia de que se, por exemplo, alguém passar mal no meio de um bloco, o helicóptero Águia vai pousar na avenida para que o Corpo de Bombeiros faça o atendimento à vítima; o atendimento, pela Polícia Militar, à vítima de estupro.

Então, há a necessidade de que nós tenhamos, sim, o apoio às instituições, o apoio à Polícia Militar, porque é ela que garantirá a segurança no Carnaval. E se não tivesse a Polícia Militar, nós, possivelmente, não teríamos Carnaval. E eu acho muito injusto com os homens e mulheres dignos, decentes, que já se coloque um pressuposto criado por uma fake news , propagando que haverá violência policial. Por que isso? Para que essa agressão sem necessidade? Por que precisamos fazer isso com as nossas instituições que são democráticas? Da mesma forma que eu achei um absurdo todas aquelas ações contra o STF, a Constituição Federal disciplina, em seu artigo 144, que a Polícia Militar faz parte das instituições democráticas. Então, não vamos atacar a Polícia Militar, porque ela vai atuar, e bastante, no Carnaval. A Polícia Militar vai prender quadrilhas especializadas em roubo de celular; vai defender as mulheres, os homens, a comunidade LGBT. Enfim, vai defender todo mundo. A Polícia Militar trabalha para servir e proteger. Não vamos ficar com esse estereótipo, espalhando fake news sobre a violência policial e, principalmente, essa predisposição, porque nós não somos assim. E eu gostaria que todos nós, Srs. Vereadores, tivéssemos a responsabilidade de proteger as instituições democráticas, principalmente dentro da Casa do povo.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

O SR. PRESIDENTE (Xexéu Tripoli - PSDB) - Encerrado o Pequeno Expediente.

Tem a palavra, pela ordem, o nobre Vereador Eli Correa.

O SR. ELI CORRÊA (UNIÃO) - (Pela ordem) - Apenas para reforçar o pedido feito anteriormente pelo Vereador Daniel Annenberg sobre a Glória Maria, que visitou mais de cem países, entrevistou desde Michael Jackson, Madonna, Freddie Mercury; e deixou um legado, na imprensa, descomunal, realmente maravilhoso.

Por isso gostaria de, mais uma vez, acrescentar o nome de Glória Maria.

O SR. PRESIDENTE (Xexéu Tripoli - PSDB) - Perfeito. Muito obrigado, Vereador.

Iremos prosseguir com o minuto de silêncio à jornalista Glória Maria, como meus colegas já mencionaram, mas gostaria de acrescentar algo que é visível. A Glória Maria foi uma mulher que rompeu barreiras, porque foi a primeira mulher e a primeira negra a apresentar um jornal no horário nobre das televisões brasileiras. Ela deve ter sofrido todo o tipo de racismo, preconceito, como mulher e como negra, e ultrapassou tudo isso, naquela época. Hoje conversamos sobre o assunto, discutimos, convencemos e mostramos para as pessoas que isso não é mais uma situação para o século XXI.

Imaginem a Glória Maria, lá atrás, quando iniciou, como foi a vida dela, que com toda coragem e dignidade se tornou uma grande jornalista e uma pessoa que merece toda a nossa lembrança. Que fique para sempre em nossos corações.

Também gostaria de falar sobre o Marcelo Hideshima, que foi um líder na colônia japonesa, com serviços prestados à colônia japonesa. Muitas vezes, as outras colônias ou os brasileiros, de modo geral, não enxergam isso pois as pessoas da colônia é que sabem quem são as pessoas.

Mas nós sabemos que o Marcelo está entre nós, assim como a Glória Maria.

Peço um minuto de silêncio aos dois.

- Minuto de silêncio.

O SR. PRESIDENTE (Xexéu Tripoli - PSDB) - Passemos ao Grande Expediente.

GRANDE EXPEDIENTE

O SR. PRESIDENTE (Xexéu Tripoli - PSDB) - Tem a palavra o nobre Vereador João Jorge. (Pausa) S.Exa. desiste.

Tem a palavra a nobre Vereadora Jussara Basso. (Pausa) S. Exa. desiste.

Tem a palavra a nobre Vereadora Luana Alves (Pausa) S.Exa. desiste.

Tem a palavra o nobre Vereador Marcelo Messias (Pausa) S.Exa. desiste.

Encerrado o Grande Expediente.

Passemos ao Prolongamento do Expediente.

PROLONGAMENTO DO EXPEDIENTE

O SR. PRESIDENTE (Xexéu Tripoli - PSDB) - Submeto ao Plenário que sejam considerados lidos os papéis. A votos. Os Srs. Vereadores favoráveis permaneçam como estão; os contrários, ou aqueles que desejarem verificação nominal de votação, manifestem-se agora. (Pausa) Aprovada a leitura.

Encerrado o Prolongamento do Expediente.

Passemos agora aos comunicados de liderança.

Tem a palavra, pela ordem, para comunicado de liderança, o nobre Vereador Dr. Sidney Cruz.

O SR. DR. SIDNEY CRUZ (SOLIDARIEDADE) - (Pela ordem) - Muito obrigado, Sr. Presidente. Muito boa tarde a V.Exa., aos nobres pares, ao público que nos acompanha pelas redes sociais, pela TV Câmara São Paulo, todos os colaboradores da TV Câmara, todos os assessores, os colaboradores que nos auxiliam no dia, nos trabalhos desta Casa.

Hoje é minha primeira fala da tribuna, no início deste ano legislativo, e quero fazer alguns cumprimentos especiais aos novos Vereadores Jorge Wilson Filho, do Republicanos; Jussara Basso, do PSOL; Coronel Salles; Manoel Del Rio; Dr. Nunes Peixeiro, meu amigo; Paulo Reis, Vereador e Deputado Estadual, é o dois em um. Sejam todos muito bem-vindos. Alguns estão retornando para esta Casa Legislativa.

Sr. Presidente, serei muito breve na minha fala. Primeiramente, gostaria de parabenizar o Prefeito Ricardo Nunes por algumas ações e principalmente pelo comprometimento, pela preocupação que S.Exa. vem demonstrando com os menos favorecidos.

Sabemos que a pandemia e o momento pós-pandêmico trouxeram e agravaram a fome no Brasil e na cidade de São Paulo, porém precisamos destacar algumas ações importantes que foram realizadas e que serão realizadas no curso de 2023.

Vocês acompanharam a LDO, e aqui foi criado um Fundo de Combate à Fome, pela primeira vez na cidade, de mais de 190 milhões de reais. Houve um aporte de mais de 50 milhões de reais para o PopRua. Teremos o maior programa habitacional já visto na história da cidade de São Paulo, fora as outras ações na Secretaria do Trabalho, na Secretaria de Direitos Humanos, um aumento no orçamento da área social. Temos consciência de que existem problemas sérios, porém precisamos também demonstrar as ações que estão sendo tomadas pelo Prefeito Ricardo Nunes.

Como filho da periferia, falo com muita propriedade. Apesar do terno azul - ouviu, Xexéu? -, que disseram que o Nunes Peixeiro pegou emprestado este aqui. O dele é muito melhor do que o meu. Quero ressaltar uma ação muito importante que está sendo realizada na região da Pedreira. Quem acompanha o meu mandato sabe o quanto eu já falei desse assunto nesta tribuna, quantas vezes estive com autoridades do Município para tratarmos do trânsito caótico na Estrada do Alvarenga, que afeta milhões de paulistanos.

Cresci naquela região. Esperávamos uma ação há mais de 40 anos. Tivemos um problema por conta das chuvas, houve um afundamento, no dia 5 de janeiro, quando desmoronou também o muro de arrimo.

Enfim, devido a esse incidente, o Prefeito Ricardo Nunes esteve no local, num domingo pela manhã, juntamente com outras autoridades como o Secretário da Habitação, o nosso amigo Secretário Ricardo Teixeira, dentre outros, ocasião em que anunciou não só uma obra emergencial para reparar o que havia sido comprometido com o desmoronamento, mas também o início de uma obra que a população esperava há mais de 40 anos, que é o alargamento da Estrada do Alvarenga, com mais duas pistas.

Essas obras beneficiarão todos os moradores do Sete Praias, do Bacuri, do Julia, do Miriam, do Parque Doroteia, do Santa Amélia, do Jardim Apurá, da Missionária, do Jardim Selma. Olha que eu conheço aqueles bairros não só pelos nomes, mas pelas vielas, pelos escadões, conheço por dentro.

Quero deixar registrado o comprometimento do Prefeito Ricardo Nunes com os menos favorecidos.

Não poderia deixar de falar sobre algumas ações que estão acontecendo em várias comunidades na região do Jabaquara, como as da Alba, Babilônia, Atos Damasceno. Está sendo realizada uma obra de contenção em todo córrego que atravessa essas comunidades.

Saliento que são ações determinadas pelo Prefeito Ricardo Nunes que atendem diretamente os menos favorecidos e mais vulneráveis da cidade de São Paulo.

Temos que vir a esta Tribuna para apontar o que deve ser melhorado, mas devemos demonstrar também as ações que estão sendo realizadas.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

O SR. PRESIDENTE ( Xexéu Tripoli - PSDB ) - Por acordo de lideranças, vamos encerrar a presente sessão.

Convoco os Srs. Vereadores para a próxima sessão ordinária, com a Ordem do Dia a ser publicada.

Estão encerrados os nossos trabalhos.